domingo, 27 de dezembro de 2009

Primeiro dia: ida para groningen

Apos ter encontrado todos no aeroporto fui comprar tickets para groningen e adivinha... todos os trens para la estavam cancelados. Bom, querendo ou nao, eu quem deveria achar uma solucao para nosso problema. Todo mundo estava morto de cansaco, eu tambem, pois demoramos 7 horas para chegar ate la. Peguei o celular, acessei a internet e achei quarto para 4 pessoas por 64 euros no booking.com. Fui atras de um taxi pois eu nao tinha nenhuma ideia de como chegar ate la. O aeroporto estava uma loucura, os trens nao estavam funcionando ainda, os onibus tumultuados e os taxis mais ainda.

Pegamos uma van ate o HEM hotel. A cidade estava totalmente branca, coberta de neve, super novidade para nossos visitantes tropicais.

A noite foi tranquila, tomamos banho no hotel. Eu e o Bispo que nao esperavamos passar a noite em Amsterdam, acabamos usando nossos presentes que nossas maes trouxeram para nos! Ganhamos pijamas, chinelas, camisetas, ou seja tinhamos tudo para trocar de roupa.Fomos jantar num restaurante chines pertinho do hotel, muita comida, super rapido e muita variedade, valeu a pena. O Renan, meu irmao, estava morto no hotel, dormindo ate com sapatos!

Dia seguinte fomos ate a estacao do metro que ficava umas tres quadras do hotel, parece perto, mas com malas pesadas e com rodinhas sobre a neve, nao foi uma das tarefas mais faceis! Como estavamos no comeco da viagem, ninguem reclamou, fomos apreciando a paisagem, brincando na neve e ate um boneco de neve encontramos no caminho.
Nosso objetivo era voltar para Groningen, mas antes demos uma passadinha pela decatlon para o povo se equipar com roupas de frio.

Minha prima Marina foi a que estava passando mais frio, claro, sem gordura nunhuma, nao ha protecao alguma contra o frio. Ela acabou vestindo meu casaco enorme por cima do casaco dela!

Todos agasalhados seguimos em nossa saga pata groningen, ao norte da holanda. Chegamos na estacao Bijmer-Arena as 14 h. Segunda feira dia 21 de dezembro acredito que foi o dia de maior caos no sistema ferroviario holandes, poucos trens estavam funcionando e os que funcionavam tinham que passar em todas, sem brincadeira, todas as cidades. Depois, decobrimos qual foi o problema: sabem aquela bifurcacao de linhas de trem, onde ha uma pecinha (imagine o ferrorama) que gira para um lado ou para o outro? Entao, esse sistema eh controlado a energia de gas natural, cuja chama foi apagada com a neve, portanto os trens nao consiguiam percorrer seus caminhos originais.
Fomos para Utretch, depois pegamos outro trem para algum outro lugar, e desse outro lugar, fomos para mais outro e outro num total de 6 trens ate Groningen. Esse nao era o problema, o que incomodava mais era carregar um monte de malas e malinhas e oito pessoas em trens mega lotados (inagine a o metro de sao paulo aa 6 da tarde), nao havia informacao sobre qual trem pegar, onde pegar, muitas vezes as plataformas para nosso trem eram trocada e nao era avisado. O maior desafio era chegar em Groningen com todo mundo e com todas as malas. Em Zwolle, metade do caminho entre amsterdam e Groningen, ficamos esperando dentro de um trem que dizia estar indo para Groningen, mas de ultima hora, trocaram e era um dos vagoes mais para frente. Saimos as pressas para nao perder o trem e o Bispo estava com a sensacao de estar faltando alguma mala. Mas mesmo assim seguimos para o proximo vagao. Ficamos esperando meia hora e faltando uns 5 min para partir demos falta da mala vermelha da Silvana. O Bispo saiu para procurar e adivinha... O trem partiu e ele ficou. Por sorte, ou melhor, menos azar, ele levou o celular e a blusa de frio. O trem partiu. O desespero bateu. Logo ele liga avisando que achou a mala e estava tentando pegar o proximo trem, no entanto, ele estava sem documento sem ticket do trem, sem nada.

O Bispo conseguiu chegar ate Hoogeven mas depois ele foi expulso do trem por nao ter ticket. Em seguida, ele conseguiu pegar outro trem e chegou em Groningen.

Enquanto isso, eu estava tentando achar uma solucao: estavamos chegando em Groningen, tinhamos muitas malas, todos cansados, seria melhor parar na proxima estacao com todos e esperar o bispo? Ou eu pararia e deixaria a familia seguir em frente sozinha? Decidi leva-los ate em casa e voltar para resgatar o Bispo. Chegando em Groningen, os coloquei no taxi e voltei para estacao. Logo ele me liga e diz que estava conseguindo ir para Groningen. Em meia hora ele chegou carregando a malinha vermelha com os olhos cansados e morrendo de frio.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

a chegada da familia

domingo dia 20 de dezembro , o aviao da klm trazia a bordo para amsterdam minha mae, meus irmaos, a marina, a lais e a silvana, mae do bispo.
Saimos de casa aa 9 da manha para encontra-los no aeroporto. Levavamos um cartaz feito a canetinha com os dizeres "familia, bem vinda a holanda". Estavamos ansiosos, com medo de serem parados na policia de imigracao por causa da enorme quantidade d comida que estavam trazendo para nos. Antes esse fosse o maior problema.

Estavamos no trem a caminho, belos e desconntraidos, assistindo o ultimo capitulo de exter, uma de nossas series preferidas, quando de repente o trem p'ara e uma mulher nos avisa q temos q trocar de trem porque aquele havia quebrado. Ai comeca nossa saga ao aeroporto. Nessa estacao e nas outras ttres que se seguiram, ninguem sabia de nada, nao havia trens, as plataformas onde chegriam os trens mudavam em cima da hora, chao liso, muita gente, poucos trens e o desespero aumentando.
Esse ano foi um dos invernos mais rigorosos dos ultimos anos. Ha 10 anos nao nevava desse jeito como nevou a semana passada. Em um dia, a neve acumulada nas ruas de groningen superaram 30 cm. o pais nao tem infraestrututa para tanta neve, nao ha caminhoes suficientes para limpar as ruas, as linhas dos trens nao aguentam tanta neve e arrebentam. O pais entrou num caos total, ate virou noticia no brasil!
E nisso a familia estacva chegando e n'os ja atrasados.
Finalmente chegamos em amsterdam central, mas de la todos os trens para o aerooporto de schiphol estavam cancelados sem nenhuma ideia de quando voltariam. Espermos dentro de um trem q possivelmente sairia logo, mas nada disso aconteceu. Procuramos informacao, mas ninguem sabia de nada, fomos pegar um taxi, mas a fila era immensa e nao havia taxi para todos. Achamos um onibus q ia para algum lugar e desse lugar saia onibus para nosso destino. Foi nossa unica opcao.
os onibus levram duas hs, chegamos no awroporto as 4 da tarde. Todos estavam la nos esperando a eplo menos 2 h, cansados, tristes por nao nos encontrarem la, os esperando.

Mas finalmente o objetivo final foi alcancado, encontramos a familia.
Entretando essa historia ainda nem comecou, muitas coisas aconteceram depois. Em breve eu conto

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

o inverno começou pra valer

Essa semana a máxima temperatura será 3 graus! Neste exato momento (8:11 pm) lá fora está -5. Os carros estão cobertos de gelinho, as folhinhas das árvores que ainda restam estão duras, parecendo que estavam no freezer. Meus dedos, mesmo com luvas estavam bem gelados.
Só quero ver minha família que vaisair dos 30 graus em Campinas e chegar aqui no negativo!
Vai todo mundo congelar! eu já estou congelando! bruhhh

domingo, 13 de dezembro de 2009

Onde é o melhor lugar para se viver?

Cheguei à conclusão que não existe lugar perfeito para morar. Cada cidade tem suas vantagens e desvantagens. No Brasil, temos nossa família, nossos amigos, muito sol, muita beleza natural, entretanto, convivemos com violência, corrupção, desemprego, medo de ser assaltado, sequestrado, morto com uma bala perdida. O salário é baixo e a concorrência é alto, trabalhar com pesquisa então é um grande desafio.

Já no Japão as coisas são o oposto. Temos um amigo japonês, o Ryuichi, que conseguiu uma posição como professor assistente em Osaka. Ele tem um bom emprego, respira tecnologia, lá um contrato verbal vale tanto quando um escrito, há segurança na cidade, tudo organizado, mas o grande problema no Japão conseguimos perceber no Ryuichi é que eles trabalham demais. Ryuichi trabalha 15 h por dia, 6 dias por semana, 1 semana de férias no verão apenas e 2 ou 3 dias no Natal e Ano Novo.

Aqui na Holanda tudo é muito certinho, principalemente aqui em Groningen, que é uma cidade pequena. Tudo aqui parace irreal: na primaveira, a prefeitura planta flores por toda a cidade, se as flores morrem, eles vão lá e plantam de novo. Em dezembro, a cidade é totalmente enfeitada com luzes com temas natalinos, coloca-se um pinheiro enorme no meio do Groete Markt, a praça principal da cidade, e fazem uma imensa árvore de natal. Todos os dias pela manhã há um caminhãozinho aspirado de pós que limpa a cidade, pelo menos no centro. A cidade é repleta de ciclovias, e as ruas que não possue parte especial para os ciclistas, os carros são obrigados a esperar e ficar atrás, é comum ver ônibus ou caminhão atrás de pessoas pedalando calmamente pelas ruas! Tudo é muito organizado, limpo e bonitinho que chega até ser boring, como diria o Bispo. Todo o trabalhador tem 42 dias livres de férias, sem contar final de semana. Mas no geral, quando não está chovendo, eu gosto muito de morar aqui.

Agora vou mudar para Amsterdam, cidade grande cheia de gente, barulhente, suja, tem que usar ônibus, metro ou tram todos os dias para ir trabalhar. Não estou nenhum pouco animada em voltar para uma vida urbana novamente. Mas como sempre, vou me adaptar.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Hoje é dia de Sinterklaas

Ontem fui para Amsterdam para o jantar em comemoração ao Sinterklaas Dag, na casa de Keren, minha supervisora no AMC. Keren, francesa de 1,50m de altura, cujo sotaque não disfarça sua origem, e seu marido François (não haveria outro nome melhor para um francês) nos receberam em sua aconchegante casa em Weesp, uma pequena cidade nos arredores de Amsterdam.

O jantar, composto por diversos bolos salgados, 2 tipos de sopa e uma salada, estava leve e delicioso. Em seguida, tivemos chá e café acompanhado com bolo de frutas secas e um bolo de banana com chocolate, muito saborosos. Após o jantar iniciamos a troca de presentes, que nada se parecia com nosso tradicional amigo secreto.Todos colocam seus presentes dentro de uma saco de estopa, que é o saco do Zwarte Piet, e em cada presente tem escrito o nome da pessoa que irá recebê-lo.

Foi meu primeiro Sinterklaas, e portanto, eu fui a primeira retirar o presente do saco. O presente que eu peguei estava escrito François e junto com o presente havia um poema para ele, escrito pela pessoa que lhe comprou o presente. Entreguei ao François seu presente e primeiramente ele leu, em voz alta, o poema e, em seguida, abriu o presente. Eu adorei a parte do poema, pois a pessoa que comprou o presente passou alguns minutos pensando na pessoa que irá presentea-la tentando escrever alguma coisa legal sobre a pessoa, e ainda fazendo rimas. Fico pensando que no Brasil não iria funcionar, pois requer muita energia, tem que pensar muito para fazer um poema. Mas a ideia é muito boa.
Eu não sabia como era um Sinterklaas Dag, então não fiz o poema para meu amigo secreto. Ainda bem que não fui a única a não fazer o poema, Karla, também não o fez. Meu amigo secreto era o Arnold, o big boss. Tenho uma sorte danada em tirar chefes em amigos secretos, o Hiroshi tirei uns 3 anos consecutivo. Dessa vez foi o Arnold, chefe do grupo de coagulação do Centro de Medicina Molecular Experimentarl (CEMM), holandês de 1,60, gordinho e moreno, nada parecido com o esteriótipo holandês, branco, louro e alto. Eu dei uma ferramenta que eu nunca tinha visto antes, usada para tirar azuleijos das paredes por exemplo.

Geralmente as pessoas fazem brincadeira como a gente faz no Brasil. Jan William comprou um vale- presente (cadeaubon) para karla e colocou numa garrafa de vinho vazia e tampou com cera de vela, impedindo que ela retirasse o presente a menos que ela quebrasse a garrafa. Eu ganhei dois cachecóis coloridos, uma feito pela própria querem, com lã japonesa e outro da H&M, também bastante colorido e uma pequena bolsinha, tipo porta moedas, feita de ziper. No final todos receberam um pequeno monstro de colocar no dedo, que rendeu muitas risadas. Fiquei muito feliz com os presentes, foi uma noite gostosa e descontraída. As pessoas do meu novo grupo de pesquisa são divertidas, gostei bastante.

Na volta para Groningen, havia muitas pessoas no trem escrevendo poemas, e muitas com levando presentes em sacos de estopa!

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

A verdadeira origem do Sinterklaas

Que Bispo que nada! Como tudo na igreja católica é uma adaptação da cultura pagã, Sinterklaas não poderia ser diferente. Para a Igreja, era mais fácil substituir uma tradição que inventar uma nova.
Até os século V, no norte da Europa, principalmente na Inglaterra, Alemanha, Suiça e Escandinavia, diversos deuses eram cultuados. Havia deus para tudo, assim como os gregos e romanos, os anglo saxões também deus do Amor, da colheita, das guerras, da sabedoria e etc.


Woden (ou Wodan, em Dutch, ou Odin), era o deus da guerra e da magia. Woden/Odin é um deus germânico idêntico ao Mercúrio para os Romanos. Woden tinha longas barbas brancas, montava um cavalo e andava com vários corvos que lhe contavam tudo que estavam acontecendo pelo mundo afora, eram seus informantes.

Durante os séculos VII e VIII o paganismo gêrmanio foi gradualmente substituído pelo cristianismo. Na Inglaterra anglo-saxã "cristianizada", Woden foi racionalizado como um Rei histórico e sua adoração permaceu ainda nos tempos modernos como uma figura foclórica. Woden também é o precursor do Pai Natal, do sinterklaas e do americano Santa Claus (Papai Noel). Agora está explicado porque o Sinterklaas tem o Zwarte Piet, preto que o ajuda, e lhe conta se as crianças se comportaram bem durante o ano e que presentes deveriam ganhar!
Para saber mais sobre a história do Deus Woden, entrem no Wikipedia.

Um pouquinho mais de história:

Em muitas liguas, os dias da semana se refere a deuses ou a planetas. Em inglês, quarta-feira é wednesday, que do Inglês antigo é Wodnesdaeg, que significa o Deus Woden. Nas línguas latinas (exceto português que foi mais pratico, ou menos criativo e enumerou os dias da semana) quarta-feira é mercuri, ou seja Mercúrio, o deus da guerra assim como Woden. Em Dutch quarta-feira é Woensdag.

Vou aprendendo aos pouquinhos a cultura holandesa, assim que descobrir mais coisas eu posto aqui!

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Sou brasileiro com muito orguho com muito amor

Apesar de estar vivendo fora do Brasil, tento acompanhar tudo que está acontecendo por lá. Todos os dias pela manhã, quando abro meu computador, checo meus email e entro ou no site da uol ou do terra e vejo as principais notícias. Vejos os absurdos que lá ocorre, mas também vejo as boas noticias, de desenvolvimento e progresso. Mas ontem particularmente não abri nenhumas dessas páginas, mas recebi um email com o texto traduzido do jornal alemão Der Spiegel, onde Jens Glüsing contava a história do Brasil durante o governo do Lula. Oitenta porcento de popularidade não é para qualquer governante. O texto é de arrepiar. Para ler o testo na íntegra clique aqui

Pode falar o que quiser do presidente: Lula não tem nível superior, não sabe falar outras línguas e o português que ele fala está longe de ser gramaticalmente correta, mas não posso negar que ele mudou o país, muitas famílias que nao tinham o que comer, agora recebe uma pequena renda por mês por cada filho na escola e, portanto, conseguem comprar comida e aparentemente estão começando pequenos negócios.


O país tem muitas coisas para melhorar, isso nao tenho dúvida, ainda há muita corrupção, sistemas públicos de transportes ineficientes, violência, tráfico de drogas, péssima qualidade da educação básica, mas acredito que estamos caminhando, devagar mas estamos, apesar de ainda ver nos sites de noticias aterrorizantes como :”helicopetro da polícia cai com tiros de traficantes”, “estudante é humilhada e sai escoltada da universidade” Sem entrar em detalhes nesses problemas, mas eles estao lá.

Para nós do meio acadêmico que vivemos de rescursos do governo para, além de pagar nossas bolsas (salários), financiar pesquisas, como compra de materiais reagentes, equipamentos etc, o governo de Lula foi um "mar de rosas", tivemos pelo menos 2 vezes aumento no valor da bolsa, que no governo do Fernando Henrique ficou totalmente congelada em nitrogênio líquido.

Nos últimos anos, m muitos projetos financiados pelo governo federal, cuja agente de fomento é o CNPQ foram aprovados, muitos uinversidade federais foram abertas, muitas vagas para professores foram criadas, inúmeros concursos em diversas áreas foram abertos.

Claro que Lula teve muita sorte, como disse o jornalista alemão, mas ele soube muito bem aproveitá-la! Não haveria como fazer programas sociais se a economia tivesse colapsada. Fernando Henrique em seu governo priorizou establizar a economia e esqueceu completamente da parte social.

Em 2012 comeca o mandato do novo presidente, que acredito que não será do PT. E a dúvida que surge é a seguinte: como será o pais depois de Lula? Emprego, economia, moradia, impostos? Nosos planos é voltar para brasil e lá formar nossa familia, mas tudo é muito incerto, pois não temos garantia de emprego.

Tenho orgulho de ser brasileira. Numa pequena loja de souvinir em Santorini na Grécia, o dono perguntou de onde éramos e dissemos que somos brasileiros, e a primeira coisa que ele disse em seguida foi que o Brasil é um pais muito rico, pois tem muita água, terras para plantar e inúmeras belezas naturais. Essa frase ficou na minha cabeça desde então, e com certeza o grego tem razão. Somos um país muito rico, por isso temos que nos cuidar para mantermos nossa riqueza.

domingo, 22 de novembro de 2009

A chegada do Sinterklaas

Ontem dia 21 de novembro Sinterklaas e sua comitiva chegou em Gronigen. Primeiro vou contar um pouco da história do Sinterklaas,e depois conto como foi o grande dia. Sinterklaas, que em português é São Nicolau, dentre muitas outras coisas, é o Protetor das Crianças. O dia de São Nicolau é comemorado no dia 5 de dezembro e nessa data a noite é quando acontece a troca de presentes que nós no Brasil realizamos dia 24 de dezembro. O nosso bom velhinho, que particularmente eu odeio, Papai Noel, cujo nome inglês é Santa Claus possivelmente foi baseado no holandês Sinterklaas, que no holandês antigo é Sante Klaas. Segundo a história, quando os holandeses colonizaram os EUA, formaram uma colônia chamada de New Amsterdam que hoje é mundialmente conhecida como New York, e com eles, a tradição do Sinterklaas chegou a America. Só um parênteses, a Holanda comprou esse pedaço de terra em1614, por um preço que corresponderia hoje mil dólares! Em 1664, a região foi conquistada pelos ingleses que nomearam a região de New York, só para seguir a tradição.



Voltando ao Sinterklaas, essa figura muito conhecida na Holanda, ele usa um vestido branco com uma capa e um chapéu vermelho, como de um Bispo, e geralmente ele chega sobre o lombo de um cavalo branco. Sinterklaas não vem sozinho, como poderia ele, um velhote barbudo entregar todos presentes para todas as crianças do país? Apesar do país ser pequeno, criança aqui é que não falta, comprovei ontem a tarde: nunca vi tanta criança de uma só vez em Groningen! Sinterklaas vem com seus ajudantes chamado de Zwart Piet, em português, Pedro Preto, isso mesmo. Segundo a história, três garotos negros foram condenadas a pena de morte por um crime que não cometeram, mas foram salvos pelo Bispo. E para demonstrar sua gratidão eles ficaram com Sinterklaas para ajudá-lo, limpando as chaminés na noite de Sinterklaas para o velho barbudo entregar os presentes para todas as crianças boas. As crianças que não se comportaram bem durante o ano eram colocadas no saco pelos Zwarte Piet e levadas para Espanha. Que castigo mais estranho, eu que queria ir para Espanha! O preto da pele dos Zwarte Piet se refere a origem moura e/ou a foligem das chaminés que eles limpavam. No dia da chegada do Sinterklaas na cidade, muitas crianças pintam a cara de preto e coloca o chapeuzinho típico dos Zwarte Piet para poderem ajudar Sinterklaas. É a maior sensação ser o Zwarte Piet! As crianças o adoram, querem ser ele! É muito engraçado ver aquelas crianças transparentes de tão brancas, com os cabelos louros e olhos azuis/verdes e com a cara pintada de preto!




Mas eu descobri a verdade sobre essa figura bizarra da tradição holandesa, pois é meio confusa mesma a lenda do Sinterklaas. Quem é ele, é um santo ou um bispo? Ou os dois? Um Bispo que virou santo? E quem são esses ajudantes pretos com roupas renascentistas?

A história é meio incerta, sabe-se que ele tem esses ajudantes pretos, cada um com uma função como smurfs, Zwarte Piet cozinheiro, Zwarte Pieter handman, etc. Bom, mas no wikipedia sobre o Zwarte Piet ( veja em http://en.wikipedia.org/wiki/Zwarte_Piet) diz que, entre muitas outras lendas, segundo os mitos do começo do século XIX, São Nicolau venceu uma guerra contra o demônio e o fez de escravo na noite que hoje se comemora o dia de São Nicolau. MAs acho essa versão muito forte para se contar para crianças e também não tem sentido as crianças se vestirem de demônio escravo do Sinterklaas, seria um tanto bizarro não? Então hoje a ficou a história do ajudante que se sujou com fuligem das chaminés, muito mais cute!!

Enfim, a chegada do Sinterklaas foi um evento para cidades. Ele, teoricamente chega da espanha em seu barco com seus ajudantes e depois sobre em seu cavalo branco para entregar os presentes. Aqui em Groningen foi demais! Um desfile de barcos com um monte de Zwarte Piet acenando para crianças, barcos com bandinhas, com tiozinhos de jaquetas vermelhas cantando, para preparar a chegada do super barco levando o Sinterklaas. Muitos barquinhos cheio de crianças acompanhava a comitiva. Depois o Sinterklaas e toda a galera saiu pela cidade num maior desfile, o máximo, crianças com monociclos, bandinhas de Zwarte Piet, carroças, ovelhas, até elefante e camelos! E claro Sinterklaas sobre seu belíssimo cavalo! Muitas pessoas, maioria crianças se postaram nas calçadas a espera do desfile. Crianças pequenas sobre os ombros dos pais, crianças um pouco maiores entregando cartinhas para os Zwarte Piet e recebendo doces deles. E muitas crianças com cara pintada! Achei o máximo, muito divertido! No final Sinterklaas é recebido pelo prefeito e pelo reitor da universidade e faz um discurso para as crianças!
Tirei algumas fotos, vejam:
A chegada de Sinterklaas em Groningen (Sinterklaas arrival in Groningen)

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

O novo tipo de herói da Disney

Ontem fomos ver a animação da Pixar "Up" em 3D. Um filme muito bem feito, tanto pela animação em si quanto pelo enredo. O "herói" é um velho rabungento. História de amor não é o principal foco, não há principe e princesa, fada madrinha, nada de coisas imaginativas. Hoje em dia também as crianças nao são burras, querem algo realista, nada de leão que fala, ou coisas que não existem.
Up me surprendeu, mostra que não tem idade para ir atrás de seus sonhos! E isso é muito bom, estimular as crianças, o público alvo desse filme, a ir em busca do que desejam, e o que eu mais repeito e admiro!

Sempre acreditei que podemos tudo que queremos, pode levar meses ou mesmo anos, mas se você quer uma coisa, um desejo muito forte do fundo do seu coração, você trabalha, você cria meios de consegui-lo. Para alguns a sorte está sempre por perto, encurtando o caminho. Para mim, que não sou tão aliada da sorte, tenho que trabalhar muito para conseguir o que eu desejo. Foi assim desde sempre, e assim sempre será!

Meu principal sonho era conhecer o mundo. Minha primeira viagem internacional foi para Machu Picchu em 2003 com 21 anos. Meus irmãos vem para Europa no final do ano, um com 20 anos e o outro com 14. Todas as vezes que viajei tive que juntar meu próprio dinheiro e eles vem com finaciamento da família! Não estou querendo dizer estou com raiva que eles vem com o dinheiro do meu pai, que eu não tive isso, então, não é justo, que eu sou coitada, que para mim o caminho é mais árduo e para meus irmãos não, pelo contrário, estou muito feliz que eles possam viajar, sair daquele mundinho que eles vivem e vejam o quão grande é o mundo, quantas diferenças existem, quão bom é o nosso lar. Agora veja o caso da minha mãe, que só depois dos 50 anos que teve oportunidade de fazer uma viagem internacional. Vendo por esse ponto de vista, eu sou muito sortuda! Quero ilustrar aqui que, para mim, as coisas acontecem mais devagar (mais devagar quanto eu desejava) e nunca o efeito sorte está lá para agilizar! Não estou reclamando! Claro que meu pai me ajudou nas minhas viagens, ajudou, mas quem financiou mesmo as minhas viagens fui eu, e digo com orgulho! Claro que muitas viagens tive financiamento da Unicamp ou da Universidade de Groningen, mas foi resultado do meu trabalho. Quando eu quis viajar, minha família não estava em boas condições como está agora. Para algumas pessoas, a sorte ou o acaso, facilita a vida, no meu, não. Enfim, o que quero enfatizar é que tendo sorte ou não, se você quer uma coisa tem que trabalhar para consegui-la e mesmo nao acontecendo no tempo que você queira, um dia acontecerá!

Na minha primeira viagem conheci Bolívia, Peru, Chile e Argentina. Três anos depois, estava eu na Europa, sozinha de mochilão. Conheci algumas cidades da Itália, França, Espanha, Holanda, Bélgica e Alemanha. Dois anos mais tarde aterrisei nos EUA, onde conheci Washington, NYC e Baltimore. Agora moro na Holanda, de onde eu parti para Alemanha, Espanha, Inglaterra e Grécia. Aos pouquinhos eu vou colocando bandeirinhas no mapa mundi, com os dizeres: Já Estive aqui! Meus próximos alvos são Canadá, Austrália e Japão. Claro que nesse meio tempo vou conhecendo melhor os lugares que gosto bastante como Paris, Munique, Roma e Berlin. E assim vou em busca de conquistar o mundo. Um dia vou para o Egito e Polo Norte, mas ainda não tenho previsões.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Uma semana no Brasil

Cheguei no Aeroporto de Gurarulhos as 5:30 da manhã de um sábado, no mesmo horário de outros aviões vindo de Paris e Orlando. A fila para controle do passaporte estava enorme, o calor insuportável, pois eu vim de botas, casaco e meia-calça. Passada o controle do passaporte, deparei com fila no banheiro feminino, fila para pegar a mala e fila no Free Shop. Como há filas no Brasil! Sai as 7 horas para o saguão do aeroporto encontrar Luli e André.
Encontrei-os em poucos minutos, após ter comido um pão de queijo e tomado água de coco, alias a mais cara da minha vida!
Luli já estava com barrigao de gravida! Uma graça, meio desengonçada pelo desconforto que a enorme protuberancia abdominal lhe causa. Abracei-a, com medo de machucar sua barriga e logo em seguida recebi outro abraço! Anamaria havia chegado também! Estava tão feliz por ser recebida por minhas amigas! E que abraço gostoso!

Esse foi um dia muito comprido, era o dia do casamento da Lívia. Eu nem tinha vestido para ir, mas eu não estava muito preocupada não, mesmo que eu fosse de jeans, o importante era que eu estaria lá. Anamaria me emprestou alguns vestidos, mas nenhum deles serviu. Acabei usando um que eu havia comprado por 30 reais em um liquidação no shopping (rs)! Consegui ficar pronta em 20 minutos, pois os minutos antes anteriores eu usei para tentar dormir, mas não consegui muito! Enfim, acabou dando tudo certo! Com vestido de liquidação e muito feliz por conseguir participar desse momento tão importante na vida de uma mulher, especialmente de minah querida amiga, dancei muito, dei muita risada, e me diverti bastante!

Uma coisa que me chamou muita atenção nos primeiros dias no Brasil foi perceber que as pessoas me olhavam. Crianças, velhos, mulheres, homens, nas ruas, nos carros, nos onibus. As pessoas se olham, sem vergonha, com curiosidade, sem medo de que a pessoa oberservada retorne o olhar, aliás se retornar o olhar melhor ainda. Muito diferente das pessoas da Holanda. Você pode ter cabelo azul, andar pelado ou sair gritando pelas ruas que ninguém te olha, ninguém dá o minimo cabimento, como se você não existisse. Sinto-me viva no Brasil, tenho prazer em me arrumar, em colocar um salto, em passar um batom, pois sei que as pessoas vão me perceber. Esse foi uma das coisas mais marcantes que notei de diferença entre os dois países.

Posso ficar tempos longe das pessoas queridas, dos meus amigos, da minha família, mas quando eu volto, parece que nunca estive longe, apesar dos abraços serem mais apertados, os cabelos mudados, filhos no colo ou no ventre, as conversas continuam as mesmas, os convites para sair ainda continuam lá, a compreensão, o afeto, o carinho são os mesmos.

Apesar dos transtornos das filas, da ineficiência do transporte, do trânsito caótico, do estonteante calor, da falta de educação das pessoas nas ruas, da corrupção, da pobreza, da desigualdade social, apesar de todos os problemas que o Brasil apresenta, lá é o meu lugar, lá eu me sinto em casa, lá estão as pessoas que eu amo. Podem rir, eu tive que vir para tão longe, para ficar tanto tempo para perceber que meu lugar é lá, mas como diz a sabedoria popular apenas quando perdemos algo é que damos o devido valor a ele. Estou feliz aqui, meu amor está ao meu lado, estou feliz com meu trabalho, simplesmente não tenho o que reclamar da qualidade de vida que temos aqui, mas sempre faltará alguma coisa, a saudade sempre fará parte da minha vida.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Ansiedade

Hoje estou indo para o Brasil já!
Fui dormir as 2 da manhã. Fui ao encontro das falantes de Português aqui em Groningen para despedir da Luciana que vai voltar para o Brasil semana que vem. Como sempre, a conversa vai longe nesses encontros, voltei para casa as 11 da noite. Ainda tinha que terminar de fazer o álbum de fotos do professor Hiroshi e estudar mais um pouco.
Mas como sempre, a ansiedade me atormenta, acordei a 6 da manhã, já começou a ficar escuro, tentei dormir mais um pouquinho, mas meus olhos não queriam mais fechar. O coração já estava acelerado. Acho que isso não e normal. Será que estou nervosa por causa do exame, ou por causa da viagem? Difícil saber
Enfim, aqui estou acordado e resolvi escrever um pouco, já que há tempos não posto nada!
Vou estudar mais um pouquinho que ainda tenho 2 horas para prova!

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Decisão

Eu estava muito angustiada ultimamente, não estava participando de muitas coisas na vida da minha família e dos meus amigos. Não pude dar adeus a minha avó que faleceu em fevereiro. Não parabenizei com um forte abraço minha outra avó pelo seus 80 anos. Não acompanhei a gravidez da Mariane e ainda não conheci a pequena Beatriz. Não estava presente para dar o abraço de parabéns pela gravidez da Luli, e nem para gritar e chorar junto quando ela me contou que eram gêmeos. Não participei da festa de despedida de solteira da Lívia. Não fui ao churrasco da minha turma de faculdade. Esses são alguns eventos que eu perdi esse ano. Gostaria muito de ir no casamento da Lívia, pelo menos isso não ia perder, mas meu curso de animais começa dia 14 de setembro e geralmente dura 3 a 4 semanas, então não poderia perder, já que esse curso só é dado poucas vezes ao ano em inglês e é necessário tê-lo para trabalhar com animais aqui.
Mas eu, desligada como sempre, não chequei o dia do termino do curso. Depois de ter dito que não iria para o Brasil no casamento, que eu tinha curso e tal, vi que o último dia é dia 2 de outubro. O Casamento da Lívia é dia 3. Estou 5 horas adiantadas no fuso horarário, ou seja, dá para eu ir dia 2 e chegar dia 3 de manhã e ainda ir no casamento. Meu olhos se encheram de lágrimas. A felicidade não cabia no meu peito, corri até a sala do bispo do andar abaixo do meu na universidade e disse que estava indo para o Brasil para ficar uma semana, se ele não queria ir comigo. Bispo sensato e racional que é, disse que ia pensar e que depois me falava. Mas tinha que comprar as passagens logo, antes que os preços estourassem.
Achei passagem por 600 euros, mas chegava bo brazil as 18 h do dia 3, ai não dava, perderia mais da metado do casamento. Comprei para o dia 2 mesmo, depois do exame final, vou para o aeroporto, tomara que dê tudo certo, que ninguém se jogue na linha do trem, que eu acabe o exame o mais cedo possivel, que o trem não quebre.
Não vejo a hora, estou super feliz e ansiosa!
Minha felicidade só estaria completa se o Bispo fosse junto, mas ele decidiu não ir pois tem muitas coisas a fazer aqui e além disso, final do ano vamos viajar. Era para eu fazer o mesmo. Acabei de começar o novo emprego e tenho que guardar dinheiro para dezembro. Mas quer saber, gastei tudo meu dinheiro, tenho ZERO na poupança, mas estou super feliz! Depois me viro para guardar mais e gastar tudo final do ano novamente!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Mais uma notícia de gravidez

Todo mundo resolveu ficar grávida ao mesmo tempo!
Há dois anos atrás era a fase do casamento, pelo menos 1 por mês, agora é a fase da gravidez! Todo mês recebo a a notícia de alguém que está grávida! Sempre fico muito feliz.

A primeira coisa que me passa pela cabeça, será que um dia serei mãe? Será que estou preparada para ser mãe? Quando será que isso vai ocorrer? Não consigo me imaginar grávida, nem com uma criança no colo, muito menos amamentando. Sinto calafrios em pensar no parto, na dor, será mesmo que a dor é esquecida quando se vê aquela criaturinha toda suja que saiu de dentro de você? Esquisito pensar que havia uma pessaa dentro de você, me recordo do filme Alien! Aghhhhhh
Fico tentando imaginar como vai ser minha vida depois? O que eu vou fazer? Onde vou morar? São tantas perguntas tantas dúvidas. Não tenho como pensar em ter filhos aqui, não sei onde vou morar, criança precisa de um lugar fixo para cultivar amizades, para crescer e brincar.
Claro que como toda mulher eu sinto uma pontinha de vontade de saber como é ser mãe, mas sei lá, parece algo tão distante da minha realidade.
Será que consigo? Meu maior medo é educar. Será que consigo ajudar a formar um bom caráter? Uma pessoa boa, com bons principios. Esse é um grande desafio.

Um dia minha hora também vai chegar, espero que esteja preparada!

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Nascimento da Beatriz

Hoje liguei para mãe da Mariane, dona Zélia, para saber se a Mari já havia tido o bebê, e surpreendentemente, a cesária foi ontem à noite e a mãe dela nem a tinha visitado ainda! Digo surpreendentemente pois a Mari hia me dito que nasceria essa semana, mas poderia ser entre segunda a sexta, mas por algum motivo resolvi ligar para dona Zélia para saber notícias hoje!

Estou confiando mais no sexto sentido, foi assim também com a Luli. Há uns meses atrás eu sonhava com bebês e mulheres grávidas e quando isso acontece pode ter certeza que alguma amiga minha vai engravidar. No dia seguinte de um dos meus sonhos liguei para Luli para saber quando o bebê viria, e ela perguntou o porque da pergunta, respondi que havia sonhando com bebês e acreditava que seria ela a próxima vítima. Desligamos o telefone e fomos conversar no skype pela internet e ela veio me mostrar um macacãozinho da ponte que ela havia comprado, demorou 2 segundos para eu entender a situação! Ela já estava grávida! Algumas semanas depois soube que eram gêmeos! Fiquei muito feliz quando soube da gravidez e mais ainda quando soube que eram gêmeos, sem explicação. Acredito que estando longe, meus sentimentos ficam mais aflorados, assim como meus sentidos e eu fico tão mais sensível.

Bom, voltando a Mariane, fiquei tão feliz que a Beatriz já nasceu, o sonho da Mariane se tornando realidade, fico tão feliz quando minhas amigas, pessoas que eu amo e me importo conseguem aquilo que sempre desejaram.

A Mariane tinha o puro e simples desejo de formar uma família. Quando conversávamos sobre isso durante os tempos de faculdades, que já fazem quase 10 anos (Meu Deus - lêem com o "cute" sotaque português para dar mais ênfase hehehe), eu pensava com meus botões "mas só isso, uma família? casar e ter filhos?", enquanto eu sonhava, em achar a cura do câncer, ser cientista internacional, contribuir com uma grande descoberta, viajar e conhecer muitas e muitas culturas. E enquanto ela falava, seus olhos brilhavam de uma forma diferente, eu via toda a beleza, a sinceridade com que a Mariane falava sobre isso, penso que ela conseguia imaginar em sua cabeça toda a vida que ela teria com a família, e tal.

Hoje eu percebo que não era um sonho bobo e não era menor que os meus sonhos: construir uma família é um dos desejos mais nobres que uma mulher pode ter, é dedicar sua vida para o bem de outras pessoas, é amar incodicionalmente, é fazer de tudo para que o outro fique feliz, é alimentar aquele ser tão pequeno é vê-lo crescer, é zelar por sua saúde, é vê-lo dar as primeiras palavras, é ver tais palavras formando o caráter dessa pessoas que você criou com tanto amor. Quer responsabilidade maior que de uma mãe? Quer profissão mais importante? Hoje eu digo que para mim não existe profissão mais importante que ser mãe.

O que mais fico feliz, é que a família que ela formou é cheia de saúde e amor, regida pela doce Mariane, uma pessoa que não tira o sorrido e simpatia do rosto. Imagino o quanto ela deve estar irradiando de felicidade. Bem aventurada a Beatriz que nasceu em um lar como esse, cheio de amor!

Segundo dona Zélia, ocorreu tudo bem, Beatriz é bochechuda, assim como a mãe, tem um monte de cabelo, preto, mesmo os pais sendo loiros, e nasceu com 3.2 kg.

Bem vinda ao mundo Beatriz! Que você seja muito amada (tenho certeza que já era antes mesmo de nascer), que tenha muita saúde e que possa realizar seus sonhos assim como sua querida mãezinha.

sábado, 8 de agosto de 2009

Grécia

Essas foram as férias mais esperadas, mas bem pagas e merecidas!
Andávamos muito estressados com a pressão do trabalho. Experimentos, resultados, escrever, publicar, era o que pensávamos o tempo todo, claro, nossa vida aqui se resume ao trabalho, logo, a pressão de nós sobre nós mesmos é bem maior.

Eu tinha muita coisa para terminar antes de vijarmos, como relatório fapesp, terminar de escrever um artigo e fazer uns experimentos para outro artigo. Mas não deu, só fiz o relatório mesmo, que era o mais urgente.

Deixando o trabalho de lado e começando a contar as coisas sobre a Grécia. Meu (como diria os paulistano), o lugar é demais!! Se tem um lugar que é a minha cara, esse lugar é a Grécia! Espanha também, mas a grécia mexeu mais comigo! Sou fascinada pela história greco-romana, a mitologia grega (que é a mesma que a romana, só muda o nome dos deuses, mas a história é a mesma), as guerras, as conquistas, a ciência da época, a arquitetura, a filosofia, a religião, putz, fico imaginando a vida há 5000 anos atrás (data do apogeu da civilizacão pré histórica de Akrotiris em Santorini), há 2500 anos, apogeu da civilização grega. Naquela época as pessoas tinham mais noção de democracia que muitos países do mundo atual.

Visitamos um museu em Atenas que tinha uma "máquina" onde onde as pessoas colocavam o nome de alguém que gostariam que fosse expluso da cidade por motivos políticos, ato conhecido como ostracismos, aquele que recebesse mais votos seria expulso.

Acrópole (do grego acro= alta, polis= cidade) foi o que eu mais esperava conhecer, pois ano passado quando fui ao congresso na Ilha de Kos, eu tinha uma escala de 4 horas em Atenas, que foi o tempo de sair do aeroporto, chegar ao centro, procurar a Acrópole, vê-la de longe e voltar correndo para o aeroporto para seguir para Kos. De todos os pontos da cidade é possível ver o Partenon, a principal construção da Acrópole, o templo de Atenas, a deusa protetora da cidade. Muitos outros templos também estão lá, ou pelo menos o que restaram dele, templo de Atenas Nike, dedicado a deusa da vitória durante a guerra do Peloponeso contra Sparta, o templo ao lado do Partenon com as caríatides, estatutuas de mulheres colocadas no lugar dos pilares. O mais conservado de todos os templos que visitamos é o de Haphaistos, deus do Fogo, dos metais e da guerra, que fica no Ancient Agora, todo ornamentado do lado de fora, para apreciação dos mortais que era impedidos de entrarem na casa dos deuses. Os gregos também era fã de artes. Só na acrópole haviam 2 teatros de arena. No menor, a primeira fileira continha bancos com o nome de pessoas encravados, para especificar a área VIP.

Passeamos pelo mercado da cidade, onde se vendiam carnes, peixes, frutas, sementes, incensos, temperos, enfim, vendiam-se de tudo, até adquirimos meio kilo de feijão preto e alcaparras, hummm que delícia! Um lugar animado, com muitas pessoas falando alto, cheiro forte, animais inteiros sem pele expostos nas bancas, cabeças de ovelha (acredito eu) para vender, com olho e tudo! Peixes, lulas, camarão, siris, e os peixeiros gritando os preços, os azeitoneiros oferecendo azeitonas para provar, homens com uniformes brancos e galochas brancas puxando a água dos corredores da peixaria. Um tiozinho que nos ofereceu ajuda por estarmos olhando para o mapa no meio da rua antes de chegar a esse mercado nos disse que era o melhor para comer, que o Agora, o lugar que queriamos ir, só tinha pedra! hahahahaha realmente ele estava certo.

E claro que passeamos pelas lojinhas de turistas no Monastiraki, apreciando a arte local, as jóias com símbolos gregos e muitas, mas muitas mesmo lembrancinhas gregas vinda da China!

De Atenas a impressão que ficou foi de uma São Paulo com mais de 2000 anos, cheia de história e riqueza cultural, quente e seca, com comida muito boa e pessoas simpáticas.

Para ver algumas fotinhos de atenas clique no álbum abaixo

Atenas

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Show do U2

Finalmente consegui ir ao show do U2! Turnê 360 graus. Perfeito.
O show foi no Arena em Amsterdam, estádio do Ajax, time de futebol Holandês onde o Ronaldo gordo jogou por um tempo.

O estádio é enorme, lindo e limpo. Não havia tumulto e nem fila. Cada pessoa tinha seu lugar marcado (para quem ficou na arquibancada,como eu). O teto era coberto com vidro, portanto não tinhamos que nos preocupar com chuva. E eu, sem saber disso, me previni e levei capa de chuva. Peso morto.

Quem abriu o show foi Snow Patrol, pontualmente às 20 horas. Terminaram em 45 min. Essa banda não faz muito meu estilo, são animados e tal, mas sei lá, não gostei não.

Finalmente, às 21:30 chega o U2, arrasando, no palco de 360 graus. A galera vai ao delírio, pelo menos as pessoas que estão na pista, pois as que estavam ao meu redor na arquibancada nem se levantavam, apenas batiam palmas e algumas vezes cantavam. Sem brincadeira, super apáticos, tentei levantar algumas vezes, em algumas músicas mais animadas tipo Blood Sunday, Vertigo, mas somente eu ali de pé, não me sentia bem e, portanto, logo me sentava. O problema maior foi que eu fiquei sozinha. Quando Maria comprou os ingressos não havia para todo mundo na mesma região da arquibancada, portanto, cada um ficou em um lugar diferente. Fiquei lá sozinha, ouvindo o U2 cantar pra mim, mal eu gritava, mal eu dançava, mas pelo menos o show foi magnífico.

Grande parte da avaliação de um show é o grupo que você está, com quem você foi. Como estava sozinha, o show foi bom, sem dúvida, mas no geral foi quase bom. Ninguém conversava comigo, eu não tinha ninguém para comentar "Olha o Bono", "Nossa olha o que ele fez", "Adoro essa música" etc. No show da Madonna em São Paulo, dezembro do ano passado, fizemos várias amizades, tanto na fila quanto na arquibancada. Eu, a Marina e a Patrícia gritavamos, dançavamos, foi ótimo.

Por exemplo, o show do Juanes foi demais. Tudo bem que sou maior fã, sei muitas músicas e ele é super animado, mas eu fui com a Guga e ficamos na grade, cara a cara com o Juanes, foi um dos melhores show que fui! Ah não posso me esquecer da Madonna, que foi perfeito.

Aqui, parece que as pessoas não se estrapolam, elas tem que viver na faixa segura de sentimento, sem se exaltar de felicidade, sem entrar em depressão, não demonstram sentimento, não demonstram alegria, não têm compaixão, não choram. Acredito que seja porque são pessoas do Primeiro Mundo, bem de vida, com nada para se preocupar. No Brasil, como a gente vive sempre na pindura, na merda mesmo, qualquer coisa boa que nos aconteça a gente grita, fala para todo mundo, sorri o tempo todo, canta, dá uma festa. Para as pessoas aqui, parece que nada é importante, nada os deixa felizes.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Vocação

Eu adoro ouvir alguém falando que adora dar aula, que nasceu para ser professor, que o que gosta mesmo de fazer é ensinar. Essas frases me enchem de alegria, pois o mundo ainda tem solução. Sem dúvida o futuro do planeta está nas mãos do professor, sei que é um velho clichê falar isso, mas é a pura verdade. Grande parte da escolha do curso para o vestibular depende dos professores que tivemos na escola. Tudo bem que a mídia tem grande influência na escolha do curso para o vestibular, lembro que quando prestei Biologia em 2000 houve um número enorme de inscritos, cerca de 50 candidatos por vaga, pois foi o ano que estourou a história da clonagem, Dolly, transgênicos, e nos anos anteriores não passade de 15 candidatos por vaga.

Mas quem não sonhou ser arqueologista quando escutava as histórias sobre Egito antigo quando o professor o levava para o passado com suas palavras? Quem não sonhou em cientista nas aulas de quimíca e biologia quando realizadas no laboratório? Além do professor influenciar na carreira de uma pessoa, também consegue mudar pequenos hábitos, e são esses que fazem a diferença perante o coletivo.

Lembro-me quando dava aula para os professores da rede pública de ensino, fundamental e médio, do Estado de São Paulo, muitos professores contavam um pouco sobre suas aulas, sobre seus alunos. As crianças faziam seus pais separarem lixo para reciclagem,

Quando penso em vocação para ser professor, me vem logo a cabeça a Mariane. Mariane morou comigo em Rio Claro durante os 4 anos de faculdade. Ela fazia matemática e eu, biologia. O sonho dela era ser professora de crianças, casar com o Gabriel, morar no sítio e construir uma família. E conseguiu tudo isso. É a pessoa mais feliz que eu conheço, a admiro muito. Ela é apaixonada pelos alunos, adora ensinar, sempre alegre, simpática e sorridente.

Outra pessoa que tem o dom de ser professor é o Bispo, sou suspeita a falar, mas eu sou fã número 1 das aulas deles. Ele consegue montar um raciocínio lógico, de fácil compreensão que faz qualquer pessoa entender sobre o que ele está falando, além disso, ele fala bem, com desenvoltura, tom de voz adequado, imagens e esquemas claros. Pode flar para ele dar aula sobre cosmética que ele vai lá, aprende e ensina, e não é que ele deu aula para o curso de Cosmética do Senac por um semestre!


Eu não sei se tenho esse dom, gosto muito de dar aula, ainda não sei o que vou ser quando crescer, gosto muito de pesquisa, adoro o que eu faço, mas a sala de aula me chama atenção.

Enquanto isso, vou fazendo meus experimentos aqui no laboratório e esperando o que o futuro me reserva.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Saudades de casa

Ontem bateu uma saudade enorme de casa, vontade de abraçar minha mãe, de passear com o Diquinho, de conversar com o Renan, de tomar café da tarde com pão caseiro da minha mãe, de conversar com minhas amigas horas no telefone, de sair com elas para beber uma cerveja, falar besteiras e dar risada.
Saudades de caminhar na lagoa do Taquaral e tomar água de coco, das aulas de dança do ventre. Saudades de ver novelas, de pintar, de ler a tarde e depois tirar um cochilo sobre o livro.

Saudades das pessoas queridas e amadas, saudades de tempos bons.

Não tenho o que reclamar da minha vida aqui, estou adorando, trabalho naquilo que gosto, tenho meu amor ao meu lado, tenho amigos, alías tenho uma vida social bastante agitada mas estou longe de muitas pessoas que amo também. Estou perdendo a barriga de uma amiga crescer, não a verei quando a bebezinha nascer, não foi no chá de bebê, não estou ao lado daquelas que estão precisando de uma palavra amiga,não estou perto para ajudar a amiga encalhada, não posso estar no casamento de outra, e a lista de coisas só vai aumentando. Não que eu seja essencial para elas, ninguém é insubstituível, mas eu gostaria muito de estar ao lado delas nesses momentos de transição, de mudanças em suas vidas.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Todos estão indo embora

Começou a fase dos amigos partirem, isso é tão triste, vai ficando um vazio no coração.
Pelo pouco tempo que aqui estamos, criamos intensos laços de amizades, amigos para contar quando precisamos de um ombro para chorar, uma companhia para tomar cerveja e dar risada ou mesmo um parceiro de tênis.

Primeiro a ir embora foi a Karla que se começou pós doc em Amsterdam em setembro do ano passado, em seguida, Ana Ferreira que, após a defesa, foi trabalhar em Barcelona, está lá curtindo o sol, a comida, as pessoas legais lá na terrinha maravilhosa, das pessoas com lingua presa. Pedro vai ao encontro de Ana amanhã e só volta para defender ano que vem. Mateusz foi passar 3 meses em Londres, de onde ele gostou tanto que provavelmente só volta para defender em outubro e depois vai-se embora para pós doc nos EUA. Maria e Kaushal estão em vias de terminar e estão procura de pós doc em Londres.

E nós continuamos aqui em Groningen, até final do ano que vem pelo menos, depois vamos ver o que o futuro nos reserva.

domingo, 14 de junho de 2009

Art met science

Ontem dia 13 foi o último dia de comemoração dos 395 anos da Universidade de Groningen. As celebrações duraram 2 meses aproximadamente e o tema foi Arte com Ciências (Arts met Science em holandês) e como sempre, e aqui não poderia ser diferente, arte e ciências caminham lado a lado. Desde o início das comemorações de aniversário, tiveram palestras, concertos musicais, apresentações de dança etc.

Ontem a Universidade resolveu fazer algo para toda a cidade. a partir das 20 h havia diversos eventos artísticos espalhados pela cidade. Se você andasse pelas ruas de Groningen ontem à noite (noite ainda nao era, pois está escurecendo as 23 h) você se deparava com pessoas fantasiadas e maquidas andando em pernas em perna de pau fazendo performance malucas, encotrava 3 homens tocando numa bandinha engraçdíssima, encontrava exposições gratuitas etc.

Fomos ver a exposição do Darwin. Não entendi muita coisa pois estava escrito tudo em dutch, mas havia vários animais taxidermizados à exposição pertecentes a colecão da universidade de Gronigen. Havia varios animais da America do Sul, arara, pagagaio, tucano, mas tinhas outros bem legais que nunca tinha visto, topeira (fiquei impressionada com o tamanho minúsculo da cabeça, havia também uma coruja enorme, umas aves deferentes e muitos outros.

No Vismarkt estava montando um palco enorme que quando chegamos estava se apresetando um tio cinquentao que tocava saxofone e uma orquestra, formada por pessoas de diversos lugares do mundo, China, Alemanha,Indonésia, Polônia, Russia, tocava esplêndidamente, acompanhando o saxofonista norte americano.

Em seguida teve um DJ e depois quando fomos embora, havai uma mulherzinha, holandesa que cantava super bem, estilo Sheryl Crow.

Fomos a uma apresentacao de teatro sobre a história da ciência, meio comédia. Eram 5 bonecos que dialogava e representava famosos cientistas e artistas como Leonardo da Vince, Pasteur, foi bem legal do pouco que consegui entender.

O que me deixou imnpressionada foi que todos os lugares estavam lotados. A comunidade realmente participou do evento da universidade, havia filas para o teatro, para apresetações para os museus e exposições. Será que no Brasil as pessoas se interessariam por arte e ciência?

sábado, 13 de junho de 2009

12 de junho

Esse de junho teve vários eventos, dia dos namorados no Brasil, aniversário de muitas pessoas que conheco no Brasil e também aqui. Foi aniversário da Katica (se lê Katicia) uma menina de 27 anos da Sérvia que trabalha no lab do Bispo. O combinado era nos encotrarmos para beber cerveja as 21h. Fui para academia, voltei, fiz uma jantinha especial de dias dos namorados, comprei um vinho Branco, italiano, chamado Canei, muito gostoso, frisante e já coloquei na geladeira para deixa-lo geladinho. O namorado chegou as 21h, horário combinado antes para encontrar o pessoal, então, comemos rapinho, troquei de roupa e logo o Pedro toca a campainha para irmos todos juntos. Fomos do Time Out, um pub tranquilo que dá para conversar, apreciar boa cerveja e dar muita risada. Sempre ficamos no fundo, na mesa grande com sofá de um lado e cadeiras do outro, onde o teto é de vidro com luzes atrás, parecendo uma estação de trem.

Estávamos eu, o Bispo, o Pedro, a Katica, e um sérvio muito engraçado que parecia o Antônio. Depois chegou outro sérvio, mais normal que o outro e mais tarde Bispo foi buscas o Zia, um paquistânes muitíssimo engraçado.

Demos muito risada, falamos de comida e de criquet. Pelo que entendi o cricket é igual a Bets, aquele jogo que jogamos na rua, com os tijolos, onde você arremessa a bola para o time adversário rebater e enquanto a bola está longe o adversário com o bastão corre de um lado para o outro cruzando o bastão para fazer um ponto. A gente jogava cricket e nem sabíamos!

A noite foi divertida sempre é bom sair e conversar e aprender coisas novas.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Meu primeiro emprego

Ontem fui assinar o contrato do meu primeiro emprego em Amsterdam! Vou desenvolver um projeto sobre fibrose em pacientes com queimaduras. O projeto é financiado pelo Burn Fundation da Holanda.

O AMC (Amsterdam Medical Center) é uma universidade e hospital ao mesmo tempo e lugar, ou seja, você cruza com pacientes no elevador, ao sair do toillet, as vezes eles até aparece no lab. O prédio é enorme em altura, largura e espessura, construído na década de 70, me lembrou bastante o HC da Unicamp. A entrada é a mesma para estudantes e pacientes. No andar térreo há várias cantinas, o restaurantes, algumas lojinhas de flores e livros que estao voltados para um sagão grande cujo teto é de vidro deixando o ambiente bem iluminado. Todos os andares tem uma espécie de varanda para esse saguão Em uma das laterais do saguão há uma vidraça enorme que vai até o teto que termina nosétimo andar mais ou menos, de onde se podia ver um imenso e moderno moinho de vento.

O laboratório que irei trabalhar fica no segundo piso. O laboratório e grande e dividido para vários grupos, que eu me lembre uns 5 Cancer Stem Cell, Coagulação, infecção e mais outros dois grupos que estavam saindo para chegar outros 2. A nossa parte, o grupo de Coagulação é pequena, tem 4 bancadas, cada uma trabalha num pequeno espaço, só quero ver eu me adaptar a trabalhar em um espaço limitado, quem sabe não me torno mais organizada.

Conversei com Arnold, uma homenzinho pequeno, de poucos cabelos, agitado e muito simpático. Ele não parava de se mexer um segundo, falava super rápido e foi super gentil. O laboratório tem dois citômetros de fluxo, várias salas de cultura, uma para bactéria, outra para células, tem o biotério para os animais, o AMC tem facitlities para microscópior eletrônico, confocal, então não sai perdendo, tudo que tem na UMCG também é fácil de encontrar no AMC.

Não sei exatamente o que senti. Fiquei feliz por ter assinado o contrato, tenho emprego por 4 anos, ganhando em euros, com chances de boas publicações, mas são 4 anos longe de casa, vou ter que viajar 2 hs todos os dias para ir trabalhar, não vou mais poder almoção com o Bispo todos os dias, e nem ir lá na sala dele encher o saco quando estiver com saudades. Mas acho que o saldo é bom no final.

sábado, 6 de junho de 2009

Área de nudismo

Semana passada fez um dia muito bonito, 25 graus, céu azul e muito sol. Decidimos ir para o Lago Hoorse Meer, aqui em Groningen mesmo, fazer um piquinique e, como diria o Bispo, holandesar, ou seja, ficar deitado sob o sol! Cláudia, Raquel, Omi e Marie foram também. Batemos papo, comemos, demos risadas, dormimos, lemos, e quando já não tinha mais coisas para fazer ali na grama, fomos caminhar um pouco em volta do lago.

No lado oposto onde estávamos há uma área chamada Vrij Recreation, reacreação livre, onde muitas pessoas ficam tomando sol, nadando peladas, é isso mesmo! E como a área é livre, as pessoas podem ficar com roupas, sem roupas ou parte das roupas.

Muitos casais gays, homens, mulheres, famílias, jovens e velhos estavam lá curtindo o sol. Caminhando pela estradinha, um senhor de uns 60 anos, completamente nu, com suas vergonhas à mostra, balançando vinha em nossa direção, e ía cruzar pela gente. Não sabia o que fazer, olhei para o lado, segurei a risada, não olhei de jeito nenhum. O senhor percebendo nossa falta de jeito e naturalidade, disse Goed Middag (Boa tarde em holandês). Tenho certeza que ele riu, mas não consegui me virar, segurei minha risada e seguimos em frente.

Encontramos uma barraca que vendia sorvete. Paramos para nos refrescar e esperar nossa vez para escolher um gelado. À minha frente uma senhora de uns 65-70 anos estava batendo o maior papo com o dono da barraca,atrás do balcão, e um outro cara a abraçando ao lado e ela de topless, parte de baixo do biquíni e um friseira, toda alegre, contente e natural.

Essa naturalidade do povo holandês é admiravél. Nós brasileiras que usamos decotes ousados, biquínis misúsculos, saias curtas e roupas transparentes, ficamos chocadas com a nudez altamente presente nesse país, seja na praça, no lago ou na sauna. Como diria o Bispo, a nudez não é sensual, e com certeza é difícil encontrar mulher sensual aqui.

sábado, 30 de maio de 2009

Concursos públicos

Ontem sairia o resultado do concurso para professor de Biologia Celular na UFRJ e um amigo nossa, William, estava prestando e já havia passado da prova escrita, apresentou uma aula sobre Estrutura e Função de Proteínas, tranquilissímo e possuía um currículo super bom, cheio de artigos, para um cadidato de 28 anos que acabara de terminar o doutorado direto.

Todos estavam confiantes, inclusivo ele, claro. Nós em casa jantando com a Cláudia, estávamos conectados na internet para assim que Willian ligasse no laboratório da Unicamp, saberíamos imediatamente o resultado.

Eu estava falando com Antônio pelo yahoo, no meio da conversa ele disse que a esposa do Willian estava no telefone falando o resultado. Já saquei. Se ele tivesse passado com certeza ele ligaria pessoalmente. Não foi dessa vez. O que soube superficialmente foi que uma menina com apenas 6 artigos havia conseguido a vaga de professor na UFRJ.

Todo mundo ficou arrasado, Antônio disse que se Willian não passou, ele não teria chance nenhuma, que já ia desistir. Eu já tive outro pensamento. Se a menina passou com apenas 6 artigos com certeza eram em revistas com índice de impacto alto. Provavelmente ela é conhecida no departamento. Se eu fosse escolher um candidato para trabalhar no meu departamento, com certeza escolheria alguém que eu já conhecesse. Para conseguir um artigo numa revista boa, são anos de trabalhos, muitos resultados e repetições, o que daria com certeza mais de 3 artigos numa revista mais simples.

Eu não tenho muitos artigos. Aqui eu aprendi que tem que trabalhar muito para conseguir um bom artigo, não é com 5 gráficos que você publica numa Cell, e além do muito trabalho tem a sorte, sem dúvida, sorte de ter bons resultados, sorte de descobrir algo novo, e sorte de estar no lugar certo na hora certa. Esses fatores compõe qualquer profissão, esforço, trabalho e sorte.

Algumas pessoas publicaram na Nature ano passado, foram SETE anos de trabalho! Mas uma pessoa tinha acabdo de chegar no lab e fez alguns blottings para confirmar os resultados dos 7 anos anteriores foi como segundo autor do paper, está ai a sorte.

Continuo trabalhando, e esperando a sorte chegar.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Final do curso GLP

Finalmente acabou o curso mais chato que já fiz em toda a minha vida, além do tema não ser o que eu esperava, as aulas elas monótonas e os slides dos apresentações eram cheios de texto. O dia mais legal foi a excursão, mas infelizmente não pude ir pois foi no mesmo dia da defesa de Ana, e obviamente não poderia faltar em tal evento!

As aulas foram sobre ética em pesquisa clínica, como proceder para obter autorização para fazer testes em pessoas, quais documentos são necessários. Também foi discutido o que é necessário para um novo medicamento chegar nas prateleiras de uma fármácia. Para isso é necessário um dossiê com os testes in vitro, in vivo, e os testes clínicos. Depois o governo estuda todos os documentos e autoriza ou não a venda do novo produto.

Bom, foi interessante em alguns pontos, mas melhor ainda foi ter acabado para continuar meus experimentos.

Alívio!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Trabalho em grupo com holandês

As pessoas aqui acham que a gente é idiota, só porque viemos da floresta amazônica para um país desenvolvido, é isso que algumas pessoas aqui pensam.
Amanhã temos uma apresentação em grupo sobre Fraudes na Ciência, no curso que estou fazendo chamado Good Clinical Practice and Good Laboratory Practice. Primeiro, esse tema era o mais legal, então assim que o professor deixou sobre a mesa os temas para a gente escolher, eu e meu amigo indiano, Rajesh corremos lá para pegar e depois nos preocuparíamos de arrumar outras pessoas para compor o grupo. Depois de adquirido o tema, fomos conversar com o professor. Ele pegou a pastinha com o tema e começou a nos explicar e logo colocou a pastinha sobre a mesa. Um grupo de holandeses quando viu o tema na mesa, irradiaram de felicidade, eu vi a cara deles, e logo fui até lá falando que o tema já era nosso e que precisávamos de mais 2 pessoas pelo menos. O queixo deles caíram no chão hahahahahahaha. Dois deles vieram para nosso grupo. No dia de discutir como seria a apresentação, quem ia falar o que, a menina, que nem sei o nome, já tinha uma lista com os tópicos que cada um deveria dizer. Até ai tudo bem, adiantava meu trabalho, mas isso era uma coisa que era para ser feita em grupo. Mas a gota d'água foi hoje, primeiro ela manda um bilhetinho com o email do colega dela dizendo para enviar a apresentação para ele até as 17 h para ele juntar tudo no mesmo formato e tal, agora vem cá, qualquer imbecil sabe que se eu copiar um slide e colar numa apresentação já feita, automaticamente os novos slides é configurado e ela achando que eu não sabia disso. Pra mim ela queria que a gente mandasse antes para ela conferir se estava tudo certo. O combinado era que todos estivéssemos com a apresentação pronta na segunda para juntar tudo, o holandês lá não havia feito ainda, ele disse que ia fazer this evening, e porque nós tínhamos que ter pronto antes da 17h? É claro que eu não enviei. Outra coisa pior foi ela dizer hoje a tarde para Rajesh que ia mudar a hora da nossa apresentação porque ela tinha um appointment pela manhão então seria a tarde. Rajesh nada bobo falou peraí, você tem que falar com todo mundo do grupo "( eu nao estava lá estava hora, matei aula mesmo!) "e eu não posso fazer de tarde pois tenho compromisso também". Fala sério IDIOTA essa menina, achando que somos escravinhos dela...HELLOO, a escravidão já passou

sábado, 16 de maio de 2009

A festa de defesa

Fazia tempo que não ia numa festa em plena quarta-feira. Ai que delícia, open bar, pago por Ana, músicas levadas por nós, me diverti demais!!

Fomos para o pub ao lado da universidade De Gouden Zeep. Ainda no início, quando todos estavam sóbrios ainda, Maria projetou uma apresentação contando a vida de Ana durante os quatro anos de doutoramento. É uma tradição aqui no dia da defesa os colegas de trabalho fazer uma apresentação, ou uma encenação contando e forma engraçada a vida da pessoa. Algumas vezes essa homenagem passa dos limites, sendo muitas vezes grosseira. Mas no caso de Ana, como foi feita por sua amiga Maria, foi engraçado sem ofender. Resumindo, no início Ana era uma garota certinha, tomava apenas café com os amigos, mas passaram se os anos e Ana estava presente em todas as festas com uma garrafa de vodka na mão! As fotos eram engraçadíssimas, muitas montagens mais engraçadas ainda! Rimos muito!

Depois um dos colegas de trabalho dela preparou uma música entregou a letra para todo mundo e tocou no violão e um coro enorme preencheu o pub em homenagem a Ana. A música tinha refrao em quatro línguas inglês, português, holandês e polonês, fazendo referência aos pricipais lugares que ela esteve nos últimos quatro anos. A letra dizia alguma coisa assim: Tiny Little Ana is time to party!

Depois de beber e dançar pra caramba, caminhamos até em casa, cansados, bêbados. E na manhã seguinte eu tinha aula. Fui, bêbada ainda e com dor de cabeça, mas fui.
Para ver fotos da festa clique no álbum abaixo:

From Festa de Defesa no De Gouden Zeep

A defesa de Ana Ferreira


A defesa da Ana foi na sala menor do Academic Gebouw, mas nem por isso deixou o glamour de lado. A sala tinha o formato retangular, cujo os lados menores apresentava uma imensa janela, o que já era de se esperar, devido ao fato dos holandeses adorarem janelas enormes. Os lados maiores do retângulo eram revestidos por pinturas de bustos de diferentes homens, que eu supus serem os reitores da Universidade de Groningen. A universidade esse ano completa 395 anos, portanto, há reitores suficientes para preencherem as paredes. Todos eles vestiam um roupa preta com uma gravata, assemelhava à beca. Em uma das paredes menores do lado da porta havia duas pinturas maiores, que parecia ser bem antiga, acredito que seja os primeiros reitores, ou fundadores da universidade. Os estilos de pinturas variam dependendo do homem retratado, outro sinal de que foram pintados em épocas diferentes. Oposta à parede com os dois retratos maiores, se encontrava a maior janela da sala e onde o candidato mantém-se sentado no centro e de cada lado da mesa do candidato havia algumas cadeiras que seriam preenchidas posteriorment pelos professores da banca. De frente para eles havia 2 blocos de cadeira separados por um corredor com tapete vermelho, como em igrejas. As cadeiras eram em madeira com estofado de veludo verde e em cada fileira entercalava uma cadeira com encosto alto e uma com encosto baixo. Quando cheguei na sala, já havia muitas pessoas sentadas esperando o grande momento, grande parte com a tese decumprimento Ana na mão.


As 10:30 pontualmente, quando todos os convidados já estavam sentados, um bando de pessoas, acredito que havia uns 15 professores para compor a banca de defesa, entraram na sala vestindo beca preta, chapéu de veludo preto com uma cordinha pendurado. Todos se levantaram em silêncio aterrorizador. Eles passaram pelo corredor entre as cadeiras agora preenchidas por pessoas e se sentaram nas cadeiras de costas para janela maior e de frente para o público.

Após se acomodarem em seus devidos lugares, entram na sala enfileirados Maria, Ana, a candidata, e Mateusz. Maria e Mateusz são os paraninfos da defesa, que em teoria podem ajudar a candidata a responder as perguntar, mas atualmente os paraninfos tem um papel mais social, tipo padrinho de casamento, que é alguém que participou piamente da sua vida durante os anos de namoro.

Os três enfileirados um ao lado do outro se curvam para a esquerda e para direita em cumprimento a banca de professores. Ana estava super bonita, com um vestido preto com detalhes em vermelho brilhante, brincos e colar vermelhos, com os cabelos curtos e lisos. Ela se sentou na mesa central. Maria entregou-lhe a tese e juntamente com Mateusz se dirigiram para seus lugares, de frente para Ana.

Acredito que uns 7 professores participaram. É conferido a cada um deles apenas uma pergunta a candidata. O intermédio do tempo é feito pelo Rector, acho que o Reitor. Ana respondeu todas, estava um pouco nervosa, mas a banca sempre tentava deixá-la descontraída. Alías meu chefe, Maikel Peppelembosch foi o mais engraçado. Na sua vez, ele disse que implorou para Robert, o chefe da Ana para participar da banca e que 2 dias antes da defesa ele recebeu a tese para ler, e como a tese estava muito boa, não achou nada sobre o que perguntar, apenas uma frase resumo do capítulo 4 que não condizia com o que realmente abordava no capítulo 4. A defesa durou 45 minutos exatamente. Quando o tempo acabou, um homeninho, com uma roupa toda especial e um bastão na mão, entra pela porta e fica parado lá no fundo da sala e diz HORA FINITA, indicando que acabou a defesa. Os professores se retiram, em seguida a candidata e seus paraninfos e todos aguardam ansiosamente a volta de todos com os resultados.

Alguns minutos depois todos eles voltam e se posicionam em seus devidos lugares. O reitor se levante e diz o veredicto em holandês e o resume em inglês. Ana é aprovada e recebe o enorme diploma. Acho que é maior que uma folha A3 e vem numa capa grande com um corda para fechar. Em seguida o chefe de Ana faz um discurso super bonito para ela, contando um pouco da vida no lab, histórias sobres as viagens para os congressos e finalizando que vai sentir muita falta e que o tempo que ela ficou no lab foi muito bom para ele. A co-orientadora de Ana começou o discurso após Robert, mas não conseguiu finalizar pois as lágrimas começaram a escorrer em sua face.

Em seguida, todos se retiram da sala, primeiro os professores depois Ana e os paraninfos, e se dirigem para o coquetel de recepção, onde Ana cumprimenta todos os convidados.
Fomos os últimos a chegar na recepção e obviamente fomos os últimos da fila. Após uma hora tomando sucos e vinhos e comendo canapés e queijinhos, todos fomos para o almoço no Fenthuis.

Mais fotos veja o álbum na web

From Defesa de Ana Ferreira

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Ana ferreira

Ontem foi a defesa de Doutorado de Ana Ferreira, minha querida pequena amiga portuguesa, companheira de festas, bebedeiras e de uma boa conversa. Quatro anos em Groningen, com intervalo de 6 meses na Polônia, o lugar que ela mais gosta no mundo. Durante grande parte do
doutoramento, como se diz lá em Portugal, Ana namorou um polaco gago, Pavel, bonzinho e gente boa, mas parado demais e Ana, agitada e louca para viajar do jeito que é, até que levou bastante tempo o namoro, mas não poderia dar certo, acredito que durou quase 4 anos porque um morava em Groningen e outro na Noruega e se viam a cada 3 meses, logo eles eram praticamente solteiros viajavam sozinho e iam para festar sozinhos, pleo menos Ana! E ela vivia triste em razão da saudade, vivia cansada por sempre ser ela a ir encontrá-lo e desapontada por ele não decidir logo uma vida juntos, não casamento, não era algo tão sério que ela queria, era apenas terem um emprego na mesma cidade para poderem se ver com maior frequência.

Mas tudo mudou quando Ana conheceu Pedro, português, animado para festas e viagens e o que mais contava pontos para Pedro era o fato de ele morar em Groningen e ser português, assim como Ana e estar sempre por perto dela, obviamente. No início eram amigos, mas logo descobriram muitas cores nessa amizade. Hoje eles moram juntos, estão super felizes, fazem planos juntos e acredito que ficarão juntos por muito, muito tempo, para não dizer "para sempre" e usar o velho cliché.

Como é a vida, Ana teve que sair de Portugal para encontrar seu amado português em Groningen, linda história, não?

segunda-feira, 11 de maio de 2009

coisas boas

Uma das coisas que gosto bastante daqui de Groningen é você ir no ponto de ônibus, olhar a tabela de horários e ver que as 19:42 passará naquele ponto o ônibus que você deseja. Fantástico e simples assim. Não existe ficar esperando ônibus horas e horas. Você entra na internet, digita o endereço de onde você está e para onde quer ir e a partir de que horas e o site te dá o ponto mais perto, qual ônibus pegar e qual o estação descer, ah, outra coisa fantástica, os pontos tem nomes e se você disser para o motorista que quer descer na estação tal ele diz no microfone quando for a hora. O único problema é que os nomes dos pontos tem nomes estranhos e você nunca sabe se é esse mesmo que ele está falando.

Outra coisa muito legal aqui é a liberdade das pessoas em usar o que elas desejam. Por exemplo, é muito comum as pessoas usarem aqueles fones de ouvido grande com espuma (tipo de DJ) para ouvir MP3, ipod na rua ou andando ou pedalando ou pegando ônibus, ninguém liga que o negócio é imenso e vai estragar a aparência, o importante é que o som está ótimo e confortável no ouvido. 

Hoje no ônibus de volta para casa entrou uma menina no ônibus com uma cesta de palha tipo da chapéuzinho vermelho. E daí né!

To cansada e com sono e sem saco para escrever.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Eventos da semana

Essa semana levei um susto. Não foi o acidente de bicicleta, foi a conta de 363 euros que chegou em casa. Pior, eu não comprei nada, simplesmente é o imposto de renda do ano passado. Eu ainda tinha esperança que a universidade reembolsasse, mas não foi o caso. Vou ter pagar mesmo. Ai que dor no bolso!!

Outro evento que aconteceu essa semana foi o aniversário de 60 anos da Gerry, a secretária do Departamento. Ela toma conta de todos os alunos de PhD de 7 andares, sabe o nome de todo mundo, organiza toda a papelada de cada um, faz um milhão de coisas e sempre mantém a simpatia e sorriso no rosto. Super eficiente e querida. Havia muitas pessoas na festinha surpresa que aconteceu na cantina do subsolo. Encomendaram um bolo que segundo eles, não era simplesmente um bolo, era uma arte. Eu vi o bolo, não era muito bonito não, tinha aquela massa branca de açúcar e lacinhos e borboletinhas coladas, sabe aquelas que você compra pronto? Pois então, e o nome da Gerry com as mesmas letrinhas compradas. No elevador pela manhã estava uma mulher carregando o bolo, e dizendo para as outras 2 pessoas que aquilo era uma arte e tal, e o cara mais velho falou deve ter gastado muito tempo para fazer isso, dando a entender que era maior perda de tempo. A mulher, brava, disse que era um trabalho, "imbecil", então justificava o tempo gasto na elaboração do bolo. Deve ter custado uma fortuna, pois se era uma arte, coisas artísticas, artesanais aqui vale muita grana. O bolo era divino, a massa perfeita, duas camadas bem fina de geleia de morango que parecia caseira, comparado com os bolos que já comi aqui, esse era bom mesmo, só a cobertura branca era ruim, mas o bolo não era melhor que qualquer outro bolo da padaria alemã, nem mesmo melhores que da tia augusta ou de qualquer boleira de campinas que eu já experimentei. Mas enfim, era muito bom.

Hoje faremos um jantar para Peter e Erika, o casal de hungaros com os quais fomos para Keukenhof. O menu será filé mignon ao molho de cogumelos e vinho tinto, aquele dos grandes chefes que fizemos na cacá, arroz, salada, agora estou pensando numa entrada e na sobremesa.
Mas estarei sozinha para preparar tudo, Bispo foi para Utretch num congressinho e só volta possivelmente na hora do jantar. Sou a encarregada de arrumar a casa, cozinhar e receber os convidados,, e ainda trablhar o dia todo! Espero que dê tempo e dê tudo certo. Vouà feira comprar os igredientes agora.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Outro feriado Bevrijdingsdag

Ontem foi outro feriado, mas não foi dia livre. Dia 5 de maio é o dia da Livertação (em holandês Bevrijdingsdag) quando é celebrado o fim da ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial. A Holanda foi libertada por tropas canadenses, com ajuda do exército Britânico e Americano. Após a libertação em 1945, o Bevrijdingsdag era comemorado a cada 5 anos, somente em 1990 foi declarado feriado nacional. E dia 4 de maio também é feriado, quando as pessoas aqui se lembram das pessoas que morreram durante a Segunda Guerra Mundial.

Dia 5 de maio tem muitos festivais, e como não poderia faltar, aqui em Groningen teve um bem grande e animado, do lado da minha casa. Ontem, quando estava voltando para casa a pé, percebi a agitação de pessoas na avenida de casa. Não estava entendendo o que estava acontecendo. No mercado, muitos adolescentes comprando cerveja, bebidas em geral. Em frente a minha casa virou um estacionamento imenso de bicicletas. Quando escutei o som do festival imediatamente me lembrei, pois recebemos um carta avisando. Eram tantas pessoas, tantas bicicletas, mesmo chovendo sem parar, as pessoas se encaminhavam para o festival, sorrindo, cantando, gritando. Tocaram muitas bandas, pude ouvir do nosso quarto, até que eram boas. Mas como boa brasileira, não ia sair na chuva como se nada estivesse caindo do céu.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Acidente do mês

Ahhh acabei de cair de bike! Já é a terceira ou quarta vez desde que eu cheguei aqui na Holanda, que droga, estou toda doendo.

Eeu vi a menina fazendo sinal que ia virar na rua de onde eu estava saindo, mas ela mudou de idéia e foi reto, e eu também, e claro a decisão de ambas no cruzamento resultou em crash, ela acertou em cheio minha bike, a roda da frente fez um oito, bati braço e perna, está ficando roxo.

Eu estava indo para minha primeira aula de inglês, na casa da professora Cláudia que mora a 35 min de bike da minha casa. Está ficando perigosa a vida aqui, preciso tomar mais cuidado, estou até pensando em fazer o seguro contra terceiros, um seguro caso você seja responsável por dano a outra pessoa, o seguro cobre até 2 milhões de euros.

No caminho entre o acidente e minha casa, havia dois muleques que começaram a rir quando passei na frente deles com cara de choro e arrastando minha bike toda torta. A cena era engraçada mesmo, mas poxa vida, sacanagem. Fiquei P da vida e ainda com adrenalina a mil, perguntai "Is there any problem?, Why are you laughing?" o moleque mais velho falou que não estava rindo de mim, e eu disse é bom mesmo, se não ele ia ter um grande problema, e finalizei com Idiot!! Eu sempre quis xingar em inglês, me realizei! hehehehehe

Essas coisas só acontece comigo mesmo. Ano passado, 2 dias antes de voltar para Brasil, fui ao encontro das falantes de português aqui em Groningen, todo mês, brasileiras, portuguesas em sua maioria, mas tabém, cabo verdense, se encontram em um bar/restaurante para trocar idéias, informações, fazer amizade, dar risadas e fofocar. E nesse dia, quando voltei para casa e coloquei a mão no bolso para pegar a chave e entrar em casa, não encontrei nada, o bolso do casaco estava vazio, assim como o bolso da calça, nada a chave sumiu. O primeiro pensamento foi eu ter esquecido no restaurante. Voltei para lá e perguntei para os garçons e procurei pelo chão, no banheiro, mas nada. A outra opção era o caminho do restaurante até em casa. Voltei para casa padalando varagorasamente, prestando atenção se algo reluzia no chão, e obviamente nada encontrei. Minha terceira idéia foi ter deixado na porta do meu quarto. Nessa casa que eu morava,eu tinha meu quarto, com cozinha e dividia banheiro com mais 5 meninos, 3 indianos, um africano e um da Hungria. A porta do quarto tinha uma chave e a porta central da casa tinha outra, sendo que esta última podia ser fechada sem a chave. Pois então, pensei que poderia ter trancado a porta do quarto e deixado a chave na porta. Assim, voltei para casa e apertei a campanhia, um dos meninos atendeu, subi até meu quarto, no terceiro andar, mas nada. Não tinha mais opção, o jeito era conseguir uma chave reserva. Eu tinha uma, mas estava trancada dentro do quarto, super inteligente, eu sei. Bom, liguei então para Elisabeth, a mãe do Kris Rai, o landlord da casa, como ele mora em Amsterdam e ela em Groningen, quem toma conta da casa, e resolve todas as questões, é ela, assim, pensei que ela poderia me emprestar a chave reserva que ela tinha para poder abrir meu quarto. Parecia simples e fácil, mas não. A idiota da mulher ficou brava que eu liguei para ela no meio da noite, detalhe, era perto da meia noite, e disse que assuntos desse tipo tinha que tratar com o filho dela. Agora em diz, como o cara que mora em Amsterdam poderia me dar uma chave reserva? Ela ainda disse que estava gripada e estava dormindo, que eu a- atrapalhei. O que custava aquela mulher levantar a bunda da cama,caminhar até a porta da casa dela, abrir a porta e entregar-me a chave? Pois é se fosse qualquer pessoa no Brasil, ou qualquer pessoa com algum senso de boa vontade, faria isso. Mas ela me disse para ligar para o Kris e resolver com ele. Desliguei o telefone educadamente e liguei para o Kris. Ele até que foi simpático, disse que não tinha como fazer nada (isso eu já sabia), que o chaveiro ia custar em torno de cem euros e sugeriu que eu dormisse na casa de um amigo pois no dia seguinte a mãe dele ia abrir lá para mim. Comecei a ligar para todo mundo, mas ja era tarde, ninguém atendia. Ana estava viajando, Maria não atendia o telefone, acho que estava no silencioso, Rajesh também não. Minha opção foi procurar um hotel. Chegando lá, o hotel estava lotado. Sem mais possibilidades comecei a chorar. Estava frio, não tinha para onde ir, o que ia fazer? Depois de me acalmar, comecei a ligar para todo mundo novamente, até que Rajesh atendeu. Ai comeceu a chorar mais ainda, só que agora de alívio. Ele percebeu que eu estava nervosa e foi me encontrar no Grote Market. Dormi na casa dele, e na manhã seguinte fui até a minha casa e um cara que eu nunca vi na vida apareceu com um monte de chave e uma delas abriu meu quarto. Dá para acreditar. Essas coisas só acontece comigo pois sou muito desatenda e pouco cuidadosa com as coisas e se não não sobreviverei aqui e nenhum outro lugar.

sábado, 2 de maio de 2009

Antes de viajar


Terça-feira foi um dia corrido, acordei bem cedo (ok, 7 hs não é tão cedo!) e fui para lab acabar meus experimentos antes de viaja: terminar meu western blotting, passar minhas células e obter resultados! Acabou que deu tudo certo, apesar de alguns blottings não terem funcionado com eu queria, consegui o resultado que tanto esperava..uhuuu...

Em seguida fui logo para casa e arrrumar minha mala para a viagem do feriado! Tínhamos que pegar o ônibus na estação central em Groningen e ir para Bremen, na Alemanha, onde há um aeroporto pequeno de onde partes vôos da Ryanair, uma empresa aérea com preços "super baixos", entre aspas porque para Barcelona, ida e volta, a tarifa era zero euros, mas com taxas aqui,taxas ali, ficou 45 euros, mes mo assim é barato, mas o problema que o o vôo tem horários bizarros como 6:30 da manhã, as poltronas são super apertadas e não de move nem um milimetro para trás e não há comidinha. É o preço que se paga. Enfim, fomos de Ryanair.

A viagem até Bremen demorou 2:45 min aproximadamente. Do lado esquerdo do ônibus, 
as rodovias alemãs era sobrevoadas por Audis, BMWs, Mercedez a uma velocidade que era quase difícil de reconhecer o modelo do carro. No lado esquerdo, campos de florzinhas amarelas enfeitavam a paisagem. Acabei de checar no google, essa planta com flores amarelas é a colza, que segundo o wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Colza) , é uma planta que cujas sementes se extrai o azeite de colza (nunca ouvi falar), utilizado também na produção de biodiesel. As folhas também serve de alimento para o gado pois é rica em lipídeos e proteínas.

Chegamos em Bremen às 8 da noite e fomos ao Hotel deixar as coisas para seguir em busca de
 jantar. O Hotel era o máximo, super moderno, novo e bem decorado, a palavra que melhor o descreve é FANCY!! TV de plasma na parede com moldura de espelho, dock para iPod, espelhos em formas variadas, cama fofinha e branquinha, abajures coloridos e modernos, achei muito legal esse hotel (http://www.qype.com.br/place/121059-prizeotel-Bremen-City-Bremen).


Após se maravilhar com o quarto fancy fomos jantar, mas antes Kaushal resolver tirar dinheiro no ATM (All Time Money, ou seja, caixa eletrônico), mas a máquina engoliu o cartão e não devolveu. Foi engraçada a situação, não tinha como não rir, mas depois de ver a cara dele de 
"Putz que merda, não tenho como tirar dinheiro para ir para Barcelona", me dei conta e parei de rir, a situação era chata, fiquei imaginando se fosse comigo, mas ao mesmo tempo cômica.

















Jantamos num restaurante Argentino, bastante aconhegantes, com preço razoável. Havia 
muitas fotos do Brasil pelas paredes, além de um folder na mesa convidando o cliente para ir ao Brasil. Mas não comi carne, infelizmente, o  prato mais barato era hamburguer de batatas, e foi o que pedi, assim como Bispo e Maria. Kaushal pediu um prato vegetariano que acompanhava um babador, isso mesmo! O Garçon trouxe um babador de pano e colocou no pescoço dele!! Engraçadíssimo! Para finalizar nossa noite em Bremen fomos ao centro, na praça central onde há uma réplica da Holanda, a Catedral e dois prédio que chutaria ser forum ou prefeitura.

Dormimos no Hotel mais legal do mundo para acordarmos as 5 da manhã e se dirigir até o aeroporto.

domingo, 26 de abril de 2009

Características holandesas

Esse final de semana, tanto sábado quanto hoje tive que vir para Lav adiantar meus experimentos e compensar os dias que vou ficar em Barcelona. Cheguei ontem no lab as 5 da tarde, estava a maior bagunça, havia vários cabos no chão, várias extensões espalhadas tentando suprir todos os equipamentos e muita poeira, apesar de não haver mais água pelo chão. Mas pelo menos a energia voltou, tudo funciona, graças a Deus! Consegui fazer todos os experimentos que havia programado e cá estou no lab em pleno domingo, mas tudo bem, é por uma boa causa!

Entre um experimento e outro fomos no centro almoçar e passeamos pela Vismarket (ou fishmarket, ou mercado de peixe), uma praça enorme, na verdade um espaço aberto onde há feira ao ar livre toda terça, sexta e sábado. Hoje havia uma feirinha de antiguidades, que na verdade era mais uma feira de coisas velhas, pois antiguidade subentende-se coisa antiga, em bom estado de conservação que possui uma certa história, mas o que havia para vender hoje era coisas velhas mesmo, que se fosse eu jogaria fora.

Uma característica muito marcante dos holandeses é o fato de não desperdiçar nada, nada mesmo, tudo é contado, programado e reaproveitado. Aqui o sistema de reciclagem funcioana super bem, temos lixos de vidro e papel em muitos lugares, geralmente em frente a lugares movimentados. Garrafa PET é depositada nos mercados e você ganha um vale desse mercado de 25 centavos por cada garrafa. A economia é tanta que as vezes chega a ser avarenta.

Para se ter uma idéia se um holandês for preparar um jantar vai lhe perguntar quantas batatas você come, para poder cozinhar o número exato e não sobrar. Como vou saber quantas batatas eu como? E se no final eu quiser comer um pouco a mais ou por gula ou por necessidade mesmo? Bom, outra coisa é eles usarem a mesma roupa pelo menos 2 dias da semana. Não é como a gente que se for repetir roupa, pelo menos colocamos a mesma na segunda e na quinta. Aqui não tem esse pudor não, segunda, terça e quarta eles vestem a mesma blusa, saia/calça e na quinta e sexta, outra. Isso economiza número de lavagem de roupa, visto que água aqui é extremamente cara, 15 centavos de euros o metro cubico, além da taxa anual de 200 euros. Outro exemplo sobre economia de água é o modo como eles lavam a louça, super nojento por sinal, eles ensaboam tudo e depois enche a pia com agua e vai enxaguando toda a louça na mesma água!
Um fato engraçado foi o marido de uma brasileira que disse que ela estava gastando muito dinheiro comprando pãozinho semi-assado para comer no café da manhã. Quatro desse pãozinho custa 50 centavos, que dá para comer 4 vezes enquanto que o pão de forma custa 90 centavos e dá para comer muitos dias!

E e não posso me esquecer de contar sobre as coisas velhas. Aqui tem uma loja, Mama Mini, que vende tudo usado, desde roupas, sapatos, utensílios, até móveis, brinquedos, eletrodomésticos por preços super baratos. A loja fede, aquele mesmo cheiro de todos os brechós, mas nem por isso espanta os compradores. Mama mini vive lotado, e as pessoas compram tudo lá, mobiliam a casa inteira, renovam guarda-roupa. Ai credo, particularmente eu não consigo usar coisas usadas, mas se tem gente que consegue, e aqui tem muita, sorte a delas.

E hoje lá estava a feirinha, cada coisas horrível, bonecas assustadoras, baldes de metal, aqueles antigos de filmes de guerra, livros (livros tudo bem!), brinquedos velhos, caindo aos pedaços, roupas fedidas e tudo que você imaginar.

Ah... e todo ano, no dia da rainha, dia 30 de abril as pessoas colocam em frente de suas casas tudo que não querem mais e tentam vender. Segundo John Fealey, comediante inglês, o Dia da rainha é quando os holandeses reunes tuda as coisas porcarias e velhas ("collect shit") e coloca na frente de casa para mostrar para o mundo o quão orgulhosos eles são!! hehehehe. Muitas vezes quem faz isso são as crianças! É até divertido!! Deêm uma olhada no filminho desse comediante sobre os feriado daqui inclusive o Dia da Rainha, pena que a legenda está em Holandês, mas o inglês é claro, dá para entender.



Essa semana é o feriado do Dia da Rainha, depois eu conto um pouco mais.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Inundação

Hoje algo totalmente inesperado ocorreu conosco, nossos laboratórios e escrtitórios foram acometidos por uma enchente. Pois é, décimo e décimo primeiro andar totalmente inundado.Como isso ocorreu, não sei, deve ter sido um cano estourado, mas o fato é que tudo estava molhado.

Chegamos pela manhã e não havia energia elétrica para poder abrir o portão do estacionamento de bicicleta, entretanto, após 5 minutos, voltou a energia e conseguimos entrar, mas já foi suficiente para perceber que havia alguma coisa errada. A porta do prédio estava aberta, muito estranho, pois só podemos abri-la com nosso cartão e imediatamente ela se fecha. O elevador estava com uma luz estranha piscando. No andar do Bispo, o décimo, havia um monte de aspirador em frente a porta do elevador. Cheguei ao décimo primeiro e estava tudo escuro, com a porta corta-fogo de emergência semi fechada. No corredor, um monte de carinha da manuntenção conversando, olhando para o alto e apontando. Dirigi-me até minha sala. Monireh estava quase aos prantos. A mesa dela estava extamante de baixo do vazamento de água, tudo molhando, enxarcado. O computador jorrava água quando o levantava. Livros, cadernos, tudo estragado. Por sorte minha mesa não foi atingida. Mas o chão era pura água. Não havia energia. Não era possível trabalhar, nem hoje nem no final de semana. Mas com certeza segunda-feira tudo voltaria ao normal. Mas e meus experimentos programados? E as minhas células? E as minhas membranas de western blotting para revelar? Tive que deixar tudo para trás, pois não havia energia, não era possível trabalhar.
Nesse final se semana, havíamos programado de fazer vários experimentos para compensar nossa viagem para Barcelona semana que vem, mas algo maior aconteceu e nos impossibilitou de trabalhar, infeliz or felizmente.

Como Bispo disse, sempre anseiamos por um dia livre, um feriado, para fazer um monte de coisa legais, mas quando nos programamos, quando sabemos quando será o tão esperado dia sem trabalho, sem aula. Assim do jeito que ocorreu hoje, é estranho, pois estávamos preparados para trabalhar, aliás havia um milhão de coisas para fazer, e de repente (ou derrepente, eu nunca sei) é dia livre! Sensação estranha, de deixar coisas sem fazer, mas que repentinamente passou. Outros planos já ocuparam meu dia: vamos comer bife rib eye em casa, vou à academia, depois no final da tarde vou à sauna e a hidromassagem e aproveitar o dia lindo de sol. Oh vida dura!


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