domingo, 27 de dezembro de 2009

Primeiro dia: ida para groningen

Apos ter encontrado todos no aeroporto fui comprar tickets para groningen e adivinha... todos os trens para la estavam cancelados. Bom, querendo ou nao, eu quem deveria achar uma solucao para nosso problema. Todo mundo estava morto de cansaco, eu tambem, pois demoramos 7 horas para chegar ate la. Peguei o celular, acessei a internet e achei quarto para 4 pessoas por 64 euros no booking.com. Fui atras de um taxi pois eu nao tinha nenhuma ideia de como chegar ate la. O aeroporto estava uma loucura, os trens nao estavam funcionando ainda, os onibus tumultuados e os taxis mais ainda.

Pegamos uma van ate o HEM hotel. A cidade estava totalmente branca, coberta de neve, super novidade para nossos visitantes tropicais.

A noite foi tranquila, tomamos banho no hotel. Eu e o Bispo que nao esperavamos passar a noite em Amsterdam, acabamos usando nossos presentes que nossas maes trouxeram para nos! Ganhamos pijamas, chinelas, camisetas, ou seja tinhamos tudo para trocar de roupa.Fomos jantar num restaurante chines pertinho do hotel, muita comida, super rapido e muita variedade, valeu a pena. O Renan, meu irmao, estava morto no hotel, dormindo ate com sapatos!

Dia seguinte fomos ate a estacao do metro que ficava umas tres quadras do hotel, parece perto, mas com malas pesadas e com rodinhas sobre a neve, nao foi uma das tarefas mais faceis! Como estavamos no comeco da viagem, ninguem reclamou, fomos apreciando a paisagem, brincando na neve e ate um boneco de neve encontramos no caminho.
Nosso objetivo era voltar para Groningen, mas antes demos uma passadinha pela decatlon para o povo se equipar com roupas de frio.

Minha prima Marina foi a que estava passando mais frio, claro, sem gordura nunhuma, nao ha protecao alguma contra o frio. Ela acabou vestindo meu casaco enorme por cima do casaco dela!

Todos agasalhados seguimos em nossa saga pata groningen, ao norte da holanda. Chegamos na estacao Bijmer-Arena as 14 h. Segunda feira dia 21 de dezembro acredito que foi o dia de maior caos no sistema ferroviario holandes, poucos trens estavam funcionando e os que funcionavam tinham que passar em todas, sem brincadeira, todas as cidades. Depois, decobrimos qual foi o problema: sabem aquela bifurcacao de linhas de trem, onde ha uma pecinha (imagine o ferrorama) que gira para um lado ou para o outro? Entao, esse sistema eh controlado a energia de gas natural, cuja chama foi apagada com a neve, portanto os trens nao consiguiam percorrer seus caminhos originais.
Fomos para Utretch, depois pegamos outro trem para algum outro lugar, e desse outro lugar, fomos para mais outro e outro num total de 6 trens ate Groningen. Esse nao era o problema, o que incomodava mais era carregar um monte de malas e malinhas e oito pessoas em trens mega lotados (inagine a o metro de sao paulo aa 6 da tarde), nao havia informacao sobre qual trem pegar, onde pegar, muitas vezes as plataformas para nosso trem eram trocada e nao era avisado. O maior desafio era chegar em Groningen com todo mundo e com todas as malas. Em Zwolle, metade do caminho entre amsterdam e Groningen, ficamos esperando dentro de um trem que dizia estar indo para Groningen, mas de ultima hora, trocaram e era um dos vagoes mais para frente. Saimos as pressas para nao perder o trem e o Bispo estava com a sensacao de estar faltando alguma mala. Mas mesmo assim seguimos para o proximo vagao. Ficamos esperando meia hora e faltando uns 5 min para partir demos falta da mala vermelha da Silvana. O Bispo saiu para procurar e adivinha... O trem partiu e ele ficou. Por sorte, ou melhor, menos azar, ele levou o celular e a blusa de frio. O trem partiu. O desespero bateu. Logo ele liga avisando que achou a mala e estava tentando pegar o proximo trem, no entanto, ele estava sem documento sem ticket do trem, sem nada.

O Bispo conseguiu chegar ate Hoogeven mas depois ele foi expulso do trem por nao ter ticket. Em seguida, ele conseguiu pegar outro trem e chegou em Groningen.

Enquanto isso, eu estava tentando achar uma solucao: estavamos chegando em Groningen, tinhamos muitas malas, todos cansados, seria melhor parar na proxima estacao com todos e esperar o bispo? Ou eu pararia e deixaria a familia seguir em frente sozinha? Decidi leva-los ate em casa e voltar para resgatar o Bispo. Chegando em Groningen, os coloquei no taxi e voltei para estacao. Logo ele me liga e diz que estava conseguindo ir para Groningen. Em meia hora ele chegou carregando a malinha vermelha com os olhos cansados e morrendo de frio.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

a chegada da familia

domingo dia 20 de dezembro , o aviao da klm trazia a bordo para amsterdam minha mae, meus irmaos, a marina, a lais e a silvana, mae do bispo.
Saimos de casa aa 9 da manha para encontra-los no aeroporto. Levavamos um cartaz feito a canetinha com os dizeres "familia, bem vinda a holanda". Estavamos ansiosos, com medo de serem parados na policia de imigracao por causa da enorme quantidade d comida que estavam trazendo para nos. Antes esse fosse o maior problema.

Estavamos no trem a caminho, belos e desconntraidos, assistindo o ultimo capitulo de exter, uma de nossas series preferidas, quando de repente o trem p'ara e uma mulher nos avisa q temos q trocar de trem porque aquele havia quebrado. Ai comeca nossa saga ao aeroporto. Nessa estacao e nas outras ttres que se seguiram, ninguem sabia de nada, nao havia trens, as plataformas onde chegriam os trens mudavam em cima da hora, chao liso, muita gente, poucos trens e o desespero aumentando.
Esse ano foi um dos invernos mais rigorosos dos ultimos anos. Ha 10 anos nao nevava desse jeito como nevou a semana passada. Em um dia, a neve acumulada nas ruas de groningen superaram 30 cm. o pais nao tem infraestrututa para tanta neve, nao ha caminhoes suficientes para limpar as ruas, as linhas dos trens nao aguentam tanta neve e arrebentam. O pais entrou num caos total, ate virou noticia no brasil!
E nisso a familia estacva chegando e n'os ja atrasados.
Finalmente chegamos em amsterdam central, mas de la todos os trens para o aerooporto de schiphol estavam cancelados sem nenhuma ideia de quando voltariam. Espermos dentro de um trem q possivelmente sairia logo, mas nada disso aconteceu. Procuramos informacao, mas ninguem sabia de nada, fomos pegar um taxi, mas a fila era immensa e nao havia taxi para todos. Achamos um onibus q ia para algum lugar e desse lugar saia onibus para nosso destino. Foi nossa unica opcao.
os onibus levram duas hs, chegamos no awroporto as 4 da tarde. Todos estavam la nos esperando a eplo menos 2 h, cansados, tristes por nao nos encontrarem la, os esperando.

Mas finalmente o objetivo final foi alcancado, encontramos a familia.
Entretando essa historia ainda nem comecou, muitas coisas aconteceram depois. Em breve eu conto

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

o inverno começou pra valer

Essa semana a máxima temperatura será 3 graus! Neste exato momento (8:11 pm) lá fora está -5. Os carros estão cobertos de gelinho, as folhinhas das árvores que ainda restam estão duras, parecendo que estavam no freezer. Meus dedos, mesmo com luvas estavam bem gelados.
Só quero ver minha família que vaisair dos 30 graus em Campinas e chegar aqui no negativo!
Vai todo mundo congelar! eu já estou congelando! bruhhh

domingo, 13 de dezembro de 2009

Onde é o melhor lugar para se viver?

Cheguei à conclusão que não existe lugar perfeito para morar. Cada cidade tem suas vantagens e desvantagens. No Brasil, temos nossa família, nossos amigos, muito sol, muita beleza natural, entretanto, convivemos com violência, corrupção, desemprego, medo de ser assaltado, sequestrado, morto com uma bala perdida. O salário é baixo e a concorrência é alto, trabalhar com pesquisa então é um grande desafio.

Já no Japão as coisas são o oposto. Temos um amigo japonês, o Ryuichi, que conseguiu uma posição como professor assistente em Osaka. Ele tem um bom emprego, respira tecnologia, lá um contrato verbal vale tanto quando um escrito, há segurança na cidade, tudo organizado, mas o grande problema no Japão conseguimos perceber no Ryuichi é que eles trabalham demais. Ryuichi trabalha 15 h por dia, 6 dias por semana, 1 semana de férias no verão apenas e 2 ou 3 dias no Natal e Ano Novo.

Aqui na Holanda tudo é muito certinho, principalemente aqui em Groningen, que é uma cidade pequena. Tudo aqui parace irreal: na primaveira, a prefeitura planta flores por toda a cidade, se as flores morrem, eles vão lá e plantam de novo. Em dezembro, a cidade é totalmente enfeitada com luzes com temas natalinos, coloca-se um pinheiro enorme no meio do Groete Markt, a praça principal da cidade, e fazem uma imensa árvore de natal. Todos os dias pela manhã há um caminhãozinho aspirado de pós que limpa a cidade, pelo menos no centro. A cidade é repleta de ciclovias, e as ruas que não possue parte especial para os ciclistas, os carros são obrigados a esperar e ficar atrás, é comum ver ônibus ou caminhão atrás de pessoas pedalando calmamente pelas ruas! Tudo é muito organizado, limpo e bonitinho que chega até ser boring, como diria o Bispo. Todo o trabalhador tem 42 dias livres de férias, sem contar final de semana. Mas no geral, quando não está chovendo, eu gosto muito de morar aqui.

Agora vou mudar para Amsterdam, cidade grande cheia de gente, barulhente, suja, tem que usar ônibus, metro ou tram todos os dias para ir trabalhar. Não estou nenhum pouco animada em voltar para uma vida urbana novamente. Mas como sempre, vou me adaptar.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Hoje é dia de Sinterklaas

Ontem fui para Amsterdam para o jantar em comemoração ao Sinterklaas Dag, na casa de Keren, minha supervisora no AMC. Keren, francesa de 1,50m de altura, cujo sotaque não disfarça sua origem, e seu marido François (não haveria outro nome melhor para um francês) nos receberam em sua aconchegante casa em Weesp, uma pequena cidade nos arredores de Amsterdam.

O jantar, composto por diversos bolos salgados, 2 tipos de sopa e uma salada, estava leve e delicioso. Em seguida, tivemos chá e café acompanhado com bolo de frutas secas e um bolo de banana com chocolate, muito saborosos. Após o jantar iniciamos a troca de presentes, que nada se parecia com nosso tradicional amigo secreto.Todos colocam seus presentes dentro de uma saco de estopa, que é o saco do Zwarte Piet, e em cada presente tem escrito o nome da pessoa que irá recebê-lo.

Foi meu primeiro Sinterklaas, e portanto, eu fui a primeira retirar o presente do saco. O presente que eu peguei estava escrito François e junto com o presente havia um poema para ele, escrito pela pessoa que lhe comprou o presente. Entreguei ao François seu presente e primeiramente ele leu, em voz alta, o poema e, em seguida, abriu o presente. Eu adorei a parte do poema, pois a pessoa que comprou o presente passou alguns minutos pensando na pessoa que irá presentea-la tentando escrever alguma coisa legal sobre a pessoa, e ainda fazendo rimas. Fico pensando que no Brasil não iria funcionar, pois requer muita energia, tem que pensar muito para fazer um poema. Mas a ideia é muito boa.
Eu não sabia como era um Sinterklaas Dag, então não fiz o poema para meu amigo secreto. Ainda bem que não fui a única a não fazer o poema, Karla, também não o fez. Meu amigo secreto era o Arnold, o big boss. Tenho uma sorte danada em tirar chefes em amigos secretos, o Hiroshi tirei uns 3 anos consecutivo. Dessa vez foi o Arnold, chefe do grupo de coagulação do Centro de Medicina Molecular Experimentarl (CEMM), holandês de 1,60, gordinho e moreno, nada parecido com o esteriótipo holandês, branco, louro e alto. Eu dei uma ferramenta que eu nunca tinha visto antes, usada para tirar azuleijos das paredes por exemplo.

Geralmente as pessoas fazem brincadeira como a gente faz no Brasil. Jan William comprou um vale- presente (cadeaubon) para karla e colocou numa garrafa de vinho vazia e tampou com cera de vela, impedindo que ela retirasse o presente a menos que ela quebrasse a garrafa. Eu ganhei dois cachecóis coloridos, uma feito pela própria querem, com lã japonesa e outro da H&M, também bastante colorido e uma pequena bolsinha, tipo porta moedas, feita de ziper. No final todos receberam um pequeno monstro de colocar no dedo, que rendeu muitas risadas. Fiquei muito feliz com os presentes, foi uma noite gostosa e descontraída. As pessoas do meu novo grupo de pesquisa são divertidas, gostei bastante.

Na volta para Groningen, havia muitas pessoas no trem escrevendo poemas, e muitas com levando presentes em sacos de estopa!

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