quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

O Cerrado - Chapada dos Veadeiros

O bioma que compõe Chapada dos Veadeiros é cerrado, caracterizado por uma vegetação geralmente baixa, como as savanas africanas.

Possui geralmente árvores de pequeno porte, com troncos retorcidos, de casca bem grossa, folhas espessas e/ou com tricomas (pêlos) e raízes longas para alcançar os lençóis freáticos, tudo para aguentar o período de seca e fogo esporádico. As árvores geralmente perdem suas folhas durante o período de seca (no inverno), como as árvores de regiões temperadas,

O Cerrado é um bioma bem diversificado, além da vegetação típica descrita acima, há também mata ciliar próxima dos rios, campos limpos, tipo uma savana, sem arvores apenas arbustos e gramíneas, campo sujo, que é tipo savana mas com árvores espaçadas, com o buriti.
É uma região bastante rica em biodiversidade, eu fiquei fascinada com a variedade de plantas que eu nunca tinha visto!
Vamos conferir!
Troncos com casca bem espessa

Vegetação de pequeno porte com folhas espessas e com pêlos

Olhas os pêlos das folhinhas ai


 Bem característico do cerrado, árvores com troncos retorcidos

Essas plantas com folhas espessas e pontiagudas são as responsáveis por algumas queimadas da região, possuem um óleo inflamável

Vegetação baixa com árvores espaçadas

Tem mata ciliar sim sinhô





As flores sempre-viva, bastante usadas em arranjos decorativos


Reparem nos pelinhos

Folha bem espessa e dura

Florzinha engraçadinha

Tronco

Tronco

mais tronco






árvores sem folhas, ainda se recuperando da queimada de outubro do ano passado

e mais tronco

Uma belíssima flor do cerrado

Quanta diversidade de tronco né?

E para finalizar, mais tronco!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Alto do Paraíso de Goiás

Continuando nosso passeio pelo Planalto Central, pegamos o carro e fomos para Alto do Paraíso de Goiás.
O trânsito para sair de Brasília às 17 h estava um horror, a maioria das pessoas que trabalham na capital moram nas cidades vizinhas, cidades dormitório, o que deixa o trânsito insuportável, e outro detalhe, as pessoas lá adoram ultrapassar pela direita (ódio mortal!).
A estrada de Brasília para Alto do Paraíso é muito boa, mais do que eu esperava, apenas um pequeno trecho de uns 20 km mais ou menos, o asfalto era remendando, esfarelava e havia buracos,  mas os 200km restantes foram ótimos.
Nos hospedamos na Pousada Casa Rosa, super gostosa, aconchegante, com área para churrasco, piscina e café da manhã. Ficamos num chalé enorme, novo e limpo. A pousada fica no fim de uma rua lá, fácil de chegar, ao lado da mata, tem muitas árvores plantas, um pomar delicioso, cheio de mangas, que atraia muitas araras, tucanos e canários, totalmente recomendo. Foi um uma estadia muito agradável.
É bom ir para lá de carro, pois não vi transporte público, não sei como o pessoal faz sem carro para conhecer as cachoeiras.



Nosso Chalé

Distrito de São Jorge

Distrito de São Jorge

Distrito de São Jorge

Distrito de São Jorge

A cidade de Alto do Paraíso é bem pequena, tem cerca de 7 mil habitantes, incluindo o Distrito de São Jorge, onde fica a entrada do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. A cidade é localizada no Planalto Central. Possui o clima Tropical de montanha, com grandes amplitudes térmica. Agora em janeiro, época de chuva (bom levar uma capa de chuva), a temperatura de dia chegava aos 28 graus, e a noite caía para 18, 16, bem friozinho. Eu achando que ia passar calor por lá, passei foi frio!

Há histórias de pessoas que avistaram OVNIs na região, luzes no meio do nada (vai ver era vagalume). Muitos acreditam que há um portal para outros mundos ali, por onde os seres intraterrenos e extraterrenos transitam de lá para cá. É uma região cheia de cristais (houve até grande exploração) e magnetismo (talvez por isso gere as luzes, sei lá). Essas histórias atraíram inúmeras pessoas esotéricas, hippies de todo o lugar em busca de meditação, crescimento pessoal, contato com extraterrestres, e sei lá mais o que. Hoje em dia há muitos hippies, mas já com um conceito bem diferente, hippies donos de lojas e restaurantes caríssimos (restaurante por 30 reais o kilo da comida), lojas de roupas e artesanato com preços horrorosos de caros, e hippies passeando de caminhonete pela cidade. Claro que tem os hippies reais, que fazem artesanato e vendem na calçada. Mas é bem lotada de hippies. Nosso guia falou que quando era era pequeno ele morria de medo dos hippies, pois tinham cabelos feios, com aqueles dreads, roupas sujas e rasgadas e fediam maconha. Quando via um hippie ele saia correndo com medo de ficar intoxicado pela fumaça do baseado. São palavras dele!
As pessoas de lá exploram bastante esse lado esotérico da cidade, as pousadas oferecem massagens, meditação, cura, as lojas vendem cogumelos do sol, cristais, os restaurantes tem comida vegetariana e vegan (vegetarianos que não comem nem ovo e nem bebem leite). A cidade também recebe palestrantes sobre o tema e mil outras coisas. Não fomos para lá com esse intuito, claro que uma massagemzinha não ia fazer mal, mas fomos lá conhecer a chapada. E é disso  principalmente que a cidade sobrevive, não vi indústria nenhuma, apenas turismo e fazendas.  E São Jorge é mais natureba ainda.

Primeiro dia fizemos uma trilha de 5 km para a cachoeira dos Couros. Essa trilha fica fora do parque e é necessário ter um guia, pois não tem indicações, é fácil de se perder e é meio perigosa. A trilha possui dificuldade média/ alta, como choveu muito nos dias anteriores, a trilha tinha virado um córrego, era perigoso escorregar e se machucar. Nosso grupo tinha 8 pessoas, nós, um casal de Campinas também, e um casal de belgas (a região recebe a vistia de muitos estrangeiros, talvez por conta desse lado místico, mas com certeza por causa da natureza também). Demoramos umas 4 horas para terminar, sempre é bom levar lanchinho, água e protetor solar.
Bom, bora ver as fotos!

Morro da Baleia, repare na  cabeça à direita e a cauda à esquerda da baleia

Cachoeira dos Couros, super cheia de água


trilha bemm molhada

Achei um cristal no caminho!

Cachoeira bem cheia, descansando para continuar a caminhada. Deu para fazer a trilha super bem de papete, como tinha muita parte molhada, foi ótimo, pois não sacrifiquei meu tênis


Estrada para São Jorge




sábado, 26 de janeiro de 2013

Brasília

Dando continuidade à nossa breve visita a capital federal, conhecemos o

Supremo Tribunal Federal (1958)

"O Palácio do Supremo Tribunal compreende os serviços relativos à mais alta corte judiciária do país... A singeleza do projeto e as proporções relativamente reduzidas deste edifício não impediram que o partido adotado lhe conferisse as carcterísticas de dignidade e nobreza reclamadas, características essas que as galerias externas acentuam convenientemente." Oscar Niemeyer 



  Do supremo Tribunal conseguimos ver as costas do congresso





Palácio do Planalto (1960)

É a sede do poder Executivo, onde fica o gabinete do presidente.

"Primeiro separei as colunas do edifício e imaginei-me a caminhar entre elas. E senti que as devia fazer diferente, criando novos pontos de vista. As regras limitadoras de pureza estrutural não me preocupavam. A liberdade plástica me possuía e as fiz com as pontas finas e os palácios como apenas tocando o chão"
"Plasticamente, o projeto se subordina às conveniências de unidade que a Praça dos Três Poderes requer, procurando manter o sentido de pureza e criação predominante em todas as construções de Brasília."


Praça dos 3 Poderes

Panteão da Pátria , Tancredo Neves (1986)


É um monumento para homenagear pessoas cujos restos mortais estão em outro local. Seria um Mausoléo se os restos mortais estivessem ali, como não estão é denominado cenotáfio! Criado para homenagear os nosso heróis, cujos nomes se encontram no Livro de Aço. Sua construção foi estimulada pela comoção nacional causada pela morte Tancredo Neves, o primeiro presidente brasileiro eleito democraticamente – ainda que indiretamente – após vinte anos de regime militar, em 1984.
Localizado na Praça dos Três poderes, simboliza uma pomba.

"O Panteão Tancredo Neves visa homenagear os que, neste País, lutaram pela liberdade e pela democracia. Situado na Praça dos Três Poderes, ele deveria se integrar plasticamente nos palácios que a compõem. Daí a minha preocupação em estudá-lo como se dessa Praça o estivesse olhando, cercado pelos palácios do Planalto e do Supremo Tribunal Federal.
E logo, nos primeiros croquis, ensaiei uma forma compacta e leve, qualquer coisa que se entrelaçasse como uma flor . E elaborei muitos croquis, tentando as soluções mais variadas. Não queria uma forma retangular que acompanhasse a Praça paralelamente , nem que a contrariasse perpendicularmente. E a idéia da forma compacta acabou prevalecendo.
Será uma construção praticamente fechada, uma escultura que nasce e se expande nos céus de Brasília. No nível da passarela fica o hall; em cima, o grande salão, alto de 10 metros, enriquecido por uma pintura mural contando a tragédia da Inconfidência; um grande vitral de 20 x 15 metros e o livro de aço com os nomes dos homenageados.
(...) O Panteão não é tão grande que desmereça a escala da Praça dos Três Poderes, nem tão pequeno que fuja à escala de um Panteão. E o grande salão terá um ambiente escuro, quase cósmico, onde apenas o livro de aço, o mural e o vitral serão destacados com brancos fachos de luz."  Oscar Niemeyer 




Visão do vitral pela parte interna do Panteão 

O Livro e aço e os nossos heróis atrás. Reconheci apenas Tiradentes e Princesa Isabel. Estou totalmente por fora dos nossos heróis.


Catedral

"Na Catedral, por exemplo, evitei as soluções usuais das velhas catedrais escuras, lembrando o pecado. E, ao contrário, fiz escura a galeria de acesso à nave e esta toda iluminada, colorida, voltada com seus belos vitrais transparentes para os espaços infinitos." Oscar Niemeyer 



Replica da La Pietá, de Michelangelo, feita no Vaticano e trazida para o Brasil em homenagem a visita do Papa João Paulo II ao Brasil. A original se encontra na Basílic de São Pedro, no Vaticano, por trás de vidros blindados

No alto da igreja há esses lindos anjos pendurados. Imagine se caem! Mata um!





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