terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Retrospectiva 2013

Como diz meu marido, ano ímpar sempre tem coisas boas!!
Pois é, não tenho nada a reclamar de 2013. Um ano de me organizar, de passear, de repensar, refletir, decidir...
As fotinhos começam no mês de abril pois foi quando adquiri o meu atual celular, do qual obtive as fotos, pois todas as minhas fotos estão em casa e eu estou em Garça.

Janeiro
Mês de férias, fomos para Chapada dos Veadeiros com nosso casal de amigos Karla e Arjan, muito natureza, cachoeiras, muito descanso e conversas com minha amiga do Rio Grande do Norte que mora lá nas terras baixas.


Fevereiro
Compramos nosso primeiro carro. Uma grande conquista, ficamos feliz da vida. Por conta disso, tivemos vários pequenos acidentes com o carro nas primeira semanas, foi uma pequena catástrofe atrás da outra, batidas (foram mais que 2), coisas absurdas na estrada (pneu estourando do nosso lado, motociclista quase cai na nossa frente, radares, coisas voando do caminhão na nossa frente e muitas outras coisas). Com olho gordo não se brinca mesmo!
Comecei meu novo emprego, uma nova fase da minha vida, uma nova rotina.

Março
Acho que foi em março que eu parei com o blog, estava me adaptando a nova rotina, sair de casa as 6:30 da manhã e chegar às 7 da noite.  Não tinha vontade de escrever, não tinha ânimo, só queria chegar em casa o mais rápido possível, comer, me jogar no sofá e dormir.
Comecei amizades novas no trabalho, pessoas realmente incríveis.

Abril
Foi quando descobri a minha doença celíaca. Um choque a princípio. Uma reeducação alimentar em seguida e uma melhora impressionante na qualidade de vida! Nunca mais passei mal ou tive gastrite! E percebi que o mundo, os encontros sociais, as festas, as facilidades do fast food é baseado em glúten! claro, quer combinação melhor para um alimento: barato e versátil! Da cerveja, pão, bolachas, bolos, pizzas, salgadinhos de festa, sandwiches, lasanha, macarronada aff, inúmeras guloseimas, que agora não faz parte do meu mundo!
Mês de passeios com amigos e festinhas com as crianças!

Maio
Mês de experimentar receitas sem glúten. Aff, quantos bolos, quantos pães horrorosos jogados no lixo, mas finalmente consegui fazer um bolo de banana sem glúten super bom! Aniversário da minha avó, 86 anos, cervejaria em Sorocaba, passeio em Serra Negra, turismo em São Paulo, baladinhas, mês bem badalado!






Junho
Mês do meu aniversário e do meu marido, muitas comemorações e resultado: babynho a caminho!!!
Festas juninas, mais passeios, encontros de amigas do colégio e festa da Cerejeira em Garça.


Julho
Minha primeira apresentação de dança do ventre no Brasil. A primeira e horrorosa apresentação foi na Holanda. Desta vez eu treinei bastante e dancei 2 músicas sem coreografia, foi só no improviso! Tá ai, um tema para um próximo post! Ah, e no final da apresentação, contei para minha família da novidade. Estava meus irmãos, minhas tias e minha mãe. Só falei para a família e pedi para não espalharem a notícia aos quatro cantos do mundo, porque antes dos 3 meses é complicado, pode dar problema e tal. Até que eles respeitaram!! uffa

Agosto
Fiz ultrassom de 12 semanas e vi meu babynho pela primeira vez! E já dava para saber que é um menino!!
Mês de comilanças, festa Suiça em Indaiatuba e claro, amigos sempre presentes!
Foi um mês de susto, pois fomos assaltados no semáforo e levaram nosso carro (lembram do olho gordo, pois é, tomem cuidado!).



Setembro
Barriguinha começa sutilmente aparecer. Chá de bebê da Luiza, filha da Mi, Aniversário de 1 ano da Lavinia, casamento do Renato. E peguei o resultado do ultrassom, olha que fofurinha de babynho!!
Nosso carro foi achado e foi para o conserto.

Outubro
Começou com visita da minha querida amiga de longa data, Júlia, que hoje mora em Paris. Despedida da Nuri, nova amiga, que saiu da empresa. Bispo foi para os EUA e aproveitou para comprar algumas coisinhas para nosso bebê. Enquanto isso, fui para o Guarujá com minha mãe e irmãos. Agora sim com quase 5 meses, a barriga parece de gestante e não de gordinha. Nasce o Will, filho da nossa amiga Liv.
O carro ficou pronto depois de 2 meses na oficina e na mesma semana quebrou, bora chamar o guincho de novo!


Novembro
Finalmente passei um dia com minha querida amiga Tati. Noutro dia, passeamos com nossos amigos Luli, Andre M, Anamaria e André e as crianças. Hora de montar o berço. E agora com 5 meses tiramos algumas fotinhos com a pequena barriga (na época achava enorme!). Nasce a Luiza, filhinha da Mi e do Renatão.
Ah, e claro, minha apresentação oficial de dança do ventre o teatro Amil. Já estava com 6 meses, e a barriga cresceu absurdo! Outro tema para um post, já fiz até o upload do video para mostrar aqui.
Dezembro
Encontro com as amigas do ETECAP, com amiga da Holanda, hoje professora na UFABC, Raquelita. Encontro com as amigas de blog. E férias, finalmente. Praia, sol, mar e água fresca, com a família. E o babynho, agora beibão com 7 meses. Começo a ter desconforto para dormir, andar e abaixar mas no mais, passando super bem.

Resumindo, nesse ano de 2013 eu só tenho agradecer, agradecer pela saúde, pela minha gestação saudável, pelos amigos sempre presentes, pela família maravilhosa, pelas oportunidades, pelos passeios, pelas alegrias e amor que envolve minha vida!

Um ótimo futuro para todos nós!

domingo, 15 de dezembro de 2013

A escolha do parto

Toda vez que alguém me pergunta se eu vou querer parto normal ou cesária e eu respondo que gostaria de fazer um parto natural humanizado, a primeira reação das pessoas é  "Nossa! Você vai fazer o parto em casa, na piscina?!". Aí eu começo com uma breve explicação sobre o que é parto humanizado.

A primeira coisa que eu falo é que parto humanizado se baseia no respeito à mulher, a criança e ao pai/acompanhante. Como assim? Durante o pré natal, os profissionais esclarecem as dúvidas, nos mostram as opções do parto, as vantagens e as desvantagens de cada procedimento, indica livros e, assim, a mulher tem informações suficientes para escolher o que deseja, o que ela acha melhor para ela e seu bebê.

Estou com receio de falar do parto humanizado, pois é um tema muito bonito e complexo, tem inúmeros sites e grupos que explicam melhor que eu, mas vou expor aqui alguns pontos em relação a mulher, a parturiente, que me fizeram seguir esse caminho. A parte do bebê falarei em outro post, se não vocês não vão aguentar ler o post todo!


Parto natural é diferente de parto normal, aquele que quando falamos para nossas mães elas entram em pânico! Minha mãe e minhas tias falam que preferem mil vezes a cesárea ao parto normal, dizem que a dor é absurda, que dá ponto também, que sofreram horrores, que a recuperação foi pior que a da cesárea e mil outras coisas. Com certeza, entre o parto normal delas e a cesárea eu escolheria a cesárea.

O Parto Normal tradicional dos hospitais brasileiros, aquele da minha mãe e das minhas tias, compreende inúmeros procedimentos padrões, muitas vezes desnecessários que leva ao desconforto, ao constrangimento (muitas vezes, à violência), à dor exacerbada e a riscos de hemorragias e até risco de morte para a parturiente. Os procedimentos padrões para a mulher que eu falo são basicamente:

  • a mulher passa o trabalho de parto (período entre o início da contração ao nascimento) deitada numa maca/cama, que é a posição mais desconfortável e intensifica a dor;
  • de tempos em tempos vem um profissional diferente verificar quanto de dilatação a gestante está, imaginem o constrangimento;
  • o período expulsivo (nascimento em si) é passado deitada de barriga para cima, posição desconfortável para a parturiente e que não facilita em nada o bebê sair. Essa posição é mais para favorecer o trabalho do médico do que o nascimento;
  • é feito um corte no períneo da mulher (episotomia) que dizem os médicos é para facilitar a saída do bebê. Esse procedimento é desnecessário na maioria dos casos,  e aumenta o risco de hemorragias e infecções, e se não feito direito, pode cortar nervos importante para o prazer sexual da mulher. Depois do nascimento, é feito uma sutura que incomoda (imagine para sentar!).
Esses procedimentos são comuns em hospitais públicos, em pessoas que não tem convênio. Em hospitais particulares, a gente não vê mais isso acontecer com freqüência porque a maioria das pessoas preferem ter cesárea (claro, depois de ler esses itens acima descritos, até eu) ou são induzidas a ter cesárea. Isso mesmo! Principalmente na rede particular de saúde, o médicos preferem fazer cesáreas, pois é economicamente mais vantajoso, além de ser mais prático, pois marcam um data, que não seja final de semana ou feriado e se ausentam apenas 1 ou 2 horas do consultório. Quando a gestante diz que prefere parto normal, eles dizem que a cesária é melhor e blá blá blá, e quando elas insistem no parto normal, na última hora, o médico fala que há algum problema, como cordão umbilical enrolado no pescoço do bebê, bebê muito grande, não tem dilatação etc. E neste momento mais sensível na vida de uma mulher, de muita tensão e medo, qualquer coisa que o médico (o todo poderoso e detentor do saber) disser sobre o risco do bebê ou dela, é motivo para escolher a cesárea. Em suma, em cesariana, a mulher "ganha o neném", como dizem as pessoas o por ai "quando você ganha neném?", a mulher é paciente, passiva no parto, o bebê é tirado de dentro dela.

No parto natural humanizado, como eu disse há o respeito. Nada é feito sem consentimento da mulher/casal, nenhum procedimento como os descritos acima são feitos sem necessidade. Alguns pontos a ressaltar:

  • a mulher passa o trabalho de parto da forma que desejar, da forma mais confortável e menos dolorosa que encontrar, sentada, andando, deitada, debaixo do chuveiro, na banheira. Há o acompanhamento de uma doula, uma profissional qualificada que passa o tempo todo, do início do trabalho de parto até o nascimento (talvez depois, não sei ainda), dando instruções, ajudando física e psicologicamente a passar pelas dores do parto. Essa semana vou conversar com uma doula e depois conto um pouco mais. Dentre as atividades da doula estão massagem, ajuda psicológicas, exercícios, entre  outros. E relatos de amigas dizem que a doula é essencial, que ajuda muito mesmo.
  • a maior parte do trabalho de parto acontece em casa, ambiente mais acolhedor que a mulher pode ter (se preferir outro lugar também, pode ser!). E a doula vai para a casa da pessoa acompanhar essa fase, e verifica de tempos em tempos a dilatação (apenas uma pessoas que a mulher já conhece vai fazer isso) e somente quando a dilatação passar dos 5 cm é que é a hora de ir para o hospital. Não adianta ir antes, pois a dilatação vai demorar mais, e a explicação é simples: o hormônio do parto, a ocitocina, responsável pelas contrações e dilatação, é inibida pela adrenalina, hormônio de situações de estresse, da ansiedade. Ou seja, quando a mulher vai para o hospital assim que começa a ter contrações, primeiro, o trabalho de parto pode durar de 10 a 18 horas e segundo, no hospital, ambiente gélido, pouco acolhedor, cheio de doentes, inconscientemente inóspito, somado a ansiedade de ter o bebê logo, libera adrenalina que demora ainda mais o trabalho de parto. Esse efeito é puramente biológico, um mamífero na selva, como um gazela, no meio do trabalho de parto, se sentir o cheiro de um predador, se sentir-se ameaçado, adrenalina é liberada, o trabalho de parto é interrompido, e inicia a fuga, até encontrar um lugar seguro. Não podemos nos esquecer que somos mamíferos, não estamos na selva, mas quando temos situações ameaçadoras, também liberamos adrenalina.
  • o período expulsivo também acontece na posição que a parturiente achar melhor, de pé, de quarto, de cócoras, deitada de cabeça para baixo. Mas geralmente utiliza-se uma posição que facilita a expulsão do bebê, como de pé ou de cócoras, pois a gravidade ajuda bastante nesse processo, a mulher vai descobrir qual a posição é melhor para ela.
  • a episiotomia é praticamente eliminada, pois a maioria dos partos naturais acontecem sem ela, e sem laceração. Se acontecer alguma laceração, será um corte natural e do tamanho necessário para cada mulher, e que na hora a mulher nem sente. Claro que vai levar pontos, em menor quantidade que da episiotomia com certeza. E os pontos serão feitos porque foram necessários. A razão para ter a episiotomia padrão no parto normal é que a mulher pode ter a laceração, então é melhor cortar antes, pelo menos eles controlam o tamanho. Mas ela pode não ter, for God Sake!! E outra coisa, é o mesmo princípio que uma pessoa pode cair de uma ponte, então vamos jogá-la antes! 

A mulher é ativa na chegada do seu bebê, ela quem dá a luz, ela que resolve como vai ter, ela literalmente que coloca a criança no mundo. Fala-se de parto ativo.
Eu tinha muito pavor de parto, achava um evento horroroso, nojento e perigoso. Depois de começar a ler sobre o parto humanizado, natural, fiquei um pouco mais tranquila, com menos medo, fui percebendo que é um evento natural, familiar, e bonito, simmm agora consigo achar que é bonito! Até me emociono com os relatos do grupo que participo.
Ah, antes que eu esqueça, o parto natural pode ser na água, como as pessoas acham, pois acredita-se que é menos traumático para o bebê e mais relaxante para a mãe. Pode ser na banheira, pode não se na banheira, pode ser em casa, ou no hospital, ou na casa de um amigo, ou em qualquer lugar e de qualquer maneira, o que a mulher preferir. o único problema do parto humanizado em Campinas é que é bem restrito, poucos médicos fazem e,portanto, é caro. Mas o que eu tenho escutado é que mesmo pelo convênio, também tem que pagar e os preços que o pessoal fala são iguais ou mais elevados que o que vou pagar pelo humanizado.

Mas quero ressaltar que essa escolha foi minha, com o consentimento do meu marido. O melhor parto, seja ele natural, normal, ou cesária, é aquele em que a mulher se sente bem, se sente segura. E foi o parto humanizado, no hospital, que me fez sentir segura.




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