sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Hoje é dia de Sinterklaas

Ontem fui para Amsterdam para o jantar em comemoração ao Sinterklaas Dag, na casa de Keren, minha supervisora no AMC. Keren, francesa de 1,50m de altura, cujo sotaque não disfarça sua origem, e seu marido François (não haveria outro nome melhor para um francês) nos receberam em sua aconchegante casa em Weesp, uma pequena cidade nos arredores de Amsterdam.

O jantar, composto por diversos bolos salgados, 2 tipos de sopa e uma salada, estava leve e delicioso. Em seguida, tivemos chá e café acompanhado com bolo de frutas secas e um bolo de banana com chocolate, muito saborosos. Após o jantar iniciamos a troca de presentes, que nada se parecia com nosso tradicional amigo secreto.Todos colocam seus presentes dentro de uma saco de estopa, que é o saco do Zwarte Piet, e em cada presente tem escrito o nome da pessoa que irá recebê-lo.

Foi meu primeiro Sinterklaas, e portanto, eu fui a primeira retirar o presente do saco. O presente que eu peguei estava escrito François e junto com o presente havia um poema para ele, escrito pela pessoa que lhe comprou o presente. Entreguei ao François seu presente e primeiramente ele leu, em voz alta, o poema e, em seguida, abriu o presente. Eu adorei a parte do poema, pois a pessoa que comprou o presente passou alguns minutos pensando na pessoa que irá presentea-la tentando escrever alguma coisa legal sobre a pessoa, e ainda fazendo rimas. Fico pensando que no Brasil não iria funcionar, pois requer muita energia, tem que pensar muito para fazer um poema. Mas a ideia é muito boa.
Eu não sabia como era um Sinterklaas Dag, então não fiz o poema para meu amigo secreto. Ainda bem que não fui a única a não fazer o poema, Karla, também não o fez. Meu amigo secreto era o Arnold, o big boss. Tenho uma sorte danada em tirar chefes em amigos secretos, o Hiroshi tirei uns 3 anos consecutivo. Dessa vez foi o Arnold, chefe do grupo de coagulação do Centro de Medicina Molecular Experimentarl (CEMM), holandês de 1,60, gordinho e moreno, nada parecido com o esteriótipo holandês, branco, louro e alto. Eu dei uma ferramenta que eu nunca tinha visto antes, usada para tirar azuleijos das paredes por exemplo.

Geralmente as pessoas fazem brincadeira como a gente faz no Brasil. Jan William comprou um vale- presente (cadeaubon) para karla e colocou numa garrafa de vinho vazia e tampou com cera de vela, impedindo que ela retirasse o presente a menos que ela quebrasse a garrafa. Eu ganhei dois cachecóis coloridos, uma feito pela própria querem, com lã japonesa e outro da H&M, também bastante colorido e uma pequena bolsinha, tipo porta moedas, feita de ziper. No final todos receberam um pequeno monstro de colocar no dedo, que rendeu muitas risadas. Fiquei muito feliz com os presentes, foi uma noite gostosa e descontraída. As pessoas do meu novo grupo de pesquisa são divertidas, gostei bastante.

Na volta para Groningen, havia muitas pessoas no trem escrevendo poemas, e muitas com levando presentes em sacos de estopa!

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