segunda-feira, 4 de maio de 2009

Acidente do mês

Ahhh acabei de cair de bike! Já é a terceira ou quarta vez desde que eu cheguei aqui na Holanda, que droga, estou toda doendo.

Eeu vi a menina fazendo sinal que ia virar na rua de onde eu estava saindo, mas ela mudou de idéia e foi reto, e eu também, e claro a decisão de ambas no cruzamento resultou em crash, ela acertou em cheio minha bike, a roda da frente fez um oito, bati braço e perna, está ficando roxo.

Eu estava indo para minha primeira aula de inglês, na casa da professora Cláudia que mora a 35 min de bike da minha casa. Está ficando perigosa a vida aqui, preciso tomar mais cuidado, estou até pensando em fazer o seguro contra terceiros, um seguro caso você seja responsável por dano a outra pessoa, o seguro cobre até 2 milhões de euros.

No caminho entre o acidente e minha casa, havia dois muleques que começaram a rir quando passei na frente deles com cara de choro e arrastando minha bike toda torta. A cena era engraçada mesmo, mas poxa vida, sacanagem. Fiquei P da vida e ainda com adrenalina a mil, perguntai "Is there any problem?, Why are you laughing?" o moleque mais velho falou que não estava rindo de mim, e eu disse é bom mesmo, se não ele ia ter um grande problema, e finalizei com Idiot!! Eu sempre quis xingar em inglês, me realizei! hehehehehe

Essas coisas só acontece comigo mesmo. Ano passado, 2 dias antes de voltar para Brasil, fui ao encontro das falantes de português aqui em Groningen, todo mês, brasileiras, portuguesas em sua maioria, mas tabém, cabo verdense, se encontram em um bar/restaurante para trocar idéias, informações, fazer amizade, dar risadas e fofocar. E nesse dia, quando voltei para casa e coloquei a mão no bolso para pegar a chave e entrar em casa, não encontrei nada, o bolso do casaco estava vazio, assim como o bolso da calça, nada a chave sumiu. O primeiro pensamento foi eu ter esquecido no restaurante. Voltei para lá e perguntei para os garçons e procurei pelo chão, no banheiro, mas nada. A outra opção era o caminho do restaurante até em casa. Voltei para casa padalando varagorasamente, prestando atenção se algo reluzia no chão, e obviamente nada encontrei. Minha terceira idéia foi ter deixado na porta do meu quarto. Nessa casa que eu morava,eu tinha meu quarto, com cozinha e dividia banheiro com mais 5 meninos, 3 indianos, um africano e um da Hungria. A porta do quarto tinha uma chave e a porta central da casa tinha outra, sendo que esta última podia ser fechada sem a chave. Pois então, pensei que poderia ter trancado a porta do quarto e deixado a chave na porta. Assim, voltei para casa e apertei a campanhia, um dos meninos atendeu, subi até meu quarto, no terceiro andar, mas nada. Não tinha mais opção, o jeito era conseguir uma chave reserva. Eu tinha uma, mas estava trancada dentro do quarto, super inteligente, eu sei. Bom, liguei então para Elisabeth, a mãe do Kris Rai, o landlord da casa, como ele mora em Amsterdam e ela em Groningen, quem toma conta da casa, e resolve todas as questões, é ela, assim, pensei que ela poderia me emprestar a chave reserva que ela tinha para poder abrir meu quarto. Parecia simples e fácil, mas não. A idiota da mulher ficou brava que eu liguei para ela no meio da noite, detalhe, era perto da meia noite, e disse que assuntos desse tipo tinha que tratar com o filho dela. Agora em diz, como o cara que mora em Amsterdam poderia me dar uma chave reserva? Ela ainda disse que estava gripada e estava dormindo, que eu a- atrapalhei. O que custava aquela mulher levantar a bunda da cama,caminhar até a porta da casa dela, abrir a porta e entregar-me a chave? Pois é se fosse qualquer pessoa no Brasil, ou qualquer pessoa com algum senso de boa vontade, faria isso. Mas ela me disse para ligar para o Kris e resolver com ele. Desliguei o telefone educadamente e liguei para o Kris. Ele até que foi simpático, disse que não tinha como fazer nada (isso eu já sabia), que o chaveiro ia custar em torno de cem euros e sugeriu que eu dormisse na casa de um amigo pois no dia seguinte a mãe dele ia abrir lá para mim. Comecei a ligar para todo mundo, mas ja era tarde, ninguém atendia. Ana estava viajando, Maria não atendia o telefone, acho que estava no silencioso, Rajesh também não. Minha opção foi procurar um hotel. Chegando lá, o hotel estava lotado. Sem mais possibilidades comecei a chorar. Estava frio, não tinha para onde ir, o que ia fazer? Depois de me acalmar, comecei a ligar para todo mundo novamente, até que Rajesh atendeu. Ai comeceu a chorar mais ainda, só que agora de alívio. Ele percebeu que eu estava nervosa e foi me encontrar no Grote Market. Dormi na casa dele, e na manhã seguinte fui até a minha casa e um cara que eu nunca vi na vida apareceu com um monte de chave e uma delas abriu meu quarto. Dá para acreditar. Essas coisas só acontece comigo pois sou muito desatenda e pouco cuidadosa com as coisas e se não não sobreviverei aqui e nenhum outro lugar.

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