segunda-feira, 12 de maio de 2014

Dia das mães

Depois de 31 anos, hoje entendo o significado do dia das mães. Não é um dia apenas para dar os parabéns para nossas mães, desejar um feliz dia das mães.
O dia das mães é um dia para você encher sua mãe de beijo e agradecer por tudo que ela fez por você e ainda faz, pois se não fosse ela, você não seria a pessoa que é hoje.

Por isso, hoje escrevo para minha querida mamãe.

Mãe,
Obrigada em primeiro lugar por ter lutado pela minha vida,
Por ter me carregado no ventre, me protegido e aguentado calada e sozinha os enjoos, as náuseas, todo o mal-estar que você passou durante a gestação.
Obrigada por ter tido força e aguentado as inúmeras e dolorosas horas de contração para me trazer ao mundo, pois hoje eu sei que não foi fácil.
Obrigada por ter me alimentado, por ter acordado incontáveis vezes durante a noite para me alimentar ou apenas me afagar.
Obrigada por ter cuidado de mim, por dado o seu melhor.
Por ter me ensinado a agradecer, a pedir desculpas, a olhar a rua para atravessar, a não ser maria-vai-com-as-outras, a ter opinião, enfim, por ter me ensinado a viver em sociedade.
Obrigada por ter me dado a oportunidade de estudar e por ter me apoiado nas minhas escolhas, mesmo sendo difíceis para você!
Obrigada por ter me proibido sair de noite com 13 anos, hoje entendo o porquê e farei o mesmo com meus filhos!
Obrigada por ser essa pessoa forte, alegre e amável com seus filhos.
Obrigada por ter me ensinados seus valores e, assim, me ajudado a ser a pessoa que sou hoje. Devo tudo a você!
E obrigada, mais que tudo, por ter me dado seu amor,
Amor que só agora compreendo.
O maior amor do mundo.
Um amor de doer no peito.
Um amor protetor e que almeja minha felicidade acima de tudo.

Te amo!
Roberta

segunda-feira, 5 de maio de 2014

A amamentação e as armadilhas para cair na mamadeira

Se eu estava cansada após o longo e dificil parto, imagina o bebê! Obviamente ele queria só dormir e descansar. E durante toda hora vinha uma enfermeira diferente me perguntar se ele estava mamando, eu dizia que ainda não, que ele estava dormindo e ai elas tentavam me “ensinar” a amamentar e ficavam apertando, esticando e torcendo meu peito e cada uma que vinha falava uma coisa diferente, dando um nó na minha cabeça. Até que no segundo dia após o nascimento do Murilo eu fui beber água no corredor do hospital (pois fiquei o dia todo pedindo para trazer água e não trouxeram), uma enfermeira me perguntou, como de praxe, se ele tinha mamado e eu disse, meio encabulada, que ainda não e que estávamos aprendendo e tal. Com uma cara de preocupada, a enfermeira perguntou se a gente queria que medisse a glicemia dele para ver se estava tudo bem, pois não era bom abaixar muito. Oras, por que não? Ela foi no nosso quarto, pegou uma gotinha de sangue do bebê e colocou na máquina. Apareceu o valor de 49. O valor normal de adulto é 80-90 em jejum. Após obter o resultado ela vira pra gente e fala assim "Nossa está baixo, com 40 vai para UTI, vocês querem que preparem o leite para ele?". Depois da nossa cara de assustado, ela perguntou se queria que ligasse para pediatra. Falamos que sim, e enquanto isso iríamos decidir.
Aqui faço um adendo sobre a falta de profissionalismo da enfermeira, onde já se viu ela sugerir um exame se ela não é medica? Até ai não tem problema para mim (mas a pediatra ficou P da vida). Segundo, ela falar que estava baixa a glicemia, sem falar o valor de referencia para recém-nascido? E terceiro e pior, como ela me fala de UTI para uma recém mãe, já fragilizada e preocupada com o filho? Mas depois da carcada que ela levou da pediatra por telefone e na manhã seguinte, acho que nunca mais ela vai fazer isso. Bom mas voltando...

Primeira armadilha. Foi assustador ouvir a palavra UTI. Já imaginei ele lá, entubado, mas respirei fundo, parei e falei para o Bispo olhar na internet o valor de referência para recém nascido, pois deveria ter diferença para o adulto, cero? E adivinha? Para recém nascido, valor de 60 é a glicemia em jejum e 50 é uma glicemia leve, abaixo de 40 é hipoglicêmico. Ora, natural que Murilo estivesse com glicemia leve, pois após o nascimento não havia mamado.
Quando a enfermeira voltou após ter telefonado para pediatra ela disse que a médica falou que está tudo normal, que ele estava bem (notava-se um tom sarcástico, sei lá) mas que se gente quisesse dar o leite, era nossa escolha. Mas estava tudo bem. Com muita cautela, optamos para esperar até ele querer mamar, pois se déssemos mamadeira, a chance dele pegar o peito depois diminuiria, pois mamadeira era muito mais fácil de sugar, o bico é diferente e como eu queria amamentar, resolvemos esperar o tempo dele. E o tempo dele chegou na manhã seguinte, fome ele já tinha, mas foi uma luta fazê-lo abrir a boca, desencandear o reflexo de sucção, pois tinha que encostar o bico no céu da boca dele para ele começar a sugar e como meu bico era pequeno, não alcançava, e foi a maior ginástica, eu apertando de um lado do seio, o Bispo do outro,  sincronizando para encostar no céu da boca do Murilo. Conseguido o estímulo, o desafio foi fazê-lo pegar o peito do jeito certo, e eu não fazia a menor ideia. Mas a internet estava lá para nos ajudar. As enfermeiras tentavam, mas não explicavam direito, ou eu não conseguia entender direito. Mesmo assim nos dias subseqüentes ele foi mamando, fomos aprendendo, eu já conseguia fazer a pega sozinha, sem a  ajuda do Bispo, até que voltamos para casa na quinta-feira.
No mesmo dia que cheguei em casa, chamei uma consultora em amamentação para me auxiliar e tirar dúvidas. Ela veio com um outra e ficamos umas 2 horas conversando, fiquei um pouco assustada com os casos que elas contaram, de bico de peito sangrando, bico pendurado, coisas terríveis, mas foram apenas uns 5 min de toda a conversa que fez toda a diferença para mim, me mostraram a pega certa e voilá! Bebê mamando direitinho, uma beleza, até o leite descer!

Segunda armadilha. Quatro dias após o parto, na madrugada de sexta-feira, o "leite desceu". Até esse momento não entendia essa expressão, mas foi ai que entendi e, literalmente o leite desce, começa as encher as glândulas do alto do seio e por último as próximas à aureola.  As mamas ficaram enormes e doloridas e aí começou o segundo desafio, se eu não lutasse, ia cair na armadilha da mamadeira e não conseguiria amamentar.
Nessa madrugada, fiquei duas horas para fazê-lo pegar o seio, ele com fome, cansado de tanto tentar e eu preocupada dele passar fome, não crescer, ele chorava de fome e eu de, desespero. Foi a madrugada inteira assim. No sábado de manhã liguei para uma consultora e para o Banco de Leite da Maternidade de Campinas, que dá apoio as lactantes e todas elas me ensinaram a fazer massagem para soltar o leite e facilitar a pega. E assim conseguimos mais uma vez!


Dai em diante, Murilo mama super bem, está ganhando peso surpreendentemente e em 15 dias, ganhou 1kg! Essa dificuldade do inicio não alterou em nada seu desenvolvimento, Graças a Deus! E hoje vejo que fizemos a escolha certa!

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