domingo, 13 de junho de 2010

A Volta para budapeste




Depois do casamento, reservamos uma noite em Budapeste no mesmo hotel que Mira e Kacper (le- se Casper) para passarmos nossa última noite na Hungria.
Pegamos o trem para Budapeste na estação em Székesfehérvar. Em alguns minutos o trem chegou, um trem grande, velho e daqueles de filmes comunista da União Soviética, sabem? Pegamos uma cabine na segunda classe, não fumante e nos acomodamos. 


Após uma meia hora, uma mulherzinha de um metro e meio de altura, que pelo uniforme percebi que era quem checava os bilhetes do passageiros, apareceu em nossa cabine falando mil coisas em húngaro que não fazíamos a menor ideia do que seria. A gente respondia em ingles, a tia falava cada vez mais alto. As pessoas pensam que não estamos entendendo porque somos surdos e se gritarem a gente vai entender. Engano total. Finalmente, depois de gritaria, desenho (literalmente) percebemos que estávamos no trem errado, indo para o sentido oposto ao de Budapeste. Comecei a rir, mas não fiquei surpresa, pois como vocês sabem, viajar comigo, principalmente quando se envolve trens, sempre é reagada a muitas aventuras! Então, o que tínhamos que fazer era descer numa estação X e correr para pegar o trem de volta. A tiazinha vinha toda hora falar com a gente mas não estávamos entendendo o restante. Primeiro entendi que não pagaríamos o trecho até a próxima cidade, mas lá teríamos que pagar a passagem de volta aSzékesfehérvar, que custaria 3800 ft para nós quatro. Tudo bem até. Tiazinha gente boa. Mas não parou ai. Depois de algum tempo ela volta falando mil coisas novamente. Ela, desta vez, começou a falar baixo e fechou a cabine. Pedimos para ela desenhar, apelamos eu sei, mas nao tinha jeito. Ela explicou que a gente tinha que cruzar a plataforma e pegar o trem de volta, mas o tempo era mínimo, não ia dar tempo de comprar os bilhetes. Então ela pegou o papel e a caneta e fez uma conta de subtração e entendemos que se págassemos a ela 2000ft (que equivale a 10 euros) ela falaria com o colega dela do outro trem para no checar nossos tickets na volta para Székesfehérvar e ainda econimizaríamos 1800 ft (9 euros). Eu, lerda que sou não estava entendendo, só depois que demos o dinheiro para ela e por conseguinte não recebemos nenhum comprovante, foi que entendi que pagamos propina. Senti me mal. Esquisita a sensação de ir contra lei. Preferiria pagar a multa, o valor do bilhete. Mas não tinha jeito mesmo. No final todo mundo saiu ganhando. Depois de uma hora, chegamos novamente no ponto do qual saímos. O trem agora era muito melhor e mais novo e tínhamos companhia de uma viajante japonês solitário em nossa cabine.


No total levamos 3 horas para um percurso de 60 km. Além da 1 hora e pouco para o caminho errado, em vários pontos no caminho certo, o trem parava por uns 20 min para esperar outro trens passar, acredita? Era uma região pantanosa cheia de garças e patos, até parecia o Brasil.


Em Budapeste pegamos um taxi até o hotel Alpha Hotel Fiesta, localizado bem no meio da cidade, do lado Peste, próximo a margem do Rio, perto de vários bares e restaurante. O hotel era muito bom, chiquérrimo para meus padrões! Só teve uma coisa ruim. No dia seguinte pela manhã, apesar do recado na porta "Don't Disturb", alguém, que provavelmente era alguém da limpeza, abriu nossa porta e estávamos deitados ainda! Eu escutei mesmo alguém abrindo a porta, mas achei que era do quarto ao lado, até pensei "Nossa até parece que estão abrindo a porta aqui". E estava mesmo!! hahahhahaha




Começamos, portanto, nosso passeio à esmo pela cidade. Chegamos a Basílica, uma igreja muito bonita, em um dos lados de uma praça ampla rodeada de bares e cafés. Eu e a Mira nos encaminhamos para ver a igreja por dentro, mas logo percebemos que os meninos estavam demorando. Até escutei o assovio do Bispo, então resolvi voltar. Sentado na escadaria da igreja estava Kacper conversando um duas meninas semi nuas de micro shorts e micro blusa. Bispo estava do lado só olhando, quando vimos aquela cena, saímos correndo, eu abracei o Bispo e a Mira, já vermelha e descontrolada, veio por trás do Kacper dando joelhadas hahahaha foi muito engraçada a situação! Ela estava morrendo de ciúmes, eu também tenho que admitir. Uma das meninas estava sentada ao lado do Kacper explicando sobre o passeio de barco pelo rio Danúbio, com jantar e música ao vivo, tudo por 26 euros. O problema que dava pra ver os peitos da menina claramente. Rapidamente dissémos que não estávamos interessadas e os puxamos embora!


Fomos até a margem do rio, que estava transbordando. As árvores da borda estavam com metade do caule embaixo d'água. A rua que margia o rio estava completamente coberta. Após passearmos mais um pouco, voltamos para praça da Basílica, onde sentamos numa mesa do lado de fora do restaurante, onde tivemos um jantar maravilhoso, ao som de voz e piano, vendo o movimento da praça, tomando uma boa cervejinha, um fim de tarde gostoso e relaxante. Merecíamos. Andamos mais um pouco depois do jantar e paramos novamente para tomar uma cerveja, em um pub ingês. Eu ja estava com a garganta doendo e sem voz, o que me fez tomar um capuccino apenas. No pub, Mira me pega algumas revistas para gente ficar folheando e duas delas eram Playboy, fala sério. Fiquei deprimida de ver aqueles corpinhos todo em cima, claro que photoshop atuou ali fortemente, mas isso não diminuiu minha frustação. É, começo uma dieta agora, decidido. Ou melhor vou voltar à academia. Vamu que vamu!

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