Ontem conversando com a Tati, percebi que ela também tem esse sério problema que eu. Ela me recordou os tempos de colégio quando brigávamos durantes as olimpíadas do colégio. Não me lembrava disso não. Sempre queríamos ganhar, chamar para o time os mehores, deixando de lado as amigas que jogavam mal e escolhendo as pessoas chatas, mas que jogavam bem! Eu treinava vôlei durante a minha adolescência, até o primeiro campeonato. Foi algo horrível. Eu escutava toda a torcida adversária, me xingando, pressionando, eu me desconcentrava e não conseguia jogar direito. Foi ai que parei. Depois aprendi a jogar xadrez, pra quê? Fico me perguntando hoje, pra quê eu fui aprender? Para passar nervoso? Esse ano jogamos xadrez de dupla no Keukenhof, (o parque das flores aqui da Holanda) eu e a Gwenny contra Bispo e a Ju. Simplesmente eu sai no meio do jogo de ódio que eu fiquei de ver minha rainha sendo abatida a sangue frio. Ainda mais que um transeunte qualquer que deu a sugestão da minha próxima jogada que culminou na queda do meu reuno, e eu aceitei a sugestão! Imbecil! ódio! Sai andando a esmo no meio do parque sozinha, contando até 10!
E baralho então, deveria morrer a pessoa que inventou os jogos com cartas! Num verão em Ubatuba com minha família e a família do Bispo resolvi jogar carta com o Bispo e com a mulecada. Era um jogo chamado Duvido, onde você diz que você tem 6 Reis de espada, por exemplo, e se a pessoa disser Duvido, você tem que mostrar suas cartas, se você estiver certo, a pessoa pega as suas cartas, ganha quem conseguir se livrar de todas as cartas. Ou seja é um jogo de Blefe, e eu odeioooo isso. Rendeu umas briguinhas também essa noite!
Foi ai que decidi não entrar em competição.
Bom voltando ao labdaag, aqui todo ano se forma uma comissão, uma pessoa de cada grupo que compõe nosso departamento, para organizar o dia tão esperado. Aqui as pessoas faz muito dinheiro para oferecer atividades para os labdaag, há empresas especializadas em Labdaag no geral. Há empresas que oferecem workshops diversos, como por exemplo: culinária, coquetéis, arte, decoração e de tudo que você possa imaginar. Então as opções são vastas. E todo ano, pelo menos qui em Amsterdam e em Groningen, as atividades do labdaag são sempre surpresa, você só fica sabendo na hora que vai ter a atividade. Esse ano saimos às 8 da manhã da universidade num ônibus chiquérrimo de 2 andares em direção ao Sul da Holanda. Ninguém fazia a menor ideia de onde estávamos indo, apenas a comissão organizadora. Chegamos a um local na zona rural que era composto por uma sede, com um restaurante bem grande e ao redor, muito gramado e parque de aventuras para crianças. Os organizadores disseram que aquele seria a parte líquida do dia! Fiquei pensando "puxa vida, está friozinho, não quero me molhar! E se for sauna? não quero ver meus colegas de trabalho, nem meu chefe pelados!". Fomos em direção ao restaurante, mas descemos umas escadas para o andar de baixo "putz era sauna mesmo" pensei.
Mas quando chegamos, havia várias mesas com bebidas alcólicas, coqueteleira, açúcar e limão! que delicia!! Era um workshop sobre cocktails!! Fantástico. As 10 da manhã aprendemos como fazer alguns cocktails, até caipiroska! Ouvimos diversas histórias sobre diversos drinks, e o porquê do nome cocktail, ou seja rabo de galo. Cocktail é uma misturas de bebidas, originalmente alguma coisa destiladas, açúcar, água e alguma coisa amarga. O nome veio de não-me-lembro-bem-quem, mas uma mulher começou a decorar seus drinks com rabo de galo mesmo! Entre 1920-1933 alcóol ficou proibido de ser vendido nos EUA, mas as pessoas continuaram fazendo seus cocktails, claro que o álcool utilizado caiu de qualidade, e começaram a tomar mais Gin do que whisky, pois era mais fácil e rápido de fabricar. Também ficamos sabemos da origem do rum mais famoso do mundo, o Bacardi. Muitos não sabem que Bacardi é rum, eu não sabia. Bacardi ficou tão famoso que todo mundo chama pelo nome, como Coca-Cola, Gillete e Maizena. Enfim, Farcundo Bacardí, espanhol vendedor de vinho, se mudou para Cuba em 1830. Nessa época, rum era uma bebida barata, nada de glamour, vendida apenas em tabernas (bebida de pirata). Facundo começou a melhorar a produção de rum, filtrando com filtro de carvão, e envelhecendo em barris de carvalho. Ficou tão bom que ele começou a vender. Ai começou a Guerra de Independência de Cuba. O filho de Facundo foi presos várias vezes na Espanha suspeito de agir contra a coroa e tal, e quem tomou a frente da empresa de rum foi o irmão e cunhado de Facundo. E daí Cuba se torna "independente" sob ocupação americana, daí surge o primeiro cocktail famoso com Bacardi, Cuba Libre, com Rum, tipico de Cuba, e Coca-Cola, marca americana. De Cuba para o mundo, foi um passinho!
Preparamos um cocktail com vodka, licor de liche, suco de maçã e gelo. Se você virar de ponta cabeça a garrafa de vodka com o dosador na boca e contar até 3, você estará adicionando 30 ml de vodka! interessante né! Hummm ficou ótimo nosso drink! Depois foi a vezda caipirinha, muitas histórias, mas não me recordo, pois já estava ficando bêbada, as 11 da manhã, sem almoçar e com café da manhã a eternidades de horas atrás. Fiz a caipirinha do meu jeito e ensinei para a galera da minha mesa. Até roubei um abacaxi que havia no local para fazer umas caipiroska de abacaxi. A galera aprovou!
A tarde foi hora d paintball. Cogitei de não participar, mas ai acabei entrando. Foi bem legal, não levei a competição muito a sério, era sempre a primeira a morrer, a levar bolinhas de tinta e logo saia do campo. Mas meu time ganhou as 3 rodadas!! hehehehe acho que por isso não fiquei mal! hahahaha
Os tiros de bolinha de tinta doem para caramba. Os monitores avisam no inicio para não atirar com menos de 10 metros da pessoas, mas na hora, com adrenalina na veia, ninguém pensa nos 10 metros, querem atirar no adversário, não importando quão distante estiver. Foi nessa que levei uma na lateral do corpo ficou roxo e doendo por uma semana. Levei uma na orelha bem doida também. Foi bem legal, as pessoas se arrastavam no chão, faziam estratégias, eu só queria atirar! hahahaha Acreditam que até uma grávida de 4 meses e pouco participou! Esse povo é louco, tudo bem que gravidez não é doença, mas bom senso é bom de vez em quando! A gravida disse assim que o bebê estava mais protegido na barriga dela que ela lá fora levando os tiros de tinta! Fala sério!
Nossa Roberta, que divertido isso! Parece meio confraternização de final de ano no Brasil, qdo a empresa junta todo mundo e faz um evento de um dia... Enfim, achei bem divertido!
ResponderExcluirFoi bem legal sim! Pelo menos o povo interagiu, pois durante o trabalho mal as pessoas conversam, mal falam bom dia!
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