quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Grupo de gestante


Eu achava super nada a ver qualquer tipo de grupo, principalmente de gestante. Imaginava que as pessoas ficavam lá trocando fraldas de bonecas, aprendendo a dar mamadeira, a fazer dormir, bom era isso que eu via nos filmes. Mas graças a Deus, temos meios de conseguir informações e mudar de ideia.

Por meios de amigas, fui convidada para assistir uma palestra no Grupo Samaúma, em Barão Geraldo em Campinas. E antes da palestras começarem, as pessoas tinham que se apresentar, contar quantas semanas de gravidez, qual o nome do bebê e o que elas buscavam para o parto. Aff. Já veio aquela visão do Alcoólicos Anônimos na minha cabeça "Olá, sou fulana e estou a tantos dias sóbria."

Tive que falar né, já que estava ali e queria ver a palestra depois. E por incrível que parece, gostei! Me senti aliviada, por falar falar do que tinha medo, das angustias que sentia, do desespero.
E depois, dando a seqüência para as outras gestantes, fui escutando o que as outras pessoas falavam e fui me vendo em muitas delas.  

Fiz minha inscrição no grupo de emails e venho acompanhando as discussões muito interessantes que acontecem por lá. As mulheres do grupo relatam partos, dividem seus videos e fotos, discutem sobre a criação do bebe, quando é hora de parar de amamentar, como fazer isso ou aquilo, indicam livros interessantes, matérias etc.

Nos encontros mesmo fui apenas 3 vezes, uma para ver a palestra da Ana Cris Duarte, uma parteira de São Paulo, que falou sobre parto domiciliar, outra sobre uma Parteira Mexicana, super famosa, chamada Naoli Vinaver, que falou sobre o momento do parto em si, a dor e tudo mais, e a terceira, foi  foi uma palestra sobre Yoga na gravidez.

Agora que estou no oitavo mês, vou ir com mais frequência para esclarecedor dúvidas e aprender mais. Minha obstetra participa do grupo, as doulas com quem conversei também, as neonatalogistas com quem entrei em contato recentemente também. É um momento de conhecê-las como pessoas e não como profissionais, tirar dúvidas, conversar, desabafar. E para mim está sendo super importante participar do grupo pois consegui tirar várias paranoias da cabeça, consegui esclarecer e aprendi muitas coisas. As pessoas são solidárias no grupo, pois passam pelas mesmas coisas.
Totalmente recomendo.
Alguns grupos em Campinas e região:

Samaúma Campinas e Indaiatuba

Lua Nova- Campinas

Grupo Vínculo

Há grupo para mulheres no pós parto também, que eu até indiquei para uma amiga e ela está adorando!

Fica a dica!

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O Chá de bebê

Mais uma etapa na gestação, o chá de bebê.
Eu não queria muito chamar assim, mas se eu desse outro nome as pessoas não iam entender. Pra gente, essa festinha que antecede o nascimento do bebê é mais uma ocasião para reunir os amigos, tipo uma despedida de Roberta e Bispo, para viramos Roberta, Bispo e Murilo. É um momento para aprendermos com pais experientes, escutar relatos de partos, de amamentação, de fazer a criança dormir etc. Esse foi nosso objetivo. Não estava preocupada em ganhar presentes, graças a Deus conseguimos comprar muitas coisas e ganhamos muitas outras de parentes e amigos. Só para dar um ar de chá de bebê, pedimos fraldas apenas. Eu achei que ia pesar muito para os convidados trazer presente e fralda ou só presente, o objetivo não era esse.

Então o objetivo era fazer uma festinha para reunir os amigos, não ter muita cara de chá de bebê, com aquelas brincadeira que na maioria das vezes são bestas, mas ao mesmo tempo não poderia deixar de lado o tema "uma nova família começa". Gosto de festas feitas por mim, um ar caseiro, aconchegante. Não gosto de festas que contratam decoradores, claro que fica tudo muito lindo, mas tudo muito artificial e informal também, sem a cara da pessoa. Posso, daqui alguns anos mudar de ideia, mas hoje eu prefiro festinhas simples e com o toque pessoal!

Começando pelo convite, eu mesma que fiz! Na internet só achava modelos de convites com bebê, cegonha, carrinho de bebe, bebe numa xícara e não queria nada daquilo. Peguei um desenho de gestante de um curso que foi oferecido ao grupo de gestante que eu participo o Samaúma (aliás, precisava falar sobre isso aqui). Queria colocar o pai, que muitas vezes é deixado de lado durante o período da gravidez. O pai, coitadinho, vira segundo plano, mas não podemos esquecer que sem ele, não existira a grávida, nem o bebê, ou seja, papel fundamental!! E colocando ele no desenho, ficou a deixa que maridos e namorados poderiam vir, mas mesmo assim, tivemos que falar com todas as letras que o homens poderiam participar hehehe.



Eu e minha mãe que preparamos a maioria das coisas. No dia, tive uma grande ajuda de uma grande  amiga, a Cacá que me ajudou e muito no dia, preparando os arranjos florais e a árvore de marshmallow. Comprei rosas brancas e amarelas, mosquitinho, uns vasinhos coloridos tipo baldinho de metal, e tinha separado umas garrafinhas brancas de itubaína para preparar os arranjos. Fiz letras de papelão e encapei com tecido colorido e cola quente, que me rendeu muitas queimaduras nos dedos. Tive alguns problemas de orientação com as letras, inverti o R e o S, mas acabei deixando o S ao contrário mesmo! Preguiça de fazer de novo. Coloquei umas roufenhas no varal

Infelizmente foi uma correria só que não conseguimos tirar foto de tudo. As 5 da tarde eu ainda estava pregando as letrinhas na parede e nem banho ainda havia tomado.

Eu e minha mãe preparamos a comida: brigadeiro, beijinho, gelatina, escabeche de beringela e pate de atum com torradas e pão, salpicão de frango, bolo de cenoura, pipoca e limonada. Tivemos que comprar pão de metro, referi, cerveja, balas de goma. Eu cuidei da decoração do ambiente, nada de exuberante, mas até que ficou legal.
Estava um dia bem quente e felizmente não choveu no final da tarde como choveu a semana inteira.
A festa foi bem gostosa, todos estavam bem e interagindo bastante, nem precisou de brincadeiras para animar (apesar de ter deixado preparado alguma coisa na manga caso precisasse! hehehe). Fiquei muito feliz com o resultado e com as pessoas que compareceram. Agradeço de coração o carinho, a presença e os presentes que ganhamos!


















Eu não parei um segundo, tinha que ficar repondo a comida na mesa pois estava com medo de estragar por conta do calor. Fazia limonada de tempos em tempos para não amargar e depois estourei umas pipocas. Nem comi direito, estava a mil por hora. E não fiquei com fome. Bebi bastante limonada, mas não comi como deveria. 
E ainda mais com o barrigão de 8 meses, fiquei o dobro mais cansada. Por conta disso, acho que minha resistência abaixou e eu acabei pegando uma virose que me fez passar muito mal ontem, culminado em uma visitinha ao hospital para tomar um bucopan, plasil e soro na veia.

E hoje, de molho em casa, dormi o dia todo e estou conseguindo me recuperar! Mais uma prova que alimentação saudável e completa é essencial para se ter uma gestação saudável. 
E assim que continuo curtindo minha gravidez!!





segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Dança do Ventre

Em Julho de 2013 fiz minha apresentação de dança do ventre em um barzinho em Barão Geraldo. Praticamente fechado apenas para as famílias das alunas, mas nem por isso estava vazio!
Cheguei praticamente com a roupa e maquiagem, apenas dei uma retocada lá.  Não tinha muito espaço, quer dizer, não tinha espaço nenhum. Nos concentramos no mezanino em cima do salão, de onde observávamos os convidados chegarem. E o salão enchendo. E o frio na barriga.
A lista  da ordem das músicas foi afixada da parede. Eu dançaria a terceira e a sexta música! A primeira com as taças de vidro com uma vela dentro e a outra com o véu.
Devido a dificuldade de se obter uma foto boa com a falta de luz e sem usar flash, as fotos da dança com as taças ficaram horríveis e só colocarei as fotos da segunda dança, que foi com o véu.

Chegou a hora. Para cada música, havia várias alunas e cada uma tinha sua dança, uma diferente da outra, improvisada, adaptada para o momento e sentimento daquele dia, daquele instante. Elas dançavam por entre as mesas dos convidados. Eu tentei, mas fiquei apenas em uma área restrita. Eu achei muito difícil se deslocar por entre o salão todo. No meu cantinho eu sabia mais ou menos o que passo fazer, sabia o espaço ao meu redor. Se eu saísse dali, perderia o controle do espaço, pois havia locais onde as mesas eram muito próximas umas das outras.

Dancei, nervosa, tentando olhar para frente, tentando olhar para minha família, olhar nos olhos do Bispo, não olhar para baixo e não fazer careta. Parece coisa idiota, mas é muito difícil ter expressão facial e corporal numa apresentação. A gente (eu pelo menos) fico tensa, contando os passos, e quando dá aquela errada básica, faz uma cara horrível, entregando o erro! Durante as aulas, tivemos algum treinamento sobre isso, mas é muito difícil. Nada pior para o público que ver uma dançarina com cara de bost#. Os erros da coreografia, muitas vezes nem se percebe, ainda mais quando se faz o improviso como nesse caso, então, uma coisa aprendi, simpatia na dança é o que realmente conta!
Desta vez pelo menos, não fiz careta como fiz na minha apresentação na Holanda. Consegui fazer uma cara normal, sorrir ainda não, ainda chego lá.

Foi uma experiência muito legal, adorei. A gente avança muito na dança quando tem uma apresentação, a gente treina mais, dança mais, se esforça mais. E além disso, vamos tirando medo de palco, de pessoas, e aprendemos a lidar com o público.











Minhas professoras e eu


Para quem tiver endereço, a minha escolha de dança é essa aqui.

sábado, 4 de janeiro de 2014

A doula


Antes de sair de férias, conversei com a minha potencial doula. Foi uma conversa gostosa, esclarecedora e muito reconfortante.
Conversei com ela por telefone e marcamos de nós encontrarmos na padaria Alemã. Ela havia chegado mais cedo e já estava me esperando. Eu não a conhecia e quando cheguei procurei uma mulher sozinha em uma mesa .Parecia aqueles encontro de internet, mas eu ao invés de levar uma rosa, estava com minha barriga saliente levando o Murilo. Foi fácil me reconhecer.
Eu estava com muitas dúvidas, nem sabia por onde começar e ela iniciou a conversa perguntando como eu cheguei ao parto humanizado. Essa foi uma boa pergunta pois deu para acalmar minha ansiedade ao percorrer o caminho da minha escolha. Resumidamente eu disse que o parto humanizado tirou a idéia horripilante que eu tinha sobre!
Mais calma a conversa começou a fluir naturalmente.

Para entender sobre quem ssão as doulas, retirei esse trecho do site http://www.doulas.com.br/index.php que aliás é um bom começo para entender o trabalho dessas pessoas e encontrar uma para você gestante.

"A palavra "doula" vem do grego "mulher que serve". Nos dias de hoje, aplica-se às mulheres que dão suporte físico e emocional a outras mulheres antes, durante e após o parto. 
Antigamente a parturiente era acompanhada durante todo o parto por mulheres mais experientes, suas mães, as irmãs mais velhas, vizinhas, geralmente mulheres que já tinham filhos e já haviam passado por aquilo. Depois do parto, durante as primeiras semanas de vida do bebê, elas estavam sempre na casa da mulher parida, cuidando dos afazeres domésticos, cozinhando, ajudando a cuidar das outras crianças.
Conforme o parto foi passando para a esfera médica e nossas famílias foram ficando cada vez menores, fomos perdendo o contato com as mulheres mais experientes. Dentro de hospitais e maternidades, a assistência passou para as mãos de uma equipe especializada: o médico obstetra, a enfermeira obstétrica, a auxiliar de enfermagem, o pediatra. Cada um com sua função bastante definida no cenário do parto.
O médico está ocupado com os aspectos técnicos do parto. As enfermeiras obstetras passam de leito em leito, se ocupando hora de uma, hora de outra mulher. As auxiliares de enfermeira cuidam para que nada falte ao médico e à enfermeira obstetra. O pediatra cuida do bebê. Apesar de toda a especialização, ficou uma lacuna: quem cuida especificamente do bem estar físico e emocional daquela mãe que está dando à luz? Essa lacuna pode e deve ser preenchida pela doula ou acompanhante do parto."

Voltando a minha conversa com a doula, ela me explicou o que elas fazem antes, durante e depois do parto. A minha escolha até agora é fazer o parto no hospital, e portanto, minha dúvidas foram tiradas a respeito do parto hospitalar. Veja lá: 

Antes 

Ensina técnicas de respiração muito importantes para o trabalho de parto, métodos de relaxamento, conversas esclarecedoras, tira dúvidas, incentiva participar de grupos de gestantes. E próximo a chegada do bebê, ela vai até a casa da família, para saber onde fica, quanto tempo demora para chegar, conversa com o pai, com os familiares, explica o que e como vai acontecer.


Durante

Quanto estoura a bolsa ou quando a gestante apresenta 10 contrações em 1 hora, a doula é chamada e vai para a casa da família. Lá ela acompanha a evolução do trabalho de parto, acompanha o bebê, escutando o coraçãozinho dele, ajuda a aliviar as dores das contrações com massagens, banhos quentes, compressas, e outras métodos. Faz uso bastante da psicologia para dar apoio e incentivo para a mulher e tranquilidade para o marido. Este, segundo a doula, são os desesperados do momento, que querem levar a esposa para o hospital o mais rápido possível, portanto, a doula presente, conhecendo todas as fases do trabalho de parto, consegue tranquilizar a todos, explicando o que está acontecendo e tal.
Chegado o momento, a doula dita a hora de ir para o hospital e ela já liga para a obstetra de modo a chegar todos juntos lá. Isso evita a gestante passar pelo PS, onde rotineiramente seria examinada por enfermeiras e médicos desconhecidos para saber se é hora de ir para sala de parto ou aguardar mais dilatação. É nessa hora que as gestantes passa por situação constrangedora e desconfortável. Quando chega ao hospital a médica,  doula e a gestante, todos juntos, o processo é agilizado e pula essa situação.
Durante o período expulsivo, a doula continua do lado da parturiente, dizendo o que fazer.
Uma coisa que eu fiquei impressionada é que no parto humanizado a mulher quem da a luz e é o bebê quem nasce. Meio óbvio, era para ser assim em qualquer tipo de parto normal, humanizado ou não, mas não é isso que acontece geralmente não. No parto humanizado o médico assiste ao parto, e só intervém se ocorrer algum problema, mas se tudo ocorrer normalmente, a parturiente sozinha, com suas contrações consegue expulsar o bebê e este, com sua manobra para passar pelo canal pélvico, sai sozinho. Ninguém puxa, ninguém espreme a barriga da parturiente.

Depois

Uma expressão muito usada pela doula na nossa conversa é " recepcionar o bebê", que é o momento de pegá-lo ao sair do útero da mãe. Uma expressão muito bonita, pois realmente é uma mudança e tanto na vida do bebê e precisa ser recepcionado sim. Ninguém bate, não se corta o cordão imediatamente a saída. O bebê é recepcionado, geralmente, pelo pai ou médico e entregue ao colo da mãe imediatamente. A doula ensina a recém mãe a amamentar, a dar o primeiro banho e outras dicas mais.

Foi reconfortante essa conversa. Foi legal de ver o brilho nos olhos da doula, ela faz isso realmente porque gosta muito. Agora vou conversar com mais umas 2 para me decidir qual escolher, já que faltam apenas 10 semanas para o Murilo chegar!


Fonte: http://www.doulas.com.br/index.php

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