terça-feira, 8 de junho de 2010

Nossa Chegada em Budapeste

Com uma aterrizagem sob aplausos, chegamos em Budapeste, capital da Hungria.
Na contensão de gastos que estamos, resolvemos aceitar o convite de ficar na casa da irmã do Peter na nossa primeira noite em Budapeste. O cunhado dele, Zsolt, estava nos esperando no aeroporto. Junto com o filhinho dele de 5 anos, Booty. Erika e Zsolt tem mais uma filhinha, que pelo que eu entendi, estava doentinha e por isso mandaram para casa da avó em Székesfehévár, na cidade onde seria o casamento. Óleo de peroba na cara e lá vamos nós. Chegamos no apartamento deles simples e aconchegante, cheio de coisas entulhadas por todo o lado, com as paredes cobertas de desenhos das crianças e estantes cheias de estátuas de gesso feitas pelo Zsolt. Ele é engenheiro designer de uma empresa de ônibus e nas horas vagas, artista. Atualmente ele está trabalhando num estátua de Jesus de 10 metros de altura, que será colocada no alto de uma colina nas redondezas de Budapeste. Zsolt é gente boa, muito prestativo e educado, mas fala demais e muitas vezes, besteiras.
Jantamos um delicioso jantar feito pela Erika, irmã do Peter, o noivo. Batatas assadas com liguiça, ovos dispostos na forma de lasanha, um prato típico húngaro, mas que eu não consigo reproduzir o nome. Salada grega e vinho húngaro. A comida estava divina, deliciosa, com muito tempero. O vinho era ótimo, branco, docinho e especial.

Erika é muito parecida com Peter, o mesmo sorriso, o mesmo jeito de falar e muito simpática. Fomos super bem tratados.
E então Zsolt começou a contar a história mais cabeluda que já escutei. Tudo começou quando ele disse, ainda no aeroporto, que o Bispo tinha sorte de ter um nome como o dele, que não foi por acaso que estávamos hospedados na casa dele. E assim começou a história. Depois no jantar e durante o passeio pela cidade a noite, quando subimos no morro chamado Cidatella, ele falou sobre as crenças dele. Zsolt não tinha se achado em nenhuma religião, até encontrar o tal guru que lhe contou a verdade sobre a vida, sobre Jesus, sobre o universo e tudo mais. Ele mencionou que temos vários corpos, os sete corpos de energia, aura, corpo etérico, espírito, etc, que obtemos energia através do chackras. Até aqui nenhuma novidade. Até achei interessante o fato de uma pessoa no meio da Hungria dizer as mesmas coisas que tenho lido ultimamente. Poderia ter parado ai. Mas não. Ele continuou dizendo que toda a história de Jesus era mentira. Que Jesus era um rico Rei, só tinha a mãe, e que um dia se apaixonou e se casou com Maria Madalena, mas se separaram por divórcio. Ela foi para Jerusalém. E depois para Barcelona, onde foi enterrada em Montserrat. Jesus, se não me engano, casou-se outra vez, com outra e teve filhos. Seus filhos se espalharam pelo mundo. Ah, detalhe, Jesus foi morar na Hungria. Ele tinha muito poder, então, algo aconteceu, que não me lembro o quê, que levou os romanos a persegui-lo, prendê-lo e crucifica-lo Jesus. A cruz carregada por ele era simétrica e não aquela que conhecemos. E para sabotar a história de Jesus, o lado negro da força comandado pelos romanos, apagou essa história e inventou a história que todo mundo conhece. E disse que as mulheres na igreja católica são descriminadas, deixadas de lado. Nessa hora, estávamos descendo o morro da cidatella em Budapeste, de onde tirei a foto ao lado. Estava chovendo, eu estava com frio e cansada, já não estava prestando atenção em mais nada que Zsolt falava, mas o Bispo estava animado e falou "estranho isso, pois na Igreja Católica na América Latina, México e Brasil, pelo menos, a Virgem Maria é a figura mais importante, muitas vezes, mais que Jesus, como você explicaria isso?" Sabe qual foi a resposta? "hummm, olha o rio que bonito a noite!!" hahahhaha fugiu, não tinha resposta. Essa história foi contada para ele por esse tal guru. Sem brincadeira, o cara falava nesse guru de forma muito espantosa. Idolatria total. Cego. Se o cara falasse "come cocô de galinha que você vai viver 200 anos" ele, sem dúvida nenhuma, comeria.

Não acredito que a história de Jesus foi realmente aquela da manjedoura, dos 3 reis magos, da virgem Maria, mas que soa mais bonito, ah isso soa. Pode até ter sido isso que aconteceu, mas pra mim isso é totalmente irrelevante. As religiões no geral estão preocupadas em saber o que Jesus foi ou deixou de ser, e deixam de lado o mais importante, os ensinamentos que deixou. Não me importo se Jesus foi rei ou se foi pobre nascido na manjedoura, o que importa é que ele nos ensinou a amar o próximo como a nós mesmos (pelo menos tentou!).

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