quinta-feira, 25 de junho de 2009

Saudades de casa

Ontem bateu uma saudade enorme de casa, vontade de abraçar minha mãe, de passear com o Diquinho, de conversar com o Renan, de tomar café da tarde com pão caseiro da minha mãe, de conversar com minhas amigas horas no telefone, de sair com elas para beber uma cerveja, falar besteiras e dar risada.
Saudades de caminhar na lagoa do Taquaral e tomar água de coco, das aulas de dança do ventre. Saudades de ver novelas, de pintar, de ler a tarde e depois tirar um cochilo sobre o livro.

Saudades das pessoas queridas e amadas, saudades de tempos bons.

Não tenho o que reclamar da minha vida aqui, estou adorando, trabalho naquilo que gosto, tenho meu amor ao meu lado, tenho amigos, alías tenho uma vida social bastante agitada mas estou longe de muitas pessoas que amo também. Estou perdendo a barriga de uma amiga crescer, não a verei quando a bebezinha nascer, não foi no chá de bebê, não estou ao lado daquelas que estão precisando de uma palavra amiga,não estou perto para ajudar a amiga encalhada, não posso estar no casamento de outra, e a lista de coisas só vai aumentando. Não que eu seja essencial para elas, ninguém é insubstituível, mas eu gostaria muito de estar ao lado delas nesses momentos de transição, de mudanças em suas vidas.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Todos estão indo embora

Começou a fase dos amigos partirem, isso é tão triste, vai ficando um vazio no coração.
Pelo pouco tempo que aqui estamos, criamos intensos laços de amizades, amigos para contar quando precisamos de um ombro para chorar, uma companhia para tomar cerveja e dar risada ou mesmo um parceiro de tênis.

Primeiro a ir embora foi a Karla que se começou pós doc em Amsterdam em setembro do ano passado, em seguida, Ana Ferreira que, após a defesa, foi trabalhar em Barcelona, está lá curtindo o sol, a comida, as pessoas legais lá na terrinha maravilhosa, das pessoas com lingua presa. Pedro vai ao encontro de Ana amanhã e só volta para defender ano que vem. Mateusz foi passar 3 meses em Londres, de onde ele gostou tanto que provavelmente só volta para defender em outubro e depois vai-se embora para pós doc nos EUA. Maria e Kaushal estão em vias de terminar e estão procura de pós doc em Londres.

E nós continuamos aqui em Groningen, até final do ano que vem pelo menos, depois vamos ver o que o futuro nos reserva.

domingo, 14 de junho de 2009

Art met science

Ontem dia 13 foi o último dia de comemoração dos 395 anos da Universidade de Groningen. As celebrações duraram 2 meses aproximadamente e o tema foi Arte com Ciências (Arts met Science em holandês) e como sempre, e aqui não poderia ser diferente, arte e ciências caminham lado a lado. Desde o início das comemorações de aniversário, tiveram palestras, concertos musicais, apresentações de dança etc.

Ontem a Universidade resolveu fazer algo para toda a cidade. a partir das 20 h havia diversos eventos artísticos espalhados pela cidade. Se você andasse pelas ruas de Groningen ontem à noite (noite ainda nao era, pois está escurecendo as 23 h) você se deparava com pessoas fantasiadas e maquidas andando em pernas em perna de pau fazendo performance malucas, encotrava 3 homens tocando numa bandinha engraçdíssima, encontrava exposições gratuitas etc.

Fomos ver a exposição do Darwin. Não entendi muita coisa pois estava escrito tudo em dutch, mas havia vários animais taxidermizados à exposição pertecentes a colecão da universidade de Gronigen. Havia varios animais da America do Sul, arara, pagagaio, tucano, mas tinhas outros bem legais que nunca tinha visto, topeira (fiquei impressionada com o tamanho minúsculo da cabeça, havia também uma coruja enorme, umas aves deferentes e muitos outros.

No Vismarkt estava montando um palco enorme que quando chegamos estava se apresetando um tio cinquentao que tocava saxofone e uma orquestra, formada por pessoas de diversos lugares do mundo, China, Alemanha,Indonésia, Polônia, Russia, tocava esplêndidamente, acompanhando o saxofonista norte americano.

Em seguida teve um DJ e depois quando fomos embora, havai uma mulherzinha, holandesa que cantava super bem, estilo Sheryl Crow.

Fomos a uma apresentacao de teatro sobre a história da ciência, meio comédia. Eram 5 bonecos que dialogava e representava famosos cientistas e artistas como Leonardo da Vince, Pasteur, foi bem legal do pouco que consegui entender.

O que me deixou imnpressionada foi que todos os lugares estavam lotados. A comunidade realmente participou do evento da universidade, havia filas para o teatro, para apresetações para os museus e exposições. Será que no Brasil as pessoas se interessariam por arte e ciência?

sábado, 13 de junho de 2009

12 de junho

Esse de junho teve vários eventos, dia dos namorados no Brasil, aniversário de muitas pessoas que conheco no Brasil e também aqui. Foi aniversário da Katica (se lê Katicia) uma menina de 27 anos da Sérvia que trabalha no lab do Bispo. O combinado era nos encotrarmos para beber cerveja as 21h. Fui para academia, voltei, fiz uma jantinha especial de dias dos namorados, comprei um vinho Branco, italiano, chamado Canei, muito gostoso, frisante e já coloquei na geladeira para deixa-lo geladinho. O namorado chegou as 21h, horário combinado antes para encontrar o pessoal, então, comemos rapinho, troquei de roupa e logo o Pedro toca a campainha para irmos todos juntos. Fomos do Time Out, um pub tranquilo que dá para conversar, apreciar boa cerveja e dar muita risada. Sempre ficamos no fundo, na mesa grande com sofá de um lado e cadeiras do outro, onde o teto é de vidro com luzes atrás, parecendo uma estação de trem.

Estávamos eu, o Bispo, o Pedro, a Katica, e um sérvio muito engraçado que parecia o Antônio. Depois chegou outro sérvio, mais normal que o outro e mais tarde Bispo foi buscas o Zia, um paquistânes muitíssimo engraçado.

Demos muito risada, falamos de comida e de criquet. Pelo que entendi o cricket é igual a Bets, aquele jogo que jogamos na rua, com os tijolos, onde você arremessa a bola para o time adversário rebater e enquanto a bola está longe o adversário com o bastão corre de um lado para o outro cruzando o bastão para fazer um ponto. A gente jogava cricket e nem sabíamos!

A noite foi divertida sempre é bom sair e conversar e aprender coisas novas.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Meu primeiro emprego

Ontem fui assinar o contrato do meu primeiro emprego em Amsterdam! Vou desenvolver um projeto sobre fibrose em pacientes com queimaduras. O projeto é financiado pelo Burn Fundation da Holanda.

O AMC (Amsterdam Medical Center) é uma universidade e hospital ao mesmo tempo e lugar, ou seja, você cruza com pacientes no elevador, ao sair do toillet, as vezes eles até aparece no lab. O prédio é enorme em altura, largura e espessura, construído na década de 70, me lembrou bastante o HC da Unicamp. A entrada é a mesma para estudantes e pacientes. No andar térreo há várias cantinas, o restaurantes, algumas lojinhas de flores e livros que estao voltados para um sagão grande cujo teto é de vidro deixando o ambiente bem iluminado. Todos os andares tem uma espécie de varanda para esse saguão Em uma das laterais do saguão há uma vidraça enorme que vai até o teto que termina nosétimo andar mais ou menos, de onde se podia ver um imenso e moderno moinho de vento.

O laboratório que irei trabalhar fica no segundo piso. O laboratório e grande e dividido para vários grupos, que eu me lembre uns 5 Cancer Stem Cell, Coagulação, infecção e mais outros dois grupos que estavam saindo para chegar outros 2. A nossa parte, o grupo de Coagulação é pequena, tem 4 bancadas, cada uma trabalha num pequeno espaço, só quero ver eu me adaptar a trabalhar em um espaço limitado, quem sabe não me torno mais organizada.

Conversei com Arnold, uma homenzinho pequeno, de poucos cabelos, agitado e muito simpático. Ele não parava de se mexer um segundo, falava super rápido e foi super gentil. O laboratório tem dois citômetros de fluxo, várias salas de cultura, uma para bactéria, outra para células, tem o biotério para os animais, o AMC tem facitlities para microscópior eletrônico, confocal, então não sai perdendo, tudo que tem na UMCG também é fácil de encontrar no AMC.

Não sei exatamente o que senti. Fiquei feliz por ter assinado o contrato, tenho emprego por 4 anos, ganhando em euros, com chances de boas publicações, mas são 4 anos longe de casa, vou ter que viajar 2 hs todos os dias para ir trabalhar, não vou mais poder almoção com o Bispo todos os dias, e nem ir lá na sala dele encher o saco quando estiver com saudades. Mas acho que o saldo é bom no final.

sábado, 6 de junho de 2009

Área de nudismo

Semana passada fez um dia muito bonito, 25 graus, céu azul e muito sol. Decidimos ir para o Lago Hoorse Meer, aqui em Groningen mesmo, fazer um piquinique e, como diria o Bispo, holandesar, ou seja, ficar deitado sob o sol! Cláudia, Raquel, Omi e Marie foram também. Batemos papo, comemos, demos risadas, dormimos, lemos, e quando já não tinha mais coisas para fazer ali na grama, fomos caminhar um pouco em volta do lago.

No lado oposto onde estávamos há uma área chamada Vrij Recreation, reacreação livre, onde muitas pessoas ficam tomando sol, nadando peladas, é isso mesmo! E como a área é livre, as pessoas podem ficar com roupas, sem roupas ou parte das roupas.

Muitos casais gays, homens, mulheres, famílias, jovens e velhos estavam lá curtindo o sol. Caminhando pela estradinha, um senhor de uns 60 anos, completamente nu, com suas vergonhas à mostra, balançando vinha em nossa direção, e ía cruzar pela gente. Não sabia o que fazer, olhei para o lado, segurei a risada, não olhei de jeito nenhum. O senhor percebendo nossa falta de jeito e naturalidade, disse Goed Middag (Boa tarde em holandês). Tenho certeza que ele riu, mas não consegui me virar, segurei minha risada e seguimos em frente.

Encontramos uma barraca que vendia sorvete. Paramos para nos refrescar e esperar nossa vez para escolher um gelado. À minha frente uma senhora de uns 65-70 anos estava batendo o maior papo com o dono da barraca,atrás do balcão, e um outro cara a abraçando ao lado e ela de topless, parte de baixo do biquíni e um friseira, toda alegre, contente e natural.

Essa naturalidade do povo holandês é admiravél. Nós brasileiras que usamos decotes ousados, biquínis misúsculos, saias curtas e roupas transparentes, ficamos chocadas com a nudez altamente presente nesse país, seja na praça, no lago ou na sauna. Como diria o Bispo, a nudez não é sensual, e com certeza é difícil encontrar mulher sensual aqui.

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