quarta-feira, 27 de abril de 2011

Fim de uma etapa


A tese. O ponto final de uma fase. É o filho que teve um parto difícil, doloroso, cheio de lágrimas de dor, mas também lágrimas de alegria. Fruto do seus anos de trabalho. O alívio. É assim que me sinto, aliviada, terminando uma fase e prestes a começar outra. Ansiedade para a defesa? Sempre. Ela sempre me acompanhará, assim como as preocupações com o futuro, portanto, tenho que me acostumar e saber lidar com esses sentimentos. Ansiedade para saber o que será de mim depois. Isso é o que me mata e me dá dor de estômago. Mas tudo tem seu tempo. Tentarei não me preocupar.

Hoje recebi a prova da impressão. Obviamente tinha vários erros, meus, claro, mas a impressão estava ótima. A capa do livro foi eu quem fiz, em homenagem a primavera e a Holanda. Coloquei a foto de tulipas, que fotografei no Keukenhof no meu primeiro ano aqui exatamente há 3 anos. Nada mais holandês né? Talvez o moinho de vento? Porcelanas azuis? Preferi as tulipas. 

Agora que reparei, a foto da capa é a mesma que está aqui em cima no Blog!! Acho que gostei mesmo dessa foto! ehehhe

Então é isso, deixo aqui a foto do meu filhote para vocês! Que veja a defesa e as festas!





foto do dia

Look de uma garota no metro em Amsterdam. Quando eu a vi, parecia que eu tinha viajado no tempo, sapatinho classico, casaco com broche e franjinha reta. Só o fone de ouvido cor de rosa e enorme, nao combinou com o resto. Alias esses fones sao populares por aqui, todo mundo tem um e sai pelas ruas com ele na cabeça!
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terça-feira, 26 de abril de 2011

Balanço do feriado


Desculpe o desaparecimento, mas final de semana, feriadão prolongado minha agenda social estava muito movimentada! Graças a Deus e a Santo Sol da primavera!! 

O feriado aqui foi sexta e segunda (Segundo dia de Páscoa). Sexta durante o dia fomos ao Keukenhof (ainda estou preparando post, estou compois merece um post só sobre ele!), a noite fomos a um jantar português na APA (Associação Portuguesa de Amsterdam) com direito a bacalhau com batatas e Fado. Eu não conhecia Fado direito, tinha até um preconceito, parecia música de lamentação, mas estava totalmente enganada. O Fado que conheci foi o Fado de Coimbra, cantada e tocada por universitários do curso de Medicina do Porto. Eles contavam uma história, geralmente sobre um homem apaixonado por uma donzela. Gostei bastante! Ah, tivemos vinho do Algarve e cerveja portuguesas Sagres e Super Bock, para relembrar os dias maravilhosos que tivemos em Portugal ano passado!

Continuando...

Sábado dia de churrasco em casa, com muitas caipirinhas, fizemos de melancia, limão, morango e abacaxi. Como fazia tempos tempos que não bebia, não aguentei e cai no sono rapidinho! hehehe 

Domingo de Páscoa fomos fazer piquenique no Parque Westpark em Amsterdam, a gente e toda a cidade! O parque estava lotado, foi super divertido, muita risada, sol, cochilinho na sombra, boa comida (farofada mesmo) banho de sol e ainda tivemos ânimo para voltar para casa, tomar um banho correndo e ir para balada.



Nossa farofa.

Nossa comida. Fizeram até ovos de páscoa, já que é dificil de encontra-los para vender aqui. Aliás, só um adendo, é comum as crianças ganharem um ovo de galinha cozido, para poder pintar. Havia várias crianças no parque pintnado ovos de galinha.

O grupo era grande.

Passeamos pelo parque e encontramos um space-invaders, arte urbana em mosaico, ao invés de grafite, onde os caras fazem esses monstrinhos, como naquele jogo do Atari, e saem pregando pelas ruas das cidades em lugares mais inusitados. Acabei de entrar no site deles e em Amsterdam há 26 deles. Conheci o space-invaders pelo documentário do Banksy, chamado "Exit to gift shop" que eu totalmente recomendo!


Dia de sol é dia de passear de barco também, mas muitas vezes o pessoal se depara com pontes muitos baixas, que só permite a passagem do barco mesmo, então as pessoas tem que abaixarem.

tentei tirar minha foto básica da primavera, com as margaridinhas no gramado, mas não havia muitas nessa área.


Uma coisa que a gente aprende morando aqui é aproveitar bem o dia de sol!

foto do dia

Domingo de páscoa ensolarado, dia perfeito para fazer piquenique no parque. Westpark Amsterdam.
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segunda-feira, 25 de abril de 2011

foto do dia

Ilha artificial em Amsterdam
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domingo, 24 de abril de 2011

A volta da alegria

Tenho que confessar que há meses não me sentia assim: normal. Desde setembro quando tive uma decepção profissional meu mundo desabou. Queria voltar para o Brasil, para o aconchego da amada Pátria, onde conheço as leis, as regras, a cultura, queria chorar o tempo todo, queria mudar de área totalmente pois estava tão decepcionada com a pesquisa, com a ciência que eu até pensei em desistir. Foram meses difíceis,  de decisão. Não tinha ânimo para nada. E para ajudar, era inverno, não tinha sol, estava frio, nossa vida social acaba diminuindo o ritmo, é natural.

Conversei com muitas pessoas que me ajudaram a pensar, Karla, Carmen e Raquel foram essenciais para me lembrarem meu amor à ciência. Minhas amigas Anamaria, Ana Ferreira e Tati foram ótimas para me alegrarem, me deram força, me fizeram rir! Mas, sem dúvida, a pessoa que mais me ajudou foi o Bispo, ele que aguentou meu mau humor,  enxugou minhas lágrimas, que me alegrou! Sou muito feliz por ter amigos e pessoas que me dão apoio e ajudam a me reerguer quando tudo parecia sem futuro. Acho que foi o maior baque que levei na vida profissional, que acaba mesmo interferindo na vida pessoal, reparo agora nos meus post anteriores e vejo a depressão rondando. Como eu reclamava! Com certeza devido a toda essa decepção, fiquei doente inúmeras vezes e a pior delas foi a gastrite.

Claro que a melhora do meu humor também se deve a chegada da primavera, mais cores, mais beleza, mais sol, mais céu azul. E sem dúvida por ser o último ano meu aqui, tenho que ficar feliz e aproveitar ao máximo!




Sou um pessoa alegre e otimista, e nesses meses atrás não estava assim, era como se outra pessoa habitava meu corpo. Estava rancorosa, fria. Peço desculpa a todos que eu magoei, a quem disse palavras rudes. Credo, sai de mim Exú! E Exú saiu!

E como somos frutos dos pensamentos, atraimos coisas que condiz com nosso estado de espírito, se estamos bem, atraímos coisas boas, tudo é questão de energia. E obviamente quando estamos maus, coisas não muitos boas prevalescem em nossas vidas. Agora que estou bem, até oferta de emprego recebi o que me deixou mais anima, mais com vontade de viver!

Agora retorno a vida, volto a ser a pessoa que sempre fui: alegre e otimista!


sexta-feira, 22 de abril de 2011

foto do dia

Keukenhof
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preparação para o dia da rainha

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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Foto do dia

Campos de flores no caminho para Den Haag, ou Haia em protuguês. Sexta-feira veremos muitas flores no jardim mais famoso daqui, o Keukenhof, lá será lançado o desafio fotográfico, aguardem.
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terça-feira, 19 de abril de 2011

foto do dia

Pelas ruas de Amsterdam
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segunda-feira, 18 de abril de 2011

foto do dia

Grafite pelas ruas de Amsterdam
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domingo, 17 de abril de 2011

Festa da Peruca


Sábado dia da festa da Peruca, aniversário do Daniel em Den Haag. Conhecemos o Daniel numa festa em casa há 2 semanas e ele nos chamou para a festa dele que foi ontem. Daniel é gay, e mora com seu companheiro há 5 anos, a festa de aniversário também era para celebrar o 5 anos de casamento. Eu, particularmente, adoro festa gay, me divirto a beça, é super animado, é criativo, é tudo de bom e o melhor, o Bispo não tem motivo para ficar com ciúmes. Bispo de se animou também e fomos comprar nossas perucas algumas horas antes de partir!

Saímos de Amsterdam em 11 pessoas e um bebê, a Iasmimn, o bebê mais doce e meigo que já conheci. Todos já estavam com suas perucas! Nos encontramos na estação central pegar o trem para Den Haag.. A festa ficavam  a 50 min de Amsterdam. Isso que animação pois tdepois tinhamos que voltar cedo para não perder o último trem.

Chegamos na casa do Daniel em Den Haag por volta  das 19:30. Que lugar, perto da praia, casa super bem decorada, as músicas animadíssimas! Primeira impressão aprovada. Havia diversas bebidas, morrito, cerveja, vinho, a vontade foi grande mas eu fiquei só na água mesmo, nem bebi suco nem refri. Minha peruca parece que fez sucesso!! todo mundo vinha tirar foto comigo!! Eu adorei também!
Dançamos, tiramos inúmeras fotos, demos muita risadas, conhecemos pessoas ótimas!!

E para nossa alegria, para quem estava esperando uma festa com batatinhas chips e amendoim, teve um jantar espetacular! Bacalhau à Braz, um dos meus pratos de Bacalhau favoritos, frango com molho de queijo, farofa brasileira e salada! Que delícia! Foi uma das melhoras comidas que já comi por aqui. 

Agora um pouquinho da nossa festa! Começado em Amsterdam!




Simone e Juca, o casal donos da casa onde eu moro em Amsterdam

Eu e a simone, ele está de peruca preta, apesar de parecer natural

A galera na plataforma do trem

Só a mulherada eu, Iolanda, Roberta, Juliana e Simone

Iasmin

Os meninos no tram, posando para capa do novo CD.

Eu no tram






Novo amigo! Paulo que chegou do Brasil há dois dias para passar féria na Holanda

O aniversariante

Pessoa se divertindo dançando em frente ao espelho

O jantar


Nova amiga, que não sei o nome, mas ela vinha tirar foto comigo o tempo todo! Gente boa tbm, um pouco bêbada, mas só as Robertas e a Iasmin que não estavam bêbadas.

As perucas foi diversão para as crianças no dia seguinte



quarta-feira, 13 de abril de 2011

Outra vez doente

Bispo fala que sou sou hipocondríaca, mas o que posso fazer se eu fico doente sempre? Para variar, estou doente novamente, o lado bom, que isso rende histórias novas da Holanda! Bora lá!

Ficar doente do Brasil é fácil, quando é algo urgente, você vai ao hospital e espera algumas horinhas para ser atendido, explica seus sintomas para o médico na sua língua materna e todo mundo se entende. Depois vai à farmácia com sua receita e compra seus remedinhos. Quando você tem algum problema mais específico, você marca um especialista, que sabe tudo sobre aquele órgão específico que te causa dor e como num passe de mágica ele sabe exatamente o que você tem. Agora sem exageros, e com realidade, quando se tem convênio particular se consultar no médico é mais fácil, agora quando não tem, você espera horas e horas com dor na fila do hospital. Já vivi as duas situações, na última não aguentei esperar e fui para farmácia tomar injeção contra a dor.

Aqui na Holanda já expliquei uma vez que não podemos chegar chegando no hospital? Eu por exemplo trabalho em um hospital e um dia estava com infecção no olho e resolvi ir no médico lá mesmo, pois era mais fácil e perto, e já estava ali oras. Doce engano. Quem disse que eu vi o médico? Barbaridade, poderia ter perdido meu olho se dependesse daquele hospital.
Mas o que quero contar é o drama dessa semana. Segunda-feira acordei pela manhã e fui fazer meu xixi matinal e senti aquela dorzinha ardida. Bom, pensei "há de ser nada não". Passaram as horas, tomei bastante água, e a dorzinha foi diminuindo. "Ufa". Terça-feira, a dor continuava lá. Tomei bastante água, e ela persistia. Eu falei "ihhh F*deu, estou com infecção urinária novamente". E para meu maior desespero meu estoque de antibióticos se esgotaram, mas para minha alegria, eu trouxe do Brasil um caixinha de pyridium, um analgésico do trato urinário. Pelo menos dor não ia sentir. Tomei o remedinho. Xixi ficou vermelho. A dor diminuiu, mas ainda estava lá. Bióloga que sou, sei que analgésico não mata bactéria (não precisa ser biológa para saber isso né huahauhua). O que fazer? Esperar meu organismo dar conta de combater todos os invasores? E essa dor vai continuar até quando, e se a infecção espalhar, ai sim estarei f*dida. E combrar antibiótico na farmácia sem receita é algo que não existe. Solução sensata a fazer era procurar um médico.

Mas não é tão simples assim. Meu huisart é de Groningen, precisava procurar um médico em Amsterdam. Eu sei que deveria ter feito isso antes, mas só lembro quando preciso, e sempre calhava de ser numa quinta ou sexta, assim ia para Groningen me consultar. Mas agora não tinha jeito. Entrei no google e digitei "huisart amsterdam noord" e graças ao bom deus, um dos primeiros sites mostrava todos o médicos do meu bairro. Peguei o telefone de 2 mais perto e um deles permitia marcar um horário (afsprak) pela internet. Quanta modernidade! Preenchi o cadastro quando cliquei em enviar, apareceu uma mensagem que receberia a resposta em até 72 horas. O que?? 72 horas poderia morrer de infecção. Resolvi ligar. Que jeito, era 6 da tarde, já estava fechado. Liguei hoje cedo. Expliquei a situação e a moça disse que tinha que ir lá preencher a papelada. Ai meu deus, mais burocracia, estaria perdida. Isso foi ontem a tarde, sai mais cedo do trabalho por no estar me sentindo bem, estava meio febril e decidi descansar. Fui dormir as 19 horas e acordei hoje as 6 da manhã!

O médico


Depois do almoço fui ao médico. Uma casa normal, uma residência transformada em consultório. Preenchi os papeis, a moça tirou xerox do seguro e ID e pediu para eu aguardar. Aguardei, mas não sabia para que, se era para esperar a aprovação do meu registro naquele médico ou se veria o médico logo mais. Para minha surpresa e alegria, o médico me chamou em menos de 10 min. Vocês não sabem o alívio. Expliquei (tentei explicar) meus problemas, isso mesmo, no plural, pois além da infecção urinária, eu estou com dor de estômago fortíssima ultimamente, fiz até endoscopia no Brasil, fiz o tratamento para H.pylori e ainda sim continuo com a dor. Depois da minha ladainha de sintomas, o médico disse que eu tenho que me desregistrar do médico e da farmácia de Groningen (ah tem isso, você só pode comprar remédio em uma única farmácia) e disse para eu pegar um potinho com a secretaria para fazer o exame de urina e depois tirar sangue.


Os exames

 Hã? como assim ali, naquela hora? Foi isso mesmo, ela me deu o potinho e me indicou o banheiro. Terminei e entreguei o potinho com meu xixi turvo (como eu aprendi a fazer testes de análises clínicas no colégio tecnico, uma das coisas para se avaliar na urina e a turbidez, urina saudável é límpida, tranparente e amarelinha, características que a minha estava longe de apresentar. Era nítido a prensença de células brancas, sinal de infecção, ma a mulher colocou um pouco em um tubo, centrifugou, e as células sedimentadas ela colocou na máquina e voilá! Posito para infeção. Nesse meio tempo, uma das secretárias veio tirar sangue de mim. Quando ela viu meu braço, ela fez aquela cara "Putz, cadê as veias dessa menina?". Naquele frio que tem feito ultimamente (apesar do solzinho gostoso) não há veia que queria aparecer né! A mulher me furou e nada de sanguinho sair. Pegou o outro braço, fez uns sons esquisitos "hum". Chamou a colega "olha, tenta ai você que eu não consegui achar". A outra veio, começou a bater no meu braço, como se assim a veia escondida viesse correndo ao chamado. Obviamente nada aconteceu, elas ficaram escondidinhas mesmo. Elas chamaram o médico para tirar sangue de mim. Ele fez umas brincadeira do tipo "Cadê suas veias"e uma das meninas disse "agora sabemos porque vc está se sentindo tão doente". Não via graça nenhuma, mas dei aquele sorrizinho amarelo "ha ha ham". O médico pegou a minha mão. Putz, não faça isso, a mão não. Furou. Cutucou e nada do sangue sair. Sai FDP!! Tá doendo, e o tudo seco. Tirou a agulha, mas pegou a outra mão. Putz, de novo não! Não teve jeito, vai lá o outro furo, dessa vez ele furou com aquela agulha borboletinha sabe, doeu do mesmo jeito, cutucou do mesmo jeito, mas graças a deus o sangue começou a sair. Enchei um tubo grande de uns 10 ml e eu ficando feliz que estava acabando, ele pega outro tubo, e a mão dele apertando a borboletinha da agulha, ai que dor! Acabou, ufa. O teste sanguineo era para ver se tinha H. pylori (no sangue?) e porque eu estou tão pálida. Só um detalhe dos exames que fiz na secretaria do médico: não passaram nenhum algodão com álcool no meu braço antes de enfiarem a agulha, não usaram luvas nenhum momento, e nem higienizaram as mãos com álcool. A moça que manipulou a urina também não usou luvas. Eu rezando para não sair de lá mais doente ainda. Sai do médico com um monte de algodão grudado no braço tampando os buracos da agulha, peguei o ônibus em direção à farmácia.

A farmácia

Estava sem receita médica, pois o médico disse que enviou para farmácia a receita que era só ir lá e buscar. Fui né. Cheguei lá e nem sabia o que falar, "viu, preciso de um remédio mas não tenho receita". E foi isso que eu falei. Falei que o médico tinha enviado para eles e tal. E não é que funcionou mesmo!! Dei o nome do médico, o meu nome e a moça encontrou. Mas antes de tudo, eu tinha que me desregistrar da farmácia de Groningen. Preenchi um papel amarelo, assinei e a moça perguntou o nome da farmácia. Como eu ia saber o nome da farmácia? E o endereço, ela perguntou. Muito menos. Por sorte achei no google maps (santa internet no celular), chegar lá eu sabia pelo menos, e assim a moça enviou o formulário via fax para me cancelar de lá. Peguei os comprimidos de antibióticos, 5 apenas, e fui para casa sem pagar, isso mesmo, a conta é enviada diretamente para meu seguro saúde!

No final fiquei feliz e surpreendida por ter sido atendida na mesma hora, por ter feito os exames no mesmo dia e por ter conseguido meus tão sonháveis antibióticos! Agora só melhorar! Essa foi um experiência boa com o médicos daqui!

foto do dia

Acabei de ser surpreendida pelo tram mais lindo e colorido de Amsterdam! Adorei!
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sexta-feira, 8 de abril de 2011

Carnaval em Olinda

Sempre fui apaixonada por carnaval. Adoro as músicas, a alegria e as fantasias. Quando eu era criança sempre tinha uma fantasia para ir nas matinês dos clubes ou festas de família. Assistia aos desfiles das escolas de samba do Rio de Janeiro pela TV e torcia, com o coração apertado, para a Mangueira verde e rosa, vencer! Não sei porque eu torcia pela Mangueira, talvez pelas cores, talvez porque eu gostasse de manga (ainda gosto) mas o fato que carnaval a mangueira tinha que vencer!
Na adolescência fui uma vez somente a um baile de carnaval a noite e não gostei nada. Os caras era folgados e abusados, só estavam lá para agarrar as meninas, beber, encher o saco dos outros. Detestei. Deste então comecei a usar o feriado de carnaval para viajar e fugir da bagunça.
Uma vez cai na besteira de ir para Guarujá no carnaval, foi um inferno total, além daquele calor infernal da praia, mormaço, a gente passeava de carro na orla e as pessoas, tanto crianças como marmanjões, jogavam aquelas espuminhas dentro do carro, no olho da gente! Até que uma pessoa que estava no carro se enfezou e pegou o extintor de incêndio do carro e começou a jogar nas pessoas do lado de fora! Claro que não deu certo né! Foi um pesadelo. Assim, comecei a ir para lugares mais tranquilos, como a Ilha do Mel, no Paraná.

Somente agora com 28 anos, tive a experiência de pular carnaval novamente. E fui em grande estilo. Não, não desfilei na Mangueira, não ainda. Nem fui ver o desfile de São Paulo. Mas participei do Carnaval de Olinda e Recife!
Carnaval lá começa depois do natal. Os blocos (grupos de pessoas que se juntas com roupas iguais, tem uma bandinha e compõe hinos sobre bloco) começam a ensaiar e a sair pelas ruas aos finais de semana. Ao se aproximar do carnaval as pessoas começam a preparar as fantasias, a enfeitar as casas e assim, o mês do carnaval as pessoas respiram frevo, respiram alegria!
Frevo é o estilo principal que toca nos bailes e ruas de Pernambuca. Frevo vem de fervo, pois as pessoas pulavam tanto com as músicas, e ainda pulam, que pareciam que estavam fervendo-frevendo!! E assim ficou frevo! Mas tem outros estilos musicais como o maracatu e frevo de bloco (tipo marchinas, sabe?). Se tiver alguém de Pernambuco lendo esse post, me corrijam se eu falar alguma besteira, só estou contando a experiência que tive! Ah, é proibido tocar Axé por lá. Axé,só na Bahia!

Fomos à Olinda no sábado de carnaval, pois é o dia do Galo da Madrugada, onde mais de 2 milhões de pessoas saem as ruas de recife ao som de muitos trios elétricos (caminhões de som onde tem um cantor em cima cantando ao vivo!). Como não estamos acostumados a multidões, resolvemos ir para Olinda, que fica a poucos quilômetros de Recife. Deixamos o carro num shopping na saida da cidade e pegamos um taxi. Em 15 min chegamos na cidade histórica de Olinda (somo se diz lá Ó linda)! E realmente a cidade é lindinha!! Todas as casinhas pintadas com cores fortes, decoradas para o carnaval! Adorei!!

Era uma 9 da manhã, estava tranquilo Em Olinda, ainda, muitas barracas de bebidas e comidas na parte baixa da cidade. Alguns blocos começaram a passar e lá fomos nós seguindo-os! Passam-se as horas e o número de pessoas começa a aumentar, o número de blocos também. Mais música, mais fantasias! Seguimos o primeiro bloco que passou! O secundo, o terceiro! Descansa. Maracatu, frevo. Cerveja. Calor. Sol. O objetivo era ficar perto das bandinhas! Mais blocos começaram a preencher as ladeiras de Olinda. Mais gente apareceu, mas não era para esse povo todo estar em Recife, no galo da madrugada? Pois é, Olinda começou a encher! De onde veio tanta gente? E adivinha quem avistamos descendo a ladeira perto da Budega do Véio? Evaristinho! O repoórter da Rede Globo do Jornal da Tarde. Minha mãe é apaixonada por ele, portanto, fui lá e o chamei "Evaristo (como se fosse super íntima) minha mãe te adora e quer tirar uma foto com você!" e ele virou para mim e respondeu "Claro! Onde está a sua mãe?". E assim, minha mãe ganhou o dia!

 E e a mamis no esquenta!! hahahaha era café da manhã para esquentar!



Bloco do Segura a Tromba


 Sábado de manhã era o dia das crianças! Muitas delas fantasiadas brincando pelas ruas de Olinda.

Dentro da Bodega. E vejam quem estão ali no balcão! Os pastéis de nata! E mil e outras coisas também


Bloco de maracatu, basicamento composto por mulheres.

E as crianças só se divertindo

As casas coloridas e decoradas para o carnaval






Olha o Evaristo ai!!



Não era o dia dos bonecos gigantes, mas conseguimos encontrar um deles!!


Minha mãe e minha madrinha dançando ao ritmo do maracatu.


E as 4 da tarde...


Aprendi que tem muita gente como eu que gosta de carnaval, que quererem brincar, se divertir, de uma maneira sadia e bacana. É só escolher o horário certo e o local certo! Tem gosto para tudo!
Em Olinda tudo era muito tranquilo, muitas crianças, muitos casais, muitos idosos, além dos jovem! Não vi gente enchendo o saco de ninguém, não vi bebados de cair (talvez por causa do horário, nao?), vi muita alegria, diversão! Adorei, quero voltar e passar o carnaval lá novamente! E quem sabe montar um bloco também!
E para terminar, a música do Elefante, uma ode a Olinda, que acabei decorando de tanto cantar nas ruas:


Elefante

Almir Rouche

Composição : Clídio Nigro / Clóvis Vieira
Ao som dos clarins de Momo
O povo aclama com todo ardor
O Elefante exaltando a suas tradições
E também seu esplendor
Olinda esse meu canto
Foi inspirado em teu louvor
Entre confetes e serpentinas
Venho te oferecer
Com alegria o meu amor
Olinda! Quero cantar a ti esta canção
Teus coqueirais, o teu sol, o teu mar
Faz vibrar meu coração, de amor a sonhar
Em Olinda sem igual
Salve o teu Carnaval! 


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