quinta-feira, 4 de março de 2010

Vaticano


Esse dia passei nervoso, talvez fiquei mais nervosa vendo o Bispo nervoso, para quem o conhece é difícil vê-lo bravo, esse dia do vaticano ele estava possesso.
Tudo começou quando pedimos informação sobre o Vaticano, achei que estaria fechado o museu por causa do ano novo, e felizmente não estava. Eles vendia um ticket que era um pouco mais caro mas você não pegava fila. Decidimos conversar com o pessoal para ver se compensava e eles resolveram que não queriam a princípio, eles queriam ver a fila primeiro. Ok, beleza, eu já sabia o que íamos enfrentar.
Pegamos o metro na estação termini em direção ao Vaticano, como a Lívia disse, é uma aventura conseguir entrar no metro, muitas pessoas, você fica esprimido e parece que todo mundo ia descer na mesma estação que a gente. A fila fila do museu do Vaticano estava enorme quase chegava na entrada da Basílica. Visto o tamanho da fila, resolvemos comprar aquele ticket para economizar tempo, voltamos para o informação ao turista que ficava perto da nossa casa, entra no metro de novo, se espreme, e compra e pega metro de novo e volta para vaticano. Marcamos de nos encontrar em frente a basilica, e adivinhem..... lá estava outro escritório que vendia o mesmo dia. A raiva começou.
Nessa hora, a fila já tinah reduzido mais da metade. A Raiva aumentou.
Tinhamos que encontrar o grupo da agência da qual compramos as tickets às 2 horas da tarde no escritório dessa agência.
De lá saíamos todos para o museu onde cortaríamos a gigantesca fila e entraríamos rápido. Primeira oração com verbo cortar, verdadeira, segunda oração com o verbo entrar, totalmente falsa. Passamos todo mundo, entramos no museu. Fantástico, pensei. Mas o guia que nos levou até o museu tinha que comprar os tickets de todo mundo ainda. Havia umas 60 pessoas no grupo. Não havia só o nosso grupo, ou seja, demorou séculos até o cara pegar a fila, chegar a vez dele, comprar e destribuir os tickets. Zona total. Fiquei Possessa.
Finalmente entramos no museu, queríamos o audioguide para entender saber um pouco mais sobre as obras. Primeiro, tinha que pagar 7 euros, segundo tinha que deixar um documento como garantia (absurdo, você já pagou). Terceiro, o audio era uma *osta, era um telefoninho, não tinha fone e pouca obras tinha algo para ser dito. Entendo que não seria viável ter grande parte das obras no audio guide, se não demoraria dias para escutar tudo. Enfim, mas aquelas que eu queria saber um pouco mais, não tinha. Chegou uma hora também que eu não aguentava mais ouvir aquilo tudo.
Minha mãe ficou com a Marina, Renan e o Adriano, viram tudo em meia hora sei lá e voltaram para casa. Fiquei muito feliz com a indenpendência deles, foi a primeira vez que nos separamos. Não tinha como ficar todo mundo junto no museu do Vaticano, cada um tem um tempo para ver e apreciar as obras. Bispo ficou com a mãe dele, eu fiquei sozinha, depois encontrei a Laís e andamos juntas. Enfim, terminei por volta das 6 horas, encontrei o Bispo, a Silvana e a Laís no final, e fomos para casa mortos de cansaço.

O mais impressionante do museu do Vaticano, não, não foi a capela Sistina, claro que ela é fantástica, divina, misteriosa, mas é fato da igreja católica ser tão hipócrita de criticar deuses pagãos, de criticar outras culturas e ter no próprio museu inúmeras figuras de  deuses egípcios, gregos, antigos romanos.  Quando é para ganhar dinheiro sobre os deuses dos outros, ai pode? Outra coisa impressionante é o número de pessoas que visita aquele lugar diariamente. Quantos milhões de euros arrecadam por dia aquele lugar? E o pior que você paga caro e não consegue ver tudo. É muito desorganizado, cheio de gente. E aquele Sshhh e "no photo" na Capela Sistina é de irritar de um tanto que você não imagina. Se não querem que tirem foto naquele capela, por que raios deixam os turistas entrar com câmera? O papel do turista é tirar fotos, todo mundo sabe. Mas eles preferem contratar pessoas para ficar falando, "No pictures" toda hora. Outra coisa irritantíssima são aquele caras falando "move", "don't stop", poxa paguei para ver aquele museu, e não foi barato e não posso ficar apreciando? E na Capela Sistina, não pode sentar no chão para ver a pintura do teto, mas como eu vou ver a história desenhada no teto? A estrutura do nosso corpo não permite ficar com a cabeça inclinada para trás por mais de 3 min. E é claro que tentei tirar foto. Ficou uma *osta, sem flash, lógico, não sou irresponsável também, não quero estragar as cores da capela. A luz desbota as cores, por isso não é permitido tirar fotos com flash. Ódio das pessoas que querem tirar foto e colocam flash, aquelas tias que não sabem tirar foto e só aperta o botão e está no automático e claro que leva um "No picture" para ficarem espertas. Foi a segunda e acho que a úlitima vez que fui lá. Agora quero conhecer outras cidades da Itália. Chega dessa zona do Vaticano.
Diferente dessa ai, a foto que eu tirei em 2006 do teto da Capela Sistina ficou perfeita, mostrava Deus criando o homem no centro da foto

6 comentários:

  1. Pelo menos vc tirou uma foto!
    Eu não consegui! E tinha váaaarias pessoas com a câmera erguida, com flash o cara berraaaaaaaando "no photos! no photos!" e o tiozinho nem aí. Tb acho um absurdo vc pagar caro, não ter um banquinho, não poder fazer nada e ter q ir andando rápido! Mas se é pra não tirar foto, eu sou mto tapada Ro kkkkk não fiz nada! comprei um livro! Mas graças a deus tenho vc e agora vou roubar sua foto kkkkkk

    Beijos te amo! E concordo com tooooodo o seu comentário! Catholic church.... tsc tsc tsc

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  2. Adorei Itália mas Roma não foi a melhor parte. Gostei de ver a cidade mas não foi assim grande espanto comparado com o resto do país. Gostei muito de Siena, Cinque Terre, Trieste, sítios mais pequenos e com melhores energias ;)
    Óptimo ler as tuas descrições!!! e sim, tb acho irritanteo 'chhh, no photo' da capela sistina.
    Beijinho!!!

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  3. Aposto que falou por falar. Nunca ouviu uma crítica a "deuses e a cultura" de outros. Vê que ironia? Quem preserva esse patrimônio cultural é a Igreja Católica, apesar da imagem errada que muitas pessoas tem dela. Tem noção de quantos milhões de visitantes são necessários para pagar a restauração de apenas uma peça? Ainda acha que é por dinheiro? Ou seria por apreço a essa herança cultural da humanidade?

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  4. Prof. PhD Kristian
    Concordo plenamente que a Igreja Católica está cuidando muito bem do que restou de todo acervo pagão, mas ela ajudou a destruir grande parte. Lembra da fogueira das vaidades de Savonarola? Um exemplo onde a Igreja destruiu livros e obras-de-arte. Agora vivemos num período com um pouco mais de tolerância, e que se alguém resolvesse queimar toda a obra de arte seria loucura, insanidade, perda de dinheiro e causaria uma revolta na população. Mas que há ironia nisso tudo há sim!

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  5. Savonarola não é um bom representante da Igreja, visto que foi excomungado e executado como herege...
    Pena que nesta época de tolerância não houve revolta da população quando os Talibã destruíram as imagens de Buda no Afeganistão.

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  6. Tolerância católica, arrumando minha sentença.
    Nossa, tinha me esquecido da imagem do Buda no Afeganistão. Ainda existe muito intolerância religiosa, e sempre vai existir, mas pelo menos a igreja católica, maioria do ocidente, está mais tolerante e não está fazendo mais cruzadas por ai ou queimando obras de arte. É bom saber que parte da história da humanidade está guardada no museu do vaticano. Talvez nao seja tudo por dinheiro, mas que o dinheiro recebido é importante para manter a Igreja (tanto restauraçao, como salario dos padres) é importante sim!

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