domingo, 29 de agosto de 2010

Amigos húngaros


As pessoas que fazem nossa estadia mais agradável aqui na Holanda são de diversas nacionalidades. Temos amigos portugueses, indianos, poloneses, sérvios, chineses, brasileiros e raros holandeses.
Sexta foi dia de jantar na casa de Peter e Erika, ambos húngaros, ele trabalha com Bispo. Eles se casaram em junho desde ano, foi o casamento deles que fomos em Székesfehérvár, na Hungria. Jantamos alternadamente na casa uns dos outros, fazemos comidas típicas de nossos países.

Para a gente a comida tem que ter boa aparência a princípio, para nos cativar os olhos e o estômago. Na Hungria essa regra não funciona muito. Os pratos lá nos restaurantes e no casamento não tinha aparência muito boa, não parecia apetitosos. Como não tenho problemas em provar coisas novas, comi todos eles e me surpreendi com os sabores. Divinos. Das vezes que jantamos com Peter e Erika, também não eram muitos bonitos os pratos, mas nunca deixaram de ser deliciosos. Desta vez, Erika mais uma vez se superou, ela fez um tipo de panqueca recheada com frango e um molho branco. As panquecas tinha formato de crêpe, triangular e foi levadas ao forno para gratinar. Hummmm estava demais!

Eles também adoram viajar e sempre quando nos encontramos contamos nossas experiência e mostramos fotos. Mostramos fotos da India e de Portugal. E cogitamos a ideia de conhecer o papai noel no pólo norte no natal!! Imagine que máximo!! Agora tenho uma missão de convencer o Bispo a ir a um lugar que mal tem luz do sol, com temperaturas abaixo de 30 negativos e que fica longe pra caramba. Mas ia ser tão legal ver aurora boreal, conhecer os ajudantes do bom velhinho, visitar a fábrica de brinquedos. É verdade, existe mesmo. Peter e Erika foram lá ano passado e tiraram foto. Gente Papai Noel existe, não é lenda!! E também é um motivo para cruz o Círculo Polar Ártico, talvez não cruzemos, pois a casa de Noel é bem na linha!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Visitas do Brasil

 É nós na balada Het Feest em Groningen.


Mês de agosto foi mês de recebermo visitas do Brasil.
Anamaria e André chegaram final de julho para passarem quase 1 mês viajando pela Europa. Dentre os lugares que eles estiveram está Portugal, onde nos encontramos, passamos esplêndidos 4 dias, como vocês já devem ter visto nos posts anteriores. No final da viagem deles, meados de agosto, eles retornaram à Holanda, passaram uns dias em Groningen e voltaram para Amsterdam.
Tati chegou um dia depois que retornamos de Portugal. Ela passou 1 semana comigo em Amsterdam e fomos para Groningen no final de semana, onde encontramos Bispo, Ana e André.

Bom ter visitas do Brasil aqui conosco, eles trazem um pouquinho do Brasil, trazem a alegria, o sorriso,  as brincadeiras, as piadas que só nós brasileiros entendemos, salvos alguns portugueses, e a simpatia que aos poucos estamos perdendo vivendo aqui.
Nós na balada, tati segurando o pole!


No ínicio foi complicado adaptarestar com tanta gente, acostumada a sempre estar sozinha em Amsterdam, demorei uns 2 dias para me acostumar, encaixó-los na minha rotina. Eu estava muito asiosa, preocupada, com certeza fui rude e franca demais, espero não ter magoado ninguém. Estava preocupada também por estar na casa da Simone e do Juca e atrapalhar a vida deles, sei lá, como não é a minha casa, estava com medo de incomodar. Tudo bem que eu alugo o quarto lá na casa, mas é diferente quanto estou na minha casa em Groningen. Mas depois fui me adaptando, fiquei menos nervosa/ansiosa e tudo deu certo. Espero que tenha dado!

Como é bom saber que tenho amigas como elas que mesmo com a distância ainda se mantém super presentes! Fazia quase um ano que não nos víamos pessoalmente, mas as duas são as amigas que mais tenho contato. Com Anamaria falo quase todo dia pelo skype, nem que for só um "oi, estou ocupada, depois nos falamos". Muitas vezes conversamos coisas sérias, muitas besteiras que me fazem chorar de rir!! E não foi diferente quando ela esteve aqui, rimos muito, falamos muitas besteiras, conversamos sobre coisas sérias também!
Com a Tati eu falo pelo menos uma vez por semana por telefone, ela me liga no meu número skype e batemos maior papo! Relatamos nossos sonhos, nossos anseios, nossos dias bons e ruins! Mesmo longe elas estão muito próximas sempre.
 São, ou não são malucas mesmo?

Foi muito bom tê-las comigo e foi legal também estar com as 2 ao mesmo tempo. Geralmente não gosto de misturar os amigos, pois, muitas vezes, experiência própria, eles não se dão bem. Mas dessa vez deu muito certo, as duas são igualmente malucas! Foi muito bom nosso churras em Groningen, como mexido de arroz com carne moída da Tati e as palhaçadas da Ana. Foi muito bom nossas baladas por muitos lugares em Groningen, dançamos muiiiiito, rimos muiiiiito, até no pole a Tati dançou, eu também, mas só um pouquinho! hihihihihihi

Agora todos se foram. Chorei tanto. Ainda choro só de pensar. Mas ficaram os momentos gostosos na memória. Rio sozinha quando lembro da Tati rindo sozinha no chuveiro de lembrar alguma coisa que Anamaria falou. Rio quando lembro da gente rindo desesperadamente do carrinho que parece um pão Pulman.

Eu adoro casa cheia, adoro visitas, adoro sentar na mesa da cozinha comer e bater papo, beber, adoro dançar essa é a vida que eu quero sempre, ter pessoas queridas ao meu lado.

Eu e a Anamaria em nossa sessão fotográfica ahahahah. Pena que não tiraram foto da nossa dancinha.

domingo, 22 de agosto de 2010

Memória

Quem nunca ouviu uma canção e não se lembrou de um momento específico de sua vida? Que, nunca sentiu um cheiro e voltou a infância ou a uma determinada experiência?
Queria compartilhar uma canção com vocês que eu ouvi a primeira vez em Baltimore, nos EUA, no período que fiz estágio lá por 2 meses. Em uma dia fui com o pessoal do departamento a um duelo de Pianistas. Foi muito legal,  havia dois caras, cada um com um piano. Eles tocavam muito e a música mais aplaudida e cantada por todos foi Piano Man de Billy Joel. Fiquei impressionada ao ver todos cantando aquela música, nunca tinha ouvido antes na minha vida e todos cantavam num coro uniforme. Como se fosse Raul Seixas ou Renato Russo para nós. Ficou tão marcante essa cena que toda vez que escuto essa música eu me lembro desse dia. E numa confraternização do Congresso de Fosfatases que fui na Holanda ano passado, também tocaram essa música e todos os professores americanos que lá estavam cantavam com o sangue essa música.
Check this out:






Sintra, a cidade medieval

Chega de desabafos e vamos para nossas férias.
Sintra é uma pequena cidade medieval situada a apenas 30 min de Lisboa. Com muitos morros e palácios, a cidade é encantadora. Famosa também pelos travesseiros e queijadas, típicos doces da região, que por sinal são divinos. Nesse passeio tivemos a ilustre presença dos nossos amigos Ana e Pedro. Equipe montada, fomos almoçar primeiro, pois começar a andar  já com fome, não ia dar muito certo. Aliás, vou fazer um parênteses: agora entendi aquela expressão, "Tá com fome? mata o homem e come", pois eu com fome posso matar um mesmo! Fico tão irritada e nervosa, que se bobear mato um homem mesmo!! hehehhehehe. todo mundo percebeu isso, e quando dizia que estava com fome, todos já corriam para procurar um lugar para comer!! hahahahaha Enfim, comi o meu prato predileto de Portugal, bacalhau à Brás!! E bolinhos de bacalhau também. Para você ter ideia de quão bom é o bacalhau lá, Bispo odeia bacalhau, aquele que ele conhecia do Brasil, odeia o cheio, o gosto e a consistência, e esses de Portugal ele adorou!
Abastecidos fomos pegar o ônibus para subir o morro enorme onde estão os Castelo dos Mouros e Palácio da Pena. E que subida! Primeiro, foi uma luta conseguir entrar no ônibus, não tinha fila, não tinha organização, mas conseguimos pegar o segundo ônibus, ou melhor, auto-carro, já que estávamos em Portugal, bora lá falar o português legítimo. Primeira parada: Castelo dos Mouros, um enorme forte, cercado por muralhas no alto do morro. Além de ver toda a cidade lá de cima, dá para ver o mar e o Palácio da Pena. Ficamos em torno de uma hora andando pela muralhas, subindo e descendo escadas, que lugar lindo! Anamaria e André ficaram descansando embaixo da sombra das árvores enquanto subíamos nas muralhas, uma pena, pois foi tão bonito!





Palácio da Pena, visto do Castelo dos Mouros.



Meu amorzinho



Eu e a Muralha do Castelo dos Mouros.

Seguimos então para o Palácio da Pena. Vamos lá na luta para pegar o ônibus. Chegamos finalmente na porta do Palácio, e uma imensa subida nos esperava. Anamaria e André decidiram ficar na lojinha logo na entrada. Eu, Bispo, Ana e Pedro começamos a subir. A subida valeu a pena, pois logo avistamos o belíssimo Palácio da Pena. O nome ainda é uma icognita para mim, uns dizem que é devido a uma história de amor que aconteceu lá, outros, devido a igreja construída no local dedicada a Nossa Senhora da Pena. Esse palácio foi o primeiro palácio romântico da Europa e foi eleito em 2007 as sete maravilhas de Portugal, foi construído 30 antes do famoso Castelo de Neuschawanstein, na Alemanha.

Foi residência de verão da Família Real Portuguesa no século XIX. Dentro do Palácio estão preservadas toda a decoração e móveis da época. Ao entrar nos aposentos reais, parecia que os moradores tinham acabado de sair, caneta sobre a escrivaninha, cheiro de tinta na sala de artes, escova de cabelos sobre a penteadeira, a mesa posta para o jantar. Conseguia visualizar as pessoas andando pelo castelo. Pena que não poderia tirar fotos, está ai a resposta do nome do Palácio! 


Pedaço do Palácio, com suas paredes coloridas e de texturas diferentes. Havia paredes azuleijadas, paredes pintadas e outras com relevo




quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Presos na Sociedade


Sem notarmos, nossas vidas são carregadas pelo pensamento coletivo. Somos obrigados a viver dentro de padrões que muitas vezes não achamos corretos mas que seguidos de olhos fechados para se encaixar na sociedade e não sermos chamados de lunáticos, esquizofrênico para não dizer palavras de baixo calão.

Minha teoria de vida sempre foi fazer o que eu queria, não importando com o pensamento alheio, achava que lutava para sair dessa teia, mas, olhando para trás, vejo que não fugi muito dos padrões.

Qual é o pensamento coletivo? Para uma vida normal a pessoa tem que estudar, fazer uma faculdade, arrumar um namorado, arrumar um bom emprego, casar, ter um filho, depois ter outro filho. Isso é que todos esperam de todos, isso que é o correto, isso que é ser feliz. E em cada passo dessa jornada, tem padrões para ser seguido, se fugir daquilo, você é louco, se você fugir um pouco, só um pouco, você é autêntico, mas o importante é seguir o ritmo principal.

Vejo pressão por todos os lados para seguir esse caminho. No começo do namoro as pessoas perguntavam quando seria o casamento. Depois, viram que desse mato não saia cachorro, então começaram a perguntar quando viriam os filhos. Minha mãe e minha sogra são as que mais perguntam sobre os netos.

Numa conversa sobre casamento, disse que eu queria apenas uma festa para celebrar, para não passar em branco, não quero aquele negócio de desfilar no tapete vermelho, carregando um punhado de flores, de vestido longo e branco. Para mim não orna, não combina, me sentiria ridícula, sem graça. A reação que surgiu depois foi: "Mas como? você tem que entrar de algum jeito!". Num casamento se supões que a noiva entre de branco de braços dados com o pai e vai de encontro ao noivo, se não tiver isso, não é casamento. Depois de tudo, essa a ideia de um dia casar e fazer essa entrada de vestido de noiva não parecia mais tão absurda para mim.

A sociedade nos diz que devemos ser magros, que devemos vestir de tal jeito, que devemos esconder nossos sentimentos, que devemos medir as palavras antes de dizê-las. Acamos sufocados por nós mesmos, acabamos por ser aquilo que os outros querem que a gente seja, e deixamos para trás, escondemos quem realemente somos. Acabamos tendo infarto por reprimir sentimentos. Acabamos doentes por comer menos para ficar em forma. Acabamos arrebentando tendões por ficar na academia malhando desesperadamente para ficar sarados. Para que tudo isso?Isso tudo deixa as pessoas mais felizes? I don't think so.

Outra coisa que me chamou a antenção foi o padrão de limpeza que vivemos no Brasil. Esse mês como vocês sabem, recebi a visita de duas amigas do Brasil, Anamaria e Tatiana, duas grandes amigas do coração. Com elas aqui percebi como já estou muito diferente dos padrões brasileiros, em diversos aspectos. Talvez eu já esteja inserida nos padões holandeses, na verdade, acho que estou mesmo. Pecebi que no Brasil a casa tem que estar um brinco, totalmente limpa, brilhosa, com cheiro bom, sem poeira alguma, sem bagunça, sem qualquer desorganização. Isso é que todos esperam de todos. Se uma pessoa limpa a casa a cada 15 dias ela é considerada porca. Se não arruma a cama, é desleixada. E assim vai. Não acredito que a pessoa seja porca ou desleixada. Temos duas coisas para considerar nesse ponto: primeiro, a noção de limpeza e organização é relativa. Quantas vezes eu arrumava meu quarto e minha mãe dizia que estava uma bagunça e arrumava de novo! Limpeza também. Eu não me incomodo de ter uma poeirinha na estante, tem gente que assim que viu, corre pegar o pano para limpar. Níveis de porquice é relativo. Segunto ponto é: tudo é questão de prioridade. Se para uma pessoa passear com os filhos é mais importante que limpar a casa, então bora lá passear! Se deixar as crianças espalhar todos os brinquedos na sala as deixa feliz, deixe-as fazer bagunça!

E além do mais, qual o problema se a pessoa quer viver na porquice? É a casa dela, ela faz o que ela bem entender, não é mesmo?
Agora pergunte para mim, se eu trocaria um passeio, uma viagem, uma visita, um cinema, ou qualquer coisa que fosse para ficar em casa limpando? Jamais. Questões de prioridade.

E também não estou falando que viver os padrões da sociedade seja ruim. Com certeza é mais fácil e conheço muitas pessoas que são felizes assim. Cansa ser e pensar diferente, além claro, de causar olho torto dos outros.

Eu estou tentando fazer um vida diferente, mas isso provoca admiração de uns e muita inveja de outros. Estou pouco ligando, quero que essas pessoas se danem. Somos responsáveis por nossas vidas. Como li num livro recentemente: "Todos nascem neutro, a sociedade apenas aflora os instintos de cada um, as qualidades de cada um". Só quero fazer aquilo que me dá prazer, que me deixa feliz. No fundo, no fundo, minha vida não foge dos eixos, quando fuigiu, chorei rios de lágrimas por ver pessoas próximas, ficarem contra mim. Não foi fácil. Mas tudo passa, e aqui estou firme e nos eixos novamente.

Fico pensando quando voltar para o  Brasil, o que fazer para sair desse quadrado que somos meio que obrigados a viver?  Já pensei em muitas coisas e, para ser sincera, não vejo a hora.
Para mim ter uma familia, uma casa fixa será fugir dos meus padrões, que é viajar e viajar.

Enfim, esse foi o desabado de hoje.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Lisboa: Praia e Oceanário

Dia seguinte tiramos para ir à praia. Escolhemos a Caparica, pela facilidade de chegar. Pegamos um ônibus na praça da Espanha, cruzamos a ponte e em 30 min estávamos na areia. Antes de  nos acomodar na areia, tomamos café na padaria ao lado do ponto de ônibus, um delicioso pão na chapa, pastel de nata e café com leite. Ana, André e Bispo pediram o leitinho com chocolate mais delicioso de Portugal!

Precisava realmente me deitar na areia e sentir a pele queimando com o sol e foi o que fiz! Arrumamos umas cadeiras e um quarda-sol por 24 euros e nos sentamos com um jarra de cerveja. Aliás a história da cerveja é bem engraçada. Fui pegar uma jarra de 1.5 litro de cerveja por 7 euros. A moça encheu e perguntou
"Queres copos?".
Que pergunta! Claro que quero, como foi beber na jarra?!. Mas apenas respondi:
"Sim"
E ela pergunta " De vidro ou de plástico?"
"De vidro por favor"
Ela saiu, pensei que ela foi buscar os copos, mas quando ela voltou e disse:
"De vidro não pode". E ponto. E nem para trazer o de plástico.
"Então tá, quero o de plástico"
Quanta lerdeza!
Sentamos em nossas cadeiras e ficando tomando cerveja a manhã toda. E vida boa. Depois resolvi entrar no mar, meu deus, que água gelada!! Minhas pernas adormeciam quando submersas. Sabe aquela sensação de quando você vai pegar uma lata de cerveja num isopor com água e gelo? Foi isso que senti! Que água gelada!! Mas pelo menos me banhei nas águas do Atlântico novamente.

A tarde fomos para o oceánário de Lisboa, o aquário maior do mundo! Era o único lugar que o Bispo fazia questão de ir. Descemos na estação Oriente, uma região novíssima e rica da cidade, cheia de prédios modermos, um lugar realmente nada a ver com o resto que conhecemos de Lisboa. Para chegar ao Oceanário, atravessamos um shopping enorme. Aproveitamos e compramos alguns livros do Saramago e um de receitas! Nesse passeio, dois integrantes ficaram por lá, Ana e André aproveitaram para falar com a família na internet e passear pelas lojas.

Seguimos em frente, eu e o Bispo, em direção ao oceanário. Fomos recebidos pelo Vasquinho, o mascote do oceanário, um boneco tão bonitinho e cabeçudinho! Não havia fila para entrar, também faltava apenas 2 horas para fechar. Foi o tempo suficiente para nós ver tudo, mas claro que se desse ficaríamos mais apreciando os peixes nadando suavemente pelo aquário, como se estivessem voando.
O oceanário é enorme, no centro há o aquário marinho maior de todos, com corais, cardumes, tubarões, arraias e tudo mais e ao redor há aquários menores com medusas, estrelas-do-mar, peixes diversos e anfíbios, credo. Há também simulação de diferentes ecossistemas, como o Ártico, com pinguins e aves daquela região, tropical, quente e úmido, com os peixinhos que estamos acostumados e muitas samambaias.

Paramos primeiro no aquário maior. Ali passamos a maior parte do tempo observando os peixes nadando suamevente pela água.
A arraias faziam um show a parte, como pássaros, voavam pelas águas. Cardumes enormes  desfilavam, até o peixe lua com toda sua graciosidade e desleixo apareceu para nos saldar! Que lugar lindo, calmo e relaxante, um verdadeiro paraíso para biólogos como nós. Quando eu tiver meus filhos gostaria de leva-los lá para ver todos aqules animais. O aquário das água-vivas foi o mais impressionante. Que espetáculo aqueles cnidários transparentes! ficaria horas apreciando seus nados. Foi o que eu mais gostei.  Claro que tinha hora que ficavam revoltada por ver pessoas imbecis tirando foto com flash, estressando os animais, claro que fiquei pensando no Nemo, nos peixes presos no aquário, mas o que eu poderia fazer? Acabei aproveitando e apreciando a beleza do oceanário.

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Lisboa: o centro


Chegamos em Lisboa para jantar com Anamaria e André, nossos amigos do Brasil. Ficamos hospedados no Ibis José Malhoa, fica um pouco afastado do centro mas fica perto da estação de metro Praça da Espanha. O hotel é bom, com o mesmo padrão de todos os Ibis que ficamos! A cama era uma delícia!! No lobby do hotel a internet era de graça! Adoro hotel com internet de graça, eu, a viciadinha em internet, não consigo ficar sem! hahahaha, mas sempre é bom ter contato com o mundo e também podemos achar lugares para visitar na cidade, além de falar com mamãe lá no Brasil.

Jantamos num restaurante brasileiro perto do hotel...hummm que delícía...rodízio! Comi picanha que estava super boa e havia uma mesa de saladas e comidas quentes! Farofa, feijoada, arroz mil coisas!!

Dia seguinte fomos conhecer a capital lusitana. Descemos na estação Baixo Chiado e logo avistamos uma padaria, que lá em Portugal é chamada de Pastelaria. O mesmo lay-out que as padarias do Brasil, tão gostoso, tão familiar. Aquele balcão de vidro com as salgados e bolos, o guardanapo de bar que fica naquels suportes de metal que vc tem que apertar e puxar um papel, sabe? A máquina de café, a pia, a chapa, igualzinho no Brasil. Escolhi as coisas que eu queria e nos sentamos à mesa. Um garçon muito simpático nos atendeu e levou nossos pedidos. Como é bom falar português!

Energias recarregadas fomos andar pela cidade, e que cidade linda! Já confessei que não esperava muito de Portugal, agora adimito que fiquei admirada! As arquitetura colonial fazia me sentir em Parati, em Salvador, mesmo em Campinas! Como é igual!! Muitas casas revestidas com azuleijos, os bondes igual ao da lagoa do Taquaral em Campinas ainda circulam pelas ruas e ladeiras de Lisboa.

Elevador para cidade alta de Lisboa.

Encontramos um elevador muito bonito, feito de ferro, que nos levou até a cidade alta. Lá do alto tinhamos uma visão esplêndia de quase toda a cidade. Viamos no alto do morro o castelo de São Jorge, com suas muralha medieval, vimos o rio, com muitos barcos e navios, a ponte que parece a ponte de São Francisco, um belo lugar para tirar divinas fotos!

Seguimos para a Catedral que foi destruída em um terremoto em 1755 e nunca mais foi reformada, até tentaram, mas não sei porque desistiram, e fizeram lá um museu arqueológico. Denominamos de A Igreja do Teto Azul, veja a foto! Que lugar lindo!! Passamos um bom tempo lá só fotografando e escondendo do sol, que estava beirando a 40 graus.

A Igreja do teto azul.


Começou a dar fome e fomos procurar lugar para almoçar, pois eu com fome sou a pessoa mais chata do mundo, irritada, nervosa e sem paciência.  Comemos logo ao lado da Igreja, num pequeno restaurante português chamado Garfo e Faca, típica comida portuguesa, pão e queijos como couvert, bacalhau fresco assado e cerveja para acompanhar. Hum, adorei a comida portuguesa!
Janela do Castelo de São Jorge.

À tarde resolvemos pegar o bondinho para subir o morro até o castelo de São Jorge. O lugar é demais, super agradável, coberto por árvores, que nos fornecia a tão abençoadas sombra que nos protegia do sol de 40 graus, além da constante brisa que nos refrescava! Havia muitos pavões passeando pelos jardins, até fiz um amigo! Lá do alto dá para ver toda a cidade! Ficamos conversando bastante durante o passeio dentro das muralhas do castelo e, obviamente, tiramos muitas fotos! Só teve um único problema, como há muitas árvores, há muitos pássaros empuleirados, e as chances de você levar uma cagada na cabeça é maior, e advinhem se eu não fui premiada! ahahahha que nojo!

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Férias de Verão


Estou de volta!! Me desculpem mas essas 2 últimas semanas foi correria, as próximas duas também serão! Tivemos visitas brasileiras semana retrasada, tiramos férias semana passada e temos visita brasileira essa semana também e assim fica difícil escrever né! Delícia! Adoro visitas, adoro rever pessoas queridas! E nesse meio tempo, enquanto a Tati está dormindo, vou contar um pouco sobre nossas férias de verão 2010.

Ano passado escolhi passar as férias de verão na Grécia, fomos para Atenas e Santorini. Esse ano deixei o Bispo escolher o destino das nossas tão esperadas férias de verão e adivinha o lugar que ele escolheu? Portugal. Confesso que fiquei desapontada, tinha tanto lugar que eu queria ir, Turquia, Croácia, Sicília, e muitos outros lugares. Em 2 anos que estou morando aqui, nunca tive vontade de ir para Portugal, era o último lugar que eu gostaria de ir, sei lá, nunca tive curiosidade e vontade de ir. Não reclamei, de qualquer forma era uma viagem né, um lugar novo e diferente. Avisei nossos amigos portugueses assim que compramos as passagens, acho que foi fevereiro, que estaríamos em Lisboa entre dia 3 e 8 de agosto, pois seria bom encontrá-las lá! Mas nenhuma delas poderia estar em Portugal nesse período. Nessa época Ana Ferreira estava morando em Barcelona, Maria e Susana em Groningen. Coincidiu que Anamaria e André estariam na Europa na mesma época e eles organizaram o roteiro deles para estarmos os quatro em Portugal. Mas o tempo passou e tudo mudou. Ana se mudou para Évora, a 1 hora e meia de Lisboa! Fiquei tão animada com a notícia e decidimos passar um dia com Ana e Pedro lá.
Saimos as 8 da manhã de Groningen e chegamos em Lisboa as 5 da tarde. Ana esperava por nós no aeroporto. É tão bom quando há alguém nos esperando!! Foi uma festa só!!

O caminho para Évora era repleto ninhos de cegonhas nos postes de fios elétricos e havia muitas plantações de árvores de cortiça, as chamadas sombreras, de onde se retira a casca para fazer cortiça de garrafas. Portugal é um dos maiores exportadores de cortiça do mundo!

Deixamos nossas coisas na casa de Ana e Pedro e fomos conhecer o cromeleque, conjunto de monolitos datados de 7000 anos atrás. Muito bonito e misterioso o local. Não se sabe ao certo a função destes monolitos, mas acredita-se que tem a ver com astronomia.
 Eu e Ana no Cromeleque.

Jantamos na praça perto da capela dos Ossos. Um restaurante simples mas totalmente delicioso! Meu, que comida era aquela!! A comida típica de Évora é porco preto! Como o nome diz, é um tipo de porco que tem a pele preta, e sua carne tem um sabor delicioso, uma iguaria e tanto! Ana pediu bacalhau ao Bráz, bacalhau desfiado com batata-palha e ovos! uma delicia!! Fiquei até com inveja do prato dela! hehehehe. Como Ana é pequena, não conseguiu comer tudo, e eu morta de fome, puxei o prato dela e devorei tudo!! hahahahah
Templo Romano.


Depois do jantar maravilhoso a canseira bateu! O sono começou a se aproximar. Fomos conhecer o templo romano na cidade, que fica ao lado de uma igrejinha do tempo colonial.

A cidade estava repleta de cinema ao ar livre! Muito legal! O cinema da cidade levou o projetor e exibiu um desenho animado. Havia muitas crianças, famílias na praça assistindo ao filme naquela noite quente de verão. Fomos a um bar marroquino, onde estava exibindo um filme do Woody Allen. Sob a luz das lâmpadas marroquinas, sob o cheiro de chá que perfumava o ambiente, o sono bateu. Não conseguia ficar com olho aberto, totalmente antisocial. Queria muito ficar para conversar com o pessoal, tomar uns gorós, mas era mais forte que eu. Devido a minha cara de sono, fomos embora.
Dia seguinte fomos conhecer a cidade. Évora é uma graça, todas as casas são brancas com as bordas da janelas amarelas ou verdes ou azuis, todas em estilo colonial. Por algum momento parecia que estava em Salvador! Muito idêntico. Muito bonitinho! Me apaixonei pela cidade! O centro histórico é cercado por uma grande muralha medieval o que deixa a cidade mais encantadora.
O calor estava maravilhoso, mais de 35 graus, mas com o tempo seco e vento não dava aquela sensação insuportávelmente quente. Estava ótimo!

Fomos a famosa capela dos ossos, localizada no subsolo de uma igreja maior, a capela dos ossos é toda revestida por ossos humanos, principalmente crânios e fêmurs. Foram mais de 5 mil esqueleto usados para construir a capela que foram retirados de diversos cemitérios e igrejas da cidade.  Na entrada há os seguintes dizeres :  "os ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos", é para se pensar, não? A ideia era mostrar aos fiéis que a vida é efêmera. Quando entrei na capela, fiquei chocada, dei de cara com uma cabeça!! A primeira sensação é horrível, mas depois você começa a observar com olhos artísticos. Os ossos são bem dispostos nas paredes e tetos, muito organizado, uma organização que deixa a capela mais assustadora. O pilar onde está ancorado o crucifixo é feita de fêmurs! Reparem nos crânios e cabeça do fêmur e joelho nas laterais. Legal né?!

Foi tudo muito bom em Évora: a recepção pelos queridos amigos Ana e Pedro, os passeios, a comida, a cidade, o calor. Obrigada Ana e Pedro pelos bons momentos juntos!!

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...