sábado, 30 de maio de 2009

Concursos públicos

Ontem sairia o resultado do concurso para professor de Biologia Celular na UFRJ e um amigo nossa, William, estava prestando e já havia passado da prova escrita, apresentou uma aula sobre Estrutura e Função de Proteínas, tranquilissímo e possuía um currículo super bom, cheio de artigos, para um cadidato de 28 anos que acabara de terminar o doutorado direto.

Todos estavam confiantes, inclusivo ele, claro. Nós em casa jantando com a Cláudia, estávamos conectados na internet para assim que Willian ligasse no laboratório da Unicamp, saberíamos imediatamente o resultado.

Eu estava falando com Antônio pelo yahoo, no meio da conversa ele disse que a esposa do Willian estava no telefone falando o resultado. Já saquei. Se ele tivesse passado com certeza ele ligaria pessoalmente. Não foi dessa vez. O que soube superficialmente foi que uma menina com apenas 6 artigos havia conseguido a vaga de professor na UFRJ.

Todo mundo ficou arrasado, Antônio disse que se Willian não passou, ele não teria chance nenhuma, que já ia desistir. Eu já tive outro pensamento. Se a menina passou com apenas 6 artigos com certeza eram em revistas com índice de impacto alto. Provavelmente ela é conhecida no departamento. Se eu fosse escolher um candidato para trabalhar no meu departamento, com certeza escolheria alguém que eu já conhecesse. Para conseguir um artigo numa revista boa, são anos de trabalhos, muitos resultados e repetições, o que daria com certeza mais de 3 artigos numa revista mais simples.

Eu não tenho muitos artigos. Aqui eu aprendi que tem que trabalhar muito para conseguir um bom artigo, não é com 5 gráficos que você publica numa Cell, e além do muito trabalho tem a sorte, sem dúvida, sorte de ter bons resultados, sorte de descobrir algo novo, e sorte de estar no lugar certo na hora certa. Esses fatores compõe qualquer profissão, esforço, trabalho e sorte.

Algumas pessoas publicaram na Nature ano passado, foram SETE anos de trabalho! Mas uma pessoa tinha acabdo de chegar no lab e fez alguns blottings para confirmar os resultados dos 7 anos anteriores foi como segundo autor do paper, está ai a sorte.

Continuo trabalhando, e esperando a sorte chegar.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Final do curso GLP

Finalmente acabou o curso mais chato que já fiz em toda a minha vida, além do tema não ser o que eu esperava, as aulas elas monótonas e os slides dos apresentações eram cheios de texto. O dia mais legal foi a excursão, mas infelizmente não pude ir pois foi no mesmo dia da defesa de Ana, e obviamente não poderia faltar em tal evento!

As aulas foram sobre ética em pesquisa clínica, como proceder para obter autorização para fazer testes em pessoas, quais documentos são necessários. Também foi discutido o que é necessário para um novo medicamento chegar nas prateleiras de uma fármácia. Para isso é necessário um dossiê com os testes in vitro, in vivo, e os testes clínicos. Depois o governo estuda todos os documentos e autoriza ou não a venda do novo produto.

Bom, foi interessante em alguns pontos, mas melhor ainda foi ter acabado para continuar meus experimentos.

Alívio!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Trabalho em grupo com holandês

As pessoas aqui acham que a gente é idiota, só porque viemos da floresta amazônica para um país desenvolvido, é isso que algumas pessoas aqui pensam.
Amanhã temos uma apresentação em grupo sobre Fraudes na Ciência, no curso que estou fazendo chamado Good Clinical Practice and Good Laboratory Practice. Primeiro, esse tema era o mais legal, então assim que o professor deixou sobre a mesa os temas para a gente escolher, eu e meu amigo indiano, Rajesh corremos lá para pegar e depois nos preocuparíamos de arrumar outras pessoas para compor o grupo. Depois de adquirido o tema, fomos conversar com o professor. Ele pegou a pastinha com o tema e começou a nos explicar e logo colocou a pastinha sobre a mesa. Um grupo de holandeses quando viu o tema na mesa, irradiaram de felicidade, eu vi a cara deles, e logo fui até lá falando que o tema já era nosso e que precisávamos de mais 2 pessoas pelo menos. O queixo deles caíram no chão hahahahahahaha. Dois deles vieram para nosso grupo. No dia de discutir como seria a apresentação, quem ia falar o que, a menina, que nem sei o nome, já tinha uma lista com os tópicos que cada um deveria dizer. Até ai tudo bem, adiantava meu trabalho, mas isso era uma coisa que era para ser feita em grupo. Mas a gota d'água foi hoje, primeiro ela manda um bilhetinho com o email do colega dela dizendo para enviar a apresentação para ele até as 17 h para ele juntar tudo no mesmo formato e tal, agora vem cá, qualquer imbecil sabe que se eu copiar um slide e colar numa apresentação já feita, automaticamente os novos slides é configurado e ela achando que eu não sabia disso. Pra mim ela queria que a gente mandasse antes para ela conferir se estava tudo certo. O combinado era que todos estivéssemos com a apresentação pronta na segunda para juntar tudo, o holandês lá não havia feito ainda, ele disse que ia fazer this evening, e porque nós tínhamos que ter pronto antes da 17h? É claro que eu não enviei. Outra coisa pior foi ela dizer hoje a tarde para Rajesh que ia mudar a hora da nossa apresentação porque ela tinha um appointment pela manhão então seria a tarde. Rajesh nada bobo falou peraí, você tem que falar com todo mundo do grupo "( eu nao estava lá estava hora, matei aula mesmo!) "e eu não posso fazer de tarde pois tenho compromisso também". Fala sério IDIOTA essa menina, achando que somos escravinhos dela...HELLOO, a escravidão já passou

sábado, 16 de maio de 2009

A festa de defesa

Fazia tempo que não ia numa festa em plena quarta-feira. Ai que delícia, open bar, pago por Ana, músicas levadas por nós, me diverti demais!!

Fomos para o pub ao lado da universidade De Gouden Zeep. Ainda no início, quando todos estavam sóbrios ainda, Maria projetou uma apresentação contando a vida de Ana durante os quatro anos de doutoramento. É uma tradição aqui no dia da defesa os colegas de trabalho fazer uma apresentação, ou uma encenação contando e forma engraçada a vida da pessoa. Algumas vezes essa homenagem passa dos limites, sendo muitas vezes grosseira. Mas no caso de Ana, como foi feita por sua amiga Maria, foi engraçado sem ofender. Resumindo, no início Ana era uma garota certinha, tomava apenas café com os amigos, mas passaram se os anos e Ana estava presente em todas as festas com uma garrafa de vodka na mão! As fotos eram engraçadíssimas, muitas montagens mais engraçadas ainda! Rimos muito!

Depois um dos colegas de trabalho dela preparou uma música entregou a letra para todo mundo e tocou no violão e um coro enorme preencheu o pub em homenagem a Ana. A música tinha refrao em quatro línguas inglês, português, holandês e polonês, fazendo referência aos pricipais lugares que ela esteve nos últimos quatro anos. A letra dizia alguma coisa assim: Tiny Little Ana is time to party!

Depois de beber e dançar pra caramba, caminhamos até em casa, cansados, bêbados. E na manhã seguinte eu tinha aula. Fui, bêbada ainda e com dor de cabeça, mas fui.
Para ver fotos da festa clique no álbum abaixo:

From Festa de Defesa no De Gouden Zeep

A defesa de Ana Ferreira


A defesa da Ana foi na sala menor do Academic Gebouw, mas nem por isso deixou o glamour de lado. A sala tinha o formato retangular, cujo os lados menores apresentava uma imensa janela, o que já era de se esperar, devido ao fato dos holandeses adorarem janelas enormes. Os lados maiores do retângulo eram revestidos por pinturas de bustos de diferentes homens, que eu supus serem os reitores da Universidade de Groningen. A universidade esse ano completa 395 anos, portanto, há reitores suficientes para preencherem as paredes. Todos eles vestiam um roupa preta com uma gravata, assemelhava à beca. Em uma das paredes menores do lado da porta havia duas pinturas maiores, que parecia ser bem antiga, acredito que seja os primeiros reitores, ou fundadores da universidade. Os estilos de pinturas variam dependendo do homem retratado, outro sinal de que foram pintados em épocas diferentes. Oposta à parede com os dois retratos maiores, se encontrava a maior janela da sala e onde o candidato mantém-se sentado no centro e de cada lado da mesa do candidato havia algumas cadeiras que seriam preenchidas posteriorment pelos professores da banca. De frente para eles havia 2 blocos de cadeira separados por um corredor com tapete vermelho, como em igrejas. As cadeiras eram em madeira com estofado de veludo verde e em cada fileira entercalava uma cadeira com encosto alto e uma com encosto baixo. Quando cheguei na sala, já havia muitas pessoas sentadas esperando o grande momento, grande parte com a tese decumprimento Ana na mão.


As 10:30 pontualmente, quando todos os convidados já estavam sentados, um bando de pessoas, acredito que havia uns 15 professores para compor a banca de defesa, entraram na sala vestindo beca preta, chapéu de veludo preto com uma cordinha pendurado. Todos se levantaram em silêncio aterrorizador. Eles passaram pelo corredor entre as cadeiras agora preenchidas por pessoas e se sentaram nas cadeiras de costas para janela maior e de frente para o público.

Após se acomodarem em seus devidos lugares, entram na sala enfileirados Maria, Ana, a candidata, e Mateusz. Maria e Mateusz são os paraninfos da defesa, que em teoria podem ajudar a candidata a responder as perguntar, mas atualmente os paraninfos tem um papel mais social, tipo padrinho de casamento, que é alguém que participou piamente da sua vida durante os anos de namoro.

Os três enfileirados um ao lado do outro se curvam para a esquerda e para direita em cumprimento a banca de professores. Ana estava super bonita, com um vestido preto com detalhes em vermelho brilhante, brincos e colar vermelhos, com os cabelos curtos e lisos. Ela se sentou na mesa central. Maria entregou-lhe a tese e juntamente com Mateusz se dirigiram para seus lugares, de frente para Ana.

Acredito que uns 7 professores participaram. É conferido a cada um deles apenas uma pergunta a candidata. O intermédio do tempo é feito pelo Rector, acho que o Reitor. Ana respondeu todas, estava um pouco nervosa, mas a banca sempre tentava deixá-la descontraída. Alías meu chefe, Maikel Peppelembosch foi o mais engraçado. Na sua vez, ele disse que implorou para Robert, o chefe da Ana para participar da banca e que 2 dias antes da defesa ele recebeu a tese para ler, e como a tese estava muito boa, não achou nada sobre o que perguntar, apenas uma frase resumo do capítulo 4 que não condizia com o que realmente abordava no capítulo 4. A defesa durou 45 minutos exatamente. Quando o tempo acabou, um homeninho, com uma roupa toda especial e um bastão na mão, entra pela porta e fica parado lá no fundo da sala e diz HORA FINITA, indicando que acabou a defesa. Os professores se retiram, em seguida a candidata e seus paraninfos e todos aguardam ansiosamente a volta de todos com os resultados.

Alguns minutos depois todos eles voltam e se posicionam em seus devidos lugares. O reitor se levante e diz o veredicto em holandês e o resume em inglês. Ana é aprovada e recebe o enorme diploma. Acho que é maior que uma folha A3 e vem numa capa grande com um corda para fechar. Em seguida o chefe de Ana faz um discurso super bonito para ela, contando um pouco da vida no lab, histórias sobres as viagens para os congressos e finalizando que vai sentir muita falta e que o tempo que ela ficou no lab foi muito bom para ele. A co-orientadora de Ana começou o discurso após Robert, mas não conseguiu finalizar pois as lágrimas começaram a escorrer em sua face.

Em seguida, todos se retiram da sala, primeiro os professores depois Ana e os paraninfos, e se dirigem para o coquetel de recepção, onde Ana cumprimenta todos os convidados.
Fomos os últimos a chegar na recepção e obviamente fomos os últimos da fila. Após uma hora tomando sucos e vinhos e comendo canapés e queijinhos, todos fomos para o almoço no Fenthuis.

Mais fotos veja o álbum na web

From Defesa de Ana Ferreira

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Ana ferreira

Ontem foi a defesa de Doutorado de Ana Ferreira, minha querida pequena amiga portuguesa, companheira de festas, bebedeiras e de uma boa conversa. Quatro anos em Groningen, com intervalo de 6 meses na Polônia, o lugar que ela mais gosta no mundo. Durante grande parte do
doutoramento, como se diz lá em Portugal, Ana namorou um polaco gago, Pavel, bonzinho e gente boa, mas parado demais e Ana, agitada e louca para viajar do jeito que é, até que levou bastante tempo o namoro, mas não poderia dar certo, acredito que durou quase 4 anos porque um morava em Groningen e outro na Noruega e se viam a cada 3 meses, logo eles eram praticamente solteiros viajavam sozinho e iam para festar sozinhos, pleo menos Ana! E ela vivia triste em razão da saudade, vivia cansada por sempre ser ela a ir encontrá-lo e desapontada por ele não decidir logo uma vida juntos, não casamento, não era algo tão sério que ela queria, era apenas terem um emprego na mesma cidade para poderem se ver com maior frequência.

Mas tudo mudou quando Ana conheceu Pedro, português, animado para festas e viagens e o que mais contava pontos para Pedro era o fato de ele morar em Groningen e ser português, assim como Ana e estar sempre por perto dela, obviamente. No início eram amigos, mas logo descobriram muitas cores nessa amizade. Hoje eles moram juntos, estão super felizes, fazem planos juntos e acredito que ficarão juntos por muito, muito tempo, para não dizer "para sempre" e usar o velho cliché.

Como é a vida, Ana teve que sair de Portugal para encontrar seu amado português em Groningen, linda história, não?

segunda-feira, 11 de maio de 2009

coisas boas

Uma das coisas que gosto bastante daqui de Groningen é você ir no ponto de ônibus, olhar a tabela de horários e ver que as 19:42 passará naquele ponto o ônibus que você deseja. Fantástico e simples assim. Não existe ficar esperando ônibus horas e horas. Você entra na internet, digita o endereço de onde você está e para onde quer ir e a partir de que horas e o site te dá o ponto mais perto, qual ônibus pegar e qual o estação descer, ah, outra coisa fantástica, os pontos tem nomes e se você disser para o motorista que quer descer na estação tal ele diz no microfone quando for a hora. O único problema é que os nomes dos pontos tem nomes estranhos e você nunca sabe se é esse mesmo que ele está falando.

Outra coisa muito legal aqui é a liberdade das pessoas em usar o que elas desejam. Por exemplo, é muito comum as pessoas usarem aqueles fones de ouvido grande com espuma (tipo de DJ) para ouvir MP3, ipod na rua ou andando ou pedalando ou pegando ônibus, ninguém liga que o negócio é imenso e vai estragar a aparência, o importante é que o som está ótimo e confortável no ouvido. 

Hoje no ônibus de volta para casa entrou uma menina no ônibus com uma cesta de palha tipo da chapéuzinho vermelho. E daí né!

To cansada e com sono e sem saco para escrever.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Eventos da semana

Essa semana levei um susto. Não foi o acidente de bicicleta, foi a conta de 363 euros que chegou em casa. Pior, eu não comprei nada, simplesmente é o imposto de renda do ano passado. Eu ainda tinha esperança que a universidade reembolsasse, mas não foi o caso. Vou ter pagar mesmo. Ai que dor no bolso!!

Outro evento que aconteceu essa semana foi o aniversário de 60 anos da Gerry, a secretária do Departamento. Ela toma conta de todos os alunos de PhD de 7 andares, sabe o nome de todo mundo, organiza toda a papelada de cada um, faz um milhão de coisas e sempre mantém a simpatia e sorriso no rosto. Super eficiente e querida. Havia muitas pessoas na festinha surpresa que aconteceu na cantina do subsolo. Encomendaram um bolo que segundo eles, não era simplesmente um bolo, era uma arte. Eu vi o bolo, não era muito bonito não, tinha aquela massa branca de açúcar e lacinhos e borboletinhas coladas, sabe aquelas que você compra pronto? Pois então, e o nome da Gerry com as mesmas letrinhas compradas. No elevador pela manhã estava uma mulher carregando o bolo, e dizendo para as outras 2 pessoas que aquilo era uma arte e tal, e o cara mais velho falou deve ter gastado muito tempo para fazer isso, dando a entender que era maior perda de tempo. A mulher, brava, disse que era um trabalho, "imbecil", então justificava o tempo gasto na elaboração do bolo. Deve ter custado uma fortuna, pois se era uma arte, coisas artísticas, artesanais aqui vale muita grana. O bolo era divino, a massa perfeita, duas camadas bem fina de geleia de morango que parecia caseira, comparado com os bolos que já comi aqui, esse era bom mesmo, só a cobertura branca era ruim, mas o bolo não era melhor que qualquer outro bolo da padaria alemã, nem mesmo melhores que da tia augusta ou de qualquer boleira de campinas que eu já experimentei. Mas enfim, era muito bom.

Hoje faremos um jantar para Peter e Erika, o casal de hungaros com os quais fomos para Keukenhof. O menu será filé mignon ao molho de cogumelos e vinho tinto, aquele dos grandes chefes que fizemos na cacá, arroz, salada, agora estou pensando numa entrada e na sobremesa.
Mas estarei sozinha para preparar tudo, Bispo foi para Utretch num congressinho e só volta possivelmente na hora do jantar. Sou a encarregada de arrumar a casa, cozinhar e receber os convidados,, e ainda trablhar o dia todo! Espero que dê tempo e dê tudo certo. Vouà feira comprar os igredientes agora.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Outro feriado Bevrijdingsdag

Ontem foi outro feriado, mas não foi dia livre. Dia 5 de maio é o dia da Livertação (em holandês Bevrijdingsdag) quando é celebrado o fim da ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial. A Holanda foi libertada por tropas canadenses, com ajuda do exército Britânico e Americano. Após a libertação em 1945, o Bevrijdingsdag era comemorado a cada 5 anos, somente em 1990 foi declarado feriado nacional. E dia 4 de maio também é feriado, quando as pessoas aqui se lembram das pessoas que morreram durante a Segunda Guerra Mundial.

Dia 5 de maio tem muitos festivais, e como não poderia faltar, aqui em Groningen teve um bem grande e animado, do lado da minha casa. Ontem, quando estava voltando para casa a pé, percebi a agitação de pessoas na avenida de casa. Não estava entendendo o que estava acontecendo. No mercado, muitos adolescentes comprando cerveja, bebidas em geral. Em frente a minha casa virou um estacionamento imenso de bicicletas. Quando escutei o som do festival imediatamente me lembrei, pois recebemos um carta avisando. Eram tantas pessoas, tantas bicicletas, mesmo chovendo sem parar, as pessoas se encaminhavam para o festival, sorrindo, cantando, gritando. Tocaram muitas bandas, pude ouvir do nosso quarto, até que eram boas. Mas como boa brasileira, não ia sair na chuva como se nada estivesse caindo do céu.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Acidente do mês

Ahhh acabei de cair de bike! Já é a terceira ou quarta vez desde que eu cheguei aqui na Holanda, que droga, estou toda doendo.

Eeu vi a menina fazendo sinal que ia virar na rua de onde eu estava saindo, mas ela mudou de idéia e foi reto, e eu também, e claro a decisão de ambas no cruzamento resultou em crash, ela acertou em cheio minha bike, a roda da frente fez um oito, bati braço e perna, está ficando roxo.

Eu estava indo para minha primeira aula de inglês, na casa da professora Cláudia que mora a 35 min de bike da minha casa. Está ficando perigosa a vida aqui, preciso tomar mais cuidado, estou até pensando em fazer o seguro contra terceiros, um seguro caso você seja responsável por dano a outra pessoa, o seguro cobre até 2 milhões de euros.

No caminho entre o acidente e minha casa, havia dois muleques que começaram a rir quando passei na frente deles com cara de choro e arrastando minha bike toda torta. A cena era engraçada mesmo, mas poxa vida, sacanagem. Fiquei P da vida e ainda com adrenalina a mil, perguntai "Is there any problem?, Why are you laughing?" o moleque mais velho falou que não estava rindo de mim, e eu disse é bom mesmo, se não ele ia ter um grande problema, e finalizei com Idiot!! Eu sempre quis xingar em inglês, me realizei! hehehehehe

Essas coisas só acontece comigo mesmo. Ano passado, 2 dias antes de voltar para Brasil, fui ao encontro das falantes de português aqui em Groningen, todo mês, brasileiras, portuguesas em sua maioria, mas tabém, cabo verdense, se encontram em um bar/restaurante para trocar idéias, informações, fazer amizade, dar risadas e fofocar. E nesse dia, quando voltei para casa e coloquei a mão no bolso para pegar a chave e entrar em casa, não encontrei nada, o bolso do casaco estava vazio, assim como o bolso da calça, nada a chave sumiu. O primeiro pensamento foi eu ter esquecido no restaurante. Voltei para lá e perguntei para os garçons e procurei pelo chão, no banheiro, mas nada. A outra opção era o caminho do restaurante até em casa. Voltei para casa padalando varagorasamente, prestando atenção se algo reluzia no chão, e obviamente nada encontrei. Minha terceira idéia foi ter deixado na porta do meu quarto. Nessa casa que eu morava,eu tinha meu quarto, com cozinha e dividia banheiro com mais 5 meninos, 3 indianos, um africano e um da Hungria. A porta do quarto tinha uma chave e a porta central da casa tinha outra, sendo que esta última podia ser fechada sem a chave. Pois então, pensei que poderia ter trancado a porta do quarto e deixado a chave na porta. Assim, voltei para casa e apertei a campanhia, um dos meninos atendeu, subi até meu quarto, no terceiro andar, mas nada. Não tinha mais opção, o jeito era conseguir uma chave reserva. Eu tinha uma, mas estava trancada dentro do quarto, super inteligente, eu sei. Bom, liguei então para Elisabeth, a mãe do Kris Rai, o landlord da casa, como ele mora em Amsterdam e ela em Groningen, quem toma conta da casa, e resolve todas as questões, é ela, assim, pensei que ela poderia me emprestar a chave reserva que ela tinha para poder abrir meu quarto. Parecia simples e fácil, mas não. A idiota da mulher ficou brava que eu liguei para ela no meio da noite, detalhe, era perto da meia noite, e disse que assuntos desse tipo tinha que tratar com o filho dela. Agora em diz, como o cara que mora em Amsterdam poderia me dar uma chave reserva? Ela ainda disse que estava gripada e estava dormindo, que eu a- atrapalhei. O que custava aquela mulher levantar a bunda da cama,caminhar até a porta da casa dela, abrir a porta e entregar-me a chave? Pois é se fosse qualquer pessoa no Brasil, ou qualquer pessoa com algum senso de boa vontade, faria isso. Mas ela me disse para ligar para o Kris e resolver com ele. Desliguei o telefone educadamente e liguei para o Kris. Ele até que foi simpático, disse que não tinha como fazer nada (isso eu já sabia), que o chaveiro ia custar em torno de cem euros e sugeriu que eu dormisse na casa de um amigo pois no dia seguinte a mãe dele ia abrir lá para mim. Comecei a ligar para todo mundo, mas ja era tarde, ninguém atendia. Ana estava viajando, Maria não atendia o telefone, acho que estava no silencioso, Rajesh também não. Minha opção foi procurar um hotel. Chegando lá, o hotel estava lotado. Sem mais possibilidades comecei a chorar. Estava frio, não tinha para onde ir, o que ia fazer? Depois de me acalmar, comecei a ligar para todo mundo novamente, até que Rajesh atendeu. Ai comeceu a chorar mais ainda, só que agora de alívio. Ele percebeu que eu estava nervosa e foi me encontrar no Grote Market. Dormi na casa dele, e na manhã seguinte fui até a minha casa e um cara que eu nunca vi na vida apareceu com um monte de chave e uma delas abriu meu quarto. Dá para acreditar. Essas coisas só acontece comigo pois sou muito desatenda e pouco cuidadosa com as coisas e se não não sobreviverei aqui e nenhum outro lugar.

sábado, 2 de maio de 2009

Antes de viajar


Terça-feira foi um dia corrido, acordei bem cedo (ok, 7 hs não é tão cedo!) e fui para lab acabar meus experimentos antes de viaja: terminar meu western blotting, passar minhas células e obter resultados! Acabou que deu tudo certo, apesar de alguns blottings não terem funcionado com eu queria, consegui o resultado que tanto esperava..uhuuu...

Em seguida fui logo para casa e arrrumar minha mala para a viagem do feriado! Tínhamos que pegar o ônibus na estação central em Groningen e ir para Bremen, na Alemanha, onde há um aeroporto pequeno de onde partes vôos da Ryanair, uma empresa aérea com preços "super baixos", entre aspas porque para Barcelona, ida e volta, a tarifa era zero euros, mas com taxas aqui,taxas ali, ficou 45 euros, mes mo assim é barato, mas o problema que o o vôo tem horários bizarros como 6:30 da manhã, as poltronas são super apertadas e não de move nem um milimetro para trás e não há comidinha. É o preço que se paga. Enfim, fomos de Ryanair.

A viagem até Bremen demorou 2:45 min aproximadamente. Do lado esquerdo do ônibus, 
as rodovias alemãs era sobrevoadas por Audis, BMWs, Mercedez a uma velocidade que era quase difícil de reconhecer o modelo do carro. No lado esquerdo, campos de florzinhas amarelas enfeitavam a paisagem. Acabei de checar no google, essa planta com flores amarelas é a colza, que segundo o wikipedia (http://pt.wikipedia.org/wiki/Colza) , é uma planta que cujas sementes se extrai o azeite de colza (nunca ouvi falar), utilizado também na produção de biodiesel. As folhas também serve de alimento para o gado pois é rica em lipídeos e proteínas.

Chegamos em Bremen às 8 da noite e fomos ao Hotel deixar as coisas para seguir em busca de
 jantar. O Hotel era o máximo, super moderno, novo e bem decorado, a palavra que melhor o descreve é FANCY!! TV de plasma na parede com moldura de espelho, dock para iPod, espelhos em formas variadas, cama fofinha e branquinha, abajures coloridos e modernos, achei muito legal esse hotel (http://www.qype.com.br/place/121059-prizeotel-Bremen-City-Bremen).


Após se maravilhar com o quarto fancy fomos jantar, mas antes Kaushal resolver tirar dinheiro no ATM (All Time Money, ou seja, caixa eletrônico), mas a máquina engoliu o cartão e não devolveu. Foi engraçada a situação, não tinha como não rir, mas depois de ver a cara dele de 
"Putz que merda, não tenho como tirar dinheiro para ir para Barcelona", me dei conta e parei de rir, a situação era chata, fiquei imaginando se fosse comigo, mas ao mesmo tempo cômica.

















Jantamos num restaurante Argentino, bastante aconhegantes, com preço razoável. Havia 
muitas fotos do Brasil pelas paredes, além de um folder na mesa convidando o cliente para ir ao Brasil. Mas não comi carne, infelizmente, o  prato mais barato era hamburguer de batatas, e foi o que pedi, assim como Bispo e Maria. Kaushal pediu um prato vegetariano que acompanhava um babador, isso mesmo! O Garçon trouxe um babador de pano e colocou no pescoço dele!! Engraçadíssimo! Para finalizar nossa noite em Bremen fomos ao centro, na praça central onde há uma réplica da Holanda, a Catedral e dois prédio que chutaria ser forum ou prefeitura.

Dormimos no Hotel mais legal do mundo para acordarmos as 5 da manhã e se dirigir até o aeroporto.

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